Era hora do café da manha, acordei com vontade de pular da cama, mas Maxon tinha me envolvido em seus braços na noite anterior, mesmo assim consegui me livrar deles. Pus meu roupão dourado e fui ao quarto do meu filho, era seu aniversário, eu estava mais ansiosa do que ele. Eu abri a porta lentamente e ele já estava de pé.
--- Lucca, meu filho! Parabéns amor, tudo de bom hoje! Estou mais ansiosa que você! - ele riu junto comigo.
--- Obrigada mãe! Não precisava fazer tudo isso para me desejar parabéns, mas já que foi assim pode continuar!- nós rimos em coro
--- Você é tão engraçadinho quanto o seu pai.- ele me olhou que era como se me dissesse para parar- Então, está animado com sua festa?
--- Nem tanto... acho que deveríamos fazer algo menos extravagante, algo simples, um bolo e alguns parentes, nada de mais.
--- Filho. Você é o príncipe de Illéa, acho que algo muito simples seria um pouco desconfortante-ele se virou e continuou olhando para o jardim- Seu pai fez essa festa com o maior prazer! Ele me contou que quando completou 19 anos também ele pensou a mesma coisa, mas depois percebeu que como príncipe ele teria que se acostumar, pois alguém da realeza tem que sair da tranquilidade, como eu quando entrei na seleção.
Eu sabia que a seleção lhe assustava e me assustava, como se eu estivesse revivendo tudo de novo, mas era necessário. Cheguei mais perto e dou-lhe um abraço, percebi que ele estava quase chorando.
--- Lucca, não precisa chorar tudo vai ficar tudo bem, tenho certeza que você vai encontrar a pessoa que te ama pelo seu jeito de ser. Esta tudo bem amor, mamãe está aqui!- ele se virou e deu um sorriso.
Nunca tinha o visto chorar depois dos 13 anos. Enxuguei suas lágrimas e me sentei na cama pensando no seu desespero, até Maxon chegar.
---America, porque você não me acordou?- me levantei e andei em sua direção dando um beijo em sua bochecha- Parabéns Lucca! Está animado?!
--- Sim, muito!- eu sabia que eu era a única pessoa que ele confiava e expressava seus sentimentos
--- É bom mesmo, hoje você vai aparecer em todos os lugares, hoje você é a atração!
--- Maxon!- dei-lhe uma cotovelada- Isso vai deixa- lo ainda mais tenso!
--- Não mãe! Está tudo bem- eu sabia que não estava nada bem- Pai, podemos conversar?
--- Claro! Pode ser agora? Estou com muitas coisas para fazer
--- Sim
E eles saíram. Fiquei com vontade de escutar, mas nem precisei, eles conversavam alto em nosso quarto.
--- Como você quer que eu me apresente?
--- Filho, quantas vezes eu tenho que te dizer que eu não sou igual ao seu avô? Aja com naturalidade, seja você mesmo e fale com todo mundo, só isso que eu quero, o resto é por sua conta, tudo bem?
--- Sim! Ah, pai, e a seleção?
--- O que é que tem? Você está com medo, ansioso ou algo do tipo?
--- Bem... isso é mesmo necessário? Eu não posso simplesmente escolher alguém e começar a conhecer ela?
--- Não!- me assustei com o grito de Maxon, pensei que ele estava escondendo algo de mim- Desculpe, não posso fazer isso, pois somente meninas que nasceram em família casta 1 tem que ser desse jeito.
--- E se eu não encontrar meu amor verdadeiro?
--- Tenho certeza de que vai encontrar assim como eu encontrei sua mãe.
Maxon não sabia o que eu passei na seleção, era ele ou Aspen, eu estava muito indecisa e meus pensamentos iam longe. Aspen... fazia tempo que não o via, ele se casou com outra só que não soube quem era. Espero que esteja feliz, e não esteja bravo comigo.
Eles voltaram para o quarto do Lucca, era muito parecido com o do Maxon quando era o príncipe, mas depois que nos casamos, todas as coisas foram para o nosso quarto. Ahhh... como é bom dizer isso, nosso.
--- Meri?- Maxon chamou me tirando dos meus pensamentos - Vamos tomar café da manhã?
--- Sim, estou indo! Filho você vem?
--- Agora não, daqui a pouco vou.
Naquele momento eu soube que tinha alguma coisa errada, mas não sei por que ele não me contou.