CAPÍTULO CINCO: TUDO VOLTANDO AO NORMAL ATÉ QUE...

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Meu pai disse que queria ter uma conversa muito séria comigo. Era sobre meus irmãos. Eu já sabia que eles não eram filhos da minha mãe, eles eram somente filhos do meu pai. Só que eles desde recém nascidos moravam com a minha mãe, a mãe deles havia morrido no parto do Felipe. Eles amavam a minha mãe como se fosse a mãe deles, mas enfim, ela não era.

Minha mãe tinha herdado de meu avô uma fortuna gigante. E agora, com o falecimento de minha mãe essa fortuna seria minha. Era essa a conversa que meu pai queria ter comigo, me falar das enormes papeladas que vinham pela frente, de tudo que iria acontecer.

Eu não tinha noção da fortuna que estava pra vir. E isso me deixava um pouco preocupada. E se as pessoas se aproximassem de mim somente por interesse?

Foi impressionante. Minha família era uma das mais influentes aqui em Salvador. Saiu na TV o falecimento de minha mãe e agora iria sair sobre quem ia herdar todo aquele dinheiro. Fazendas e mais fazendas de meu avô, com muitas cabeças de gado, minha mãe era médica e tinha uma rede de clínicas espalhadas pelo nordeste, era muito dinheiro envolvido. E agora aquilo era tudo meu.

Eu estava com medo, muito medo. Medo de tentarem me matar pra querer a herança de minha mãe, como já tentaram várias vezes com ela, medo de não poder sair de casa mais. Eu era agora uma das maires herdeiras do Brasil. E eu não sentia nem um pouco de orgulho em falar isso. Não queria ser rica. Queria apenas de condições de manter o que eu tenho. De viver como eu vivo sem tanto dinheiro envolvido assim.

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