XVI

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A luz entra pela fresta
Corra depressa
Não é uma festa
Então corra com pressa

A escuridão se dissipando
Assusta-me mais que o escuro
Luto enquanto perduro
Corra enquanto estas divagando

Não há tempo para pensar
O mal está a nos alcançar
Então corra sem hesitar
Corra, e se cair, ouse levantar

O passado nos persegue
E o monstro horrendo
Quer-nos morrendo

Corro da ferida
Mas no espelho não há fuga
E enxergo cada uma

Correndo da morte
Correndo da vida
Correndo de ir
Correndo de ficar
Não sei quando irei parar

E correndo da velocidade
Sem querer
Viro ela.

[Essa corrida confusa
Me cansa mais que imaginei]

Flores e CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora