Eu ouvia um som estranho a mim, até aquele exato momento. Parecia como uma sirene de aviso de guerra um tanto baixo, eu sentia que estava deitada em uma cama, a qual estava sendo puxada, sentia se movimentando, como aqueles carrinhos de comida do palácio, muitas mãos me tocavam, vozes altas se misturavam com o som da sirene, algumas com grande decisão nas palavras e outras apenas acatando as ordens.
-Preparem uma sala de cirurgia, agora!-gritou a mulher de maneira imponente para os outros.
-Ela está perdendo muito sangue, está muito ferida, não acho que possamos salva-la! –uma voz com receio foi ouvida, pronunciando essas palavras.
-Cale a boca e faça o que eu mando!
Abri os olhos e vi uma mulher negra de cabelos curtos, ela sorriu pra mim, e com uma terna disse:
-vai ficar tudo bem querida.
...
Algo estava preso em minha garganta, eu começo a engasgar, tentando buscar oxigênio, sentia frio, que chegava a queimar, uma luz branca forte machucava meus olhos, quando os abri, demorou um tempo até eles poderem se acostumar, eu estava presa a fios, mal podia me mover, não entendia o que estava acontecendo, até alguém começava a puxar algo da minha boca, e logo pude respirar novamente, era um hospital, mas diferente... Nunca vi algo parecido com isso no reino. Era tudo branco, cortinas de linho branco cobriam as janelas, a luz brilhava fraca no teto, em um lustre simples, logicamente branco, o cheiro de cloro e algum outro produto químico pulsavam em minhas narinas, eu olhava tudo, muito confusa, pessoas vestidas de azul arrumavam meus fios, e começaram a ajeitar a cama para que eu pode se me sentar, então me vejo, e percebo os muitos gases em minha pele, embebido em algum tipo de creme para tratar as grandes queimaduras que haviam ali.
Tento buscar do fundo da memória se por algum acaso havia ocorrido um incêndio na festa, mas não me lembrava de nada, a única coisa que me recordava era da sensação da lamina afiada da adaga, meu peito ardeu e sangrou, e então eu morri. Ou era para ter morrido.
A mesma moça que me acalmará antes que apagasse novamente, aparece vestindo um jaleco branco por cima da roupa azul escura, era possível ler "Dr. Kate Loera", ela tinha pouco mais que 1,60, magra e curvilínea, os cabelos lisos e negros não passavam do ombro, usava um pequeno colar com um anel como pingente. Ela sorriu, mostrando seus alinhados dentes brancos.
-Sou a doutora Kate Loera, mas pode me chamar de Kate, sou chefe do trauma, e imagino que esteja confusa, já que as enfermeiras me disseram que não fala nada desde que abriu os olhos, quer que te explique o que aconteceu?
Apenas movimento a cabeça dizendo que sim.
-certo, então contarei calmamente. Bom, você estuda em um colégio interno chamado de Nossa Senhora do Carmo, como deve se lembrar.
Neste momento balanço a cabeça negando, ela me olha complacente, anotando algo no meu prontuário.
- então, sabe essa escola? Na mesma ocorreu um atentado terrorista, bombas foram projetadas para destruírem a região do seu dormitório, o qual foi o mais destruído, o que ocorreu necessariamente a policia poderá te explicar futuramente. Compreende?
Movo novamente a cabeça afirmando.
-continuando... –Ela disse com um sorriso ainda mais doce, tentando notoriamente me tranqüilizar- você foi encontrada bem machucada, mas conseguimos te salvar, e você vai sair daqui assim que tudo melhorar!
Finalmente tomo coragem de perguntar algo.
-o que eu tenho? Pode... Sabe... Dizer-me mais especificamente?
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Preparada Para Morrer
Fantasy"O vento frio batia contra a pele quente do meu rosto, eu sorria para o horizonte que se estendia diante de mim, via as nuvens brincando de serem feitas de algodão, e em meio ao meu deslumbre do mundo, uma voz, bastante conhecida me chama. -Princesa...