Alvorada

Capítulo 21

*Helena*

Horas se passaram e nada de Victor, Breno ou alguém, o enjoou só aumentava, a tontura deixava impossível ficar muito tempo com os olhos abertos ou mesmo tentar me levantar.

Breno entra no quarto sem bater, com Victor atrás dele.

- Helena, eu cometi um erro –Breno disse sem me olhar nos olhos – ao te matar com aquela lamina, eu não sabia que ela era especial, uma lamina de arsenopirita quase pura, em vez de acerelerar o processo da sua transformação, ela retardou, eu não sei o que irá acontecer agora – Breno me olha nos olhos pela primeira vez enquanto falava- talvez você não sobreviva.

Victor era indecifrável, era nítido ver o arrependimento de Breno, seus olhos revelavam sua tristeza, Victor apenas se retirou do quarto batendo a porta atrás de si, sem olhar para ninguém, com esforço me sentei na cama e o olhei, eu sabia que ele fez aquilo para me proteger, apenas se confundiu com a lamina, a culpa era sim dele, mas se vou morrer, que seja feliz.

- Breno, deita aqui comigo ?

Ele caminhou ate mim, me ajudou a deitar e se deitou ao meu lado, me puxando para junto de si, e então eu senti o cheiro dele, amadeirado, me lembrava uma floresta molhada pela chuva, cheiro de terra molhada, grama, levantei meus olhos e vi a veia de seu pescoço pulsar, eu estava com fome, eu precisava dele, o puxei para mais perto, posicionando minha boca em seu pescoço e o mordi, Breno segurou minha cabeça para me manter ali, me puxou para cima de si, fiquei com minhas pernas abertas ao redor dele, minha sede assumiu o controle, eu não sentia mais fraqueza, o sangue de Breno me dava vida, aquele gosto doce me invadia, parei de morder o lado direito, lambi para estancar o sangue e troquei para o lado esquerdo, Breno me apertava mais forte contra seu corpo e seu volume crescente entre minhas pernas, involuntariamente comecei a mover meu quadril contra a pelve dele, ele soltou um gemido de prazer quando acelerei o ritmo e parei de morder para o beijar, algo maior em mim assumiu o controle, a vampira que agora vivia em mim queria mais do Breno, mesmo meu lado humano sabendo que era errado, beijei Breno com vontade, suas mãos passeavam pelo meu corpo até parar em meu bumbum, onde segurou com força e guiou meus movimentos com meus ritmo em contado com seu quadril, me fazendo gemer em seu ouvido, o que o instigou a me tocar mais, ele colocou uma mão por dentro de minha calcinha por trás e introduziu um dedo em minha intimidade, soltei sem querer um gemido mais alto de prazer e surpresa, pela primeira vez fui tocada por alguém, ele guiava meu rebolado em cima dele com seu dedo dentro de mim, ele respirava com mais força, e eu gemia de encontro a ele, eu queria mais do que apenas aquilo, Breno mordei meu pescoço com carinho, o que me fez acelerar mais meus movimentos em cima dele e de encontro a sua mão, ele parou de morder e eu o mordi, com um movimento rápido trocamos de posição e ele foi para cima de mim, novamente introduziu seu dedo em mim enquanto me beijava e então o clímax veio, o apertei contra meu corpo, gemendo em seu ouvido, meu corpo tremeu, era a primeira vez que eu atingia o orgasmo com alguém, ele tirou a mão de dentro de minha calcinha enquanto eu voltava, ele olhava nos meus olhos, ele tinha fome no olhar, ele abriu os botões da minha camisa, afastou o sutiã e mordeu meu seio, me mexi embaixo dela, eu queria mais do que só aquilo, gemi quando ele lambeu, e me senti revoltada quando ele colocou meu sutiã de volta ao lugar e apenas me olhou.

- você é muito gostosa – ele faz carinho em meu rosto- e eu quero muito tirar sua virgindade, mas você esta com suas sensações a flor da pele, tudo esta ampliado, você não esta pensando com clareza e irá se arrepender, não posso fazer isso com você. Descanse hoje, vamos achar um jeito de te transformar direito, e então podemos conversar sobre isso.

Ele saiu de cima de mim, se levantou e saiu do quarto, deu um rugido de frustração, aquilo não pertencia a mim de jeito nenhum, era honrável a atitude dele, mas eu queria mais, eu precisava de mais.