"Obrigado" (Todobaku)

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(CUIDADO: Risco de diabetes!!)

— Que merda ... put@ que pariu!!

Já era crepúsculo e apenas agora o loiro explosivo deixava o prédio do UA. Seus músculos latejavam e doíam de cansaço.

Havia feito um escândalo no intervalo por ver Todoroki, seu namorado, conversando e rindo com Yaoyurozu. E Aisawa deu-lhe uma detenção rigorosa e pesada por ter sido a terceira vez só naquela semana que tinha uma crise de ciúmes. Passou a tarde toda fazendo exercícios pesadíssimos que sugaram toda a sua vontade de viver.

Tomou um banho quente para aliviar a dor muscular, mas não adiantou grande coisa. Pegou uma muda de roupa fresca e, quando vestiu-se, apagou a luz e jogou-se à cama.

Logo depois, alguém bateu à porta e entrou.

— O Midoriya disse que você tinha chegado ...

— Não f@de, bastardo duas cores!

— Não era o meu plano, de qualquer jeito. — deu de ombros — Você ' um caco. — "justificou-se".

— Porque um put@ que chamo de namorado ficou de gracinha com aquela maldita de peitos grandes!

— Só porque sou bi não quer dizer que eu vá te largar por uma mulher.

— F@da-se!

Todoroki suspirou. Fechou a porta e acendeu a luz. Sentou-se sobre a cama, ao lado do loiro, deixando uma sacolinha plástica branca em cima do lençol.

— Não quer a minha companhia, é isso?

— Não! C@r@lh@! — grunhiu, irritado — Mas eu ' cansado, porr@! E o meu corpo ' as cinzas do pó da rabiola!

— Justamente por isso que eu comprei isso aqui depois da escola.

Da sacolinha, tirou um pote médio de creme corporal que, pelo que estava escrito no rótulo, aliviava a dor muscular.

— ... Você sabia que eu ia estar neste estado!?!

— Não. Só por precaução. — deu de ombros — Aisawa é muito extremo. — sorriu de lado — Deixa eu cuidar de você, Suki?

Aquele sorrisinho e olhar de cachorrinho abandonado na chuva eram seu ponto fraco. Apenas assentiu com a cabeça, vermelho.

     Logo, estava ele sem blusa e de bruços sobre a cama. O bicolor retirou o lacre com a ajuda dos dentes e abriu o pote. Pegou uma quantidade generosa com três dedos e espalhou suavemente por toda a superfície da pele do amado, arrancando um leve suspiro de satisfação do mesmo.

     Não sabia muito bem o que estava fazendo. Apenas imitava os movimentos que vira um massagista fazer quando passara diante dum Spa um dia daqueles. E, pelas leves reações de Bakugo, parecia estar no caminho certo.

Fazia pequenos movimentos circulares com os dedos indicador e médio de ambas as mãos, sem empregar demasiada força. Apesar de tudo, possuía um sorriso mínimo de lado. Amava quando o namorado ficava calmo assim. E amava mais ainda o fato de ser um dos poucos – talvez o único – a conhecer esta tão bela faceta de sua curiosa personalidade.

A massagem não parou nas costas: foi para toda a extensão das pernas, braços, peito ... isso enquanto davam um lento e profundo beijo.

Bakugo odiava mostrar fragilidade – e menos ainda submissão de qualquer gênero. Mas lhe era impossível com aquele homem. O homem da sua vida. O homem que lhe roubou o coração e agradecia a todas as entidades cósmicas existentes por também realizar a proeza de roubar-lhe o coração.

— Te amo demais, Suki. — confessou, radiante — Te amo muito, muito!

Eis outro detalhe sobre o bicolor. Para os outros, ele era indiferente e até seco, apesar de inocente e desligado. Mas era um dos namorados mais carinhosos e apaixonados do mundo. Era do tipo de lhe deixar uma cartinha com algo fofo escrito por dia sem falta.

Podia parecer que esse carinho não casasse com a aparente brutalidade do loiro a primeira vista. Entretanto ... você está redondamente enganado ao pensar assim.

— Também te amo muito, Sho. — respondeu, corado até às orelhas — E desculpe por mais cedo.

Nah ... só tenta se controlar da próxima vez. — beijou-lhe a ponta do nariz — Eu sei que tem muita gente que tentaria algo comigo na primeira oportunidade. Mas ... você que é o meu amor, então fica tranquilo.

O sorriso do loiro alargou-se. Ergueu sua destra para ajeitar a franja alheia. Passou o polegar pela testa. Havia uma espinha, mas não o deixava menos bonito. O toque desceu até a cicatriz, fazendo um leve carinho na região do olho. Acariciou as bochechas com ambos opositores. Ao chegar nos lábios, foi seu indicador a tocar a pele rosada e macia. Shoto Todoroki era o mais lindo de todos para si.

— ... Obrigado, Sho.

— Pelo que?

— ... Pela massagem ... por se preocupar comigo ... por não desistir de mim, mesmo com os ciúmes e o meu orgulho ... por enxergar o melhor de mim ... por ser meu namorado ... por me deixar te amar.

O bicolor, então, começou a beijar o rosto dele. Centímetro por centímetro. Pedaço por pedaço. E, quando já beijara toda a face de Bakugo, sorriu.

— Obrigado por aguentar a minha melosidade. Por me mostrar o que é o amor. Por eu ser quem vê o seu lado meigo. Por não desistir de mim, apesar da minha falta de tato ou atenção ... e obrigado por eu poder te amar.

Não passaram dos beijos e carinhos naquela noite, mas nunca se sentiram tão completos. Deram um passo a mais na relação após as "declarações".

A partir do dia seguinte, Bakugo se esforçava ao máximo para não explodir de ciúmes. E, pouco a pouco, as crises sessaram.

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⏰ Última atualização: Mar 23, 2020 ⏰

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