Prólogo

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Estava uma tarde ensolarada quando Quentin decidiu ir pescar no lago da fazenda de sua família com a sua vara improvisada de linha e gravetos, estava bastante empenhado em não sujar o seu tênis que havia calçado, sua mãe deixou bem claro que ele não deveria sujá-lo.
Seu pensamento o distraia enquanto ele tentava se concentrar em amarrar a linha direitinho na minhoca que havia tão arduosamente conseguido no jardim, já não havia sido fácil entrar escondido sem que seu pai o visse, não queria estragar a sua chance de diversão.
Quentin conseguiu amarrar a isca e se sentou em uma folha de papel que colocara sobre a ponte para não se sujar, jogou a isca na água e esperou pacientemente. O sol refletia na água e ajudava o menino a ver exatamente onde deveria jogar sua armadilha, após alguns minutos de espera, algo chama a sua atenção no outro lado do lago. Quentin se espantou, pensando ser um animal, mas percebeu que a forma de quem corria com os pés descalços na plantação da sua família parecia bem mais com a sua do que a de um animal selvagem. Olhou atentamente o garoto mal trapilho que carregava um treco de metal em suas costas e parecia com bastante pressa, até se dar conta de que o garoto estava invadindo a propriedade que um dia pertenceria a si, então decidiu tomar uma providência.
Quentin correu apressado pela lateral do lago, sabendo que alcançaria o garoto já que não estava carregando nada pesado para lhe atrasar, ficou um pouco surpreso quando chegou perto e viu o garoto jogar o treco de ferro dentro de um buraco cavado na terra de sua futura propriedade.
Quentin estava decidido a gritar com o garoto quando viu um clarão inexplicável vindo da direção da sua casa, paralisou quando percebeu que se tratava de uma explosão, sentiu um puxão pela sua camisa pra dentro do buraco, uma intensa dor no braço e fechou os olhos, entrando em um sono profundo.

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