Rumo ao Império!!

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- Deusa Gato, Bastet - A voz de Hisoka quebra o silêncio no salão. - Meus avisos não foram o suficiente, suponho.
Hisoka Kazen, tem 1,82 de altura, um cabelo curto e liso jogado para sua direita da cor negra como um céu sem estrelas, seu tom de pele é claro e seus olhos são vermelhos como sangue. Portando a armadura dourada do Escorpião, ele tem uma capa vermelha onde normalmente seria branca, no centro dela um símbolo da constelação de Escorpião de cor preta como caravão e no lado direito dela uma das estrelas é tão vermelha quanto Rubi.
Bastet abaixa a cabeça um tanto ressentida, ao ver a expressão da mestra a Rute range os dentes e o diz - Ei! Tenha mais respeito a... - Nesse instante ele olha diretamente para ela, foi como se ele se tornasse uma gigante sombra com um par de olhos brilhando como dois rubis, a pressão que ele emana é tamanha que deixou as pernas dela fragilizadas.
- Rute, por favor, escolha com cuidado suas palavras mediante ao senhor Hisoka - Bastet pede com cautela a sua guerreira - Lembre-se, este é o mesmo homem que está no nível do Cavaleiro da casa de Leão e da casa de Gémeos - Assim que ela falou, Hisoka volta sua atenção a deusa e Rute cai de joelhos ofegante, suando bastante e com sua mão sobre seu peito. Bastet entrelaça os dedos e fala ao cavaleiro. - Mesmo assim, Escorpião. Nem tudo, foi como você disse, pós eles mandaram Atena junto ao Pegasus como eu mesma deduzi.
- Hum, mesmo? - Ele mantém a neutralidade, buscando ter uma expressão de supresa. - Me diga, sua serva foi ao encontro de um poderoso guerreiro, correto? Se você seguir os conceitos velhos, o cavaleiro mais indicado a protege-la é aquele quem vai ficar a metros de distância dela, afinal, guiar Atena é trabalho do Pegasus. Qualquer Deus que está contra Atena pensaria assim, então...
- O cosmo dele... - Rute falou amedrontada, ela se recordou da incrível quantidade de poder que Ragnar possuía. - Poderia esconder o de Atena...
- E com uma substituta da deusa ao lado do Pegasus, Xeque-mate. - Hisoka completa simples.
- Você sabe quem é esta substituta? - Bastet começou a se preocupar.
- Simba e Helena foram os responsáveis por encontrar a garota, tudo o que sei é que ela descende diretamente da antiga Atena. A vi algumas vezes na cidade, comprovei que seu cosmo de fato era divino. E como eu lhe disse tempos atrás, não subestime o estrategista do Santuário - Na mente do Hisoka está a imagem de Simba trajando sua armadura de Leão. - Um passo infalso, e será sua morte. Sei que passou muito tempo estudando os eventos que se passaram, Bastet, entretanto você não faz ideia do que está por vir.
O coração da deusa acelera, ela tenta manter a calma enquanto uma gota de suor frio escorrega pelo seu rosto.
- Certo, Escorpião - Ela confirma. - O que você acha que irão fazer, agora?
- Depois que eles conseguiram seu sangue, virão pra cá para passar da redoma esperitual de Anubis - Hisoka fala e as duas moças ficam um tanto assustadas com a notícia. - Vamos usar o feitiço contra o feiticeiro, mantenha os ataques coordenados as áreas globais onde possam atingir alguns templos ou locais de adorações antigas, deve chamar a atenção de boa parte dos cavaleiros de ouro, eles vão acreditar de que você não faz ideia do plano envolvendo seu sangue. Toda via, prepare seus Guerreiros e a Elite que sobrou, em breve, a batalha irá começar.
- Compreendo... - Bastet analisa tudo com cautela e depois o diz. - Agora, devo lhe perguntar o essencial, está do meu lado ou contra mim?
- Minha oferta, você já tem em sua memória. Obtenha o sangue de Atena, e o Liberte, e assim tem meus serviços. - Hisoka a responde calmo.
Bastet respira fundo e o diz. - Se for o que deseja, temos um acordo.
- Ótimo, estarei a espera caso precise. - Ele se despede saindo do local.
Rute fecha os dedos com força, sem acreditar na situação atual.

Ásia: Rússia

Aos poucos, os Cavaleiros de Aço foram interditando o portão derrubado, enquanto outros estão de vigia no lado de fora, alguns deles se encontram na ala médica sendo atendidos.
- Ai... Que ressaca braba... - Carlos reclama colocando a mão sobre o rosto.
- Deixa de frescura, você nem mesmo estava alcoolizado. - Daichi o corta, levando uma caneca de café aos lábios enquanto se encontra sentado no sofá a frente.
- Calado! Você deveia tê gankado e me ajudado! - Carlos grita na direção dele.
- Você avançou na direção dela praticamente sozinho, já que gosta de lutar no mano a mano provavelmente ia fazer um showzinho caso interferisse. - Daichi o retruca calmo, ainda tomando seu café.
Carlos contraí os lábios "O miserável é um génio..." ele reclama mentalmente, até que contínua. - Ok! Só vou perdoar porque você é um cara legal!
- Na verdade... Aqueles dois eram muito poderosos... - Naomi comenta fitando seu reflexo no café com leite.
- 5° e 3° classes - Daichi se recorda das palavras de Elon. - Certamente, estarão mais poderosos quando formos até eles.
- Queria que esse fosse nosso maior problema - Hana comenta aos amigos, enquanto se senta ao lado do Lobo - Segundo o Santuário, existe a classificação General, portando quatro membros - Ela cruza os braços e pernas, enquanto olha para a mesa de madeira. - Só a líder da Elite já parecia superior aos cavaleiros de prata se equiparando aos de ouro, imagina o que os generais podem fazer...
- Calminha líder... - Carlos a pede. - O mestre Simba foi claro, Bastet não tem como trazer eles pra cá, foi por isso que ela ficou que nem louca e mandou ir atrás do Ragnar para pegar seu poder.
- Hipoteticamente falando, sim - Daichi fala ao parceiro. - Porém, se fosse verídico, do jeito que Bastet é impulsiva ela mesma teria vindo aqui buscar Ragnar.
- Do outro lado do mundo... - A voz de Ragnar ecoa na sala, eles olham para ele sentado no canto da sala. - Eu senti, um cosmo monstruoso. Como se um dos deuses Prime tivesse despertado, em seguida, ele sumiu ao lado do cosmo de Bastet.
- Deus... Prime? - Naomi fica confusa.
- Apelidamos assim os deuses que costumam ter um cosmo superior, despertando o oitavo sentido ou até mesmo o Ômega. - Hana comenta aos amigos.
- Ômega? - Carlos pergunta.
- É só um mito, dizem que seis jovens alcançaram um poder inigualável - Daichi explica ao rapaz. - Mas, creio eu que não passa de uma suposição a vitória anterior a Guerra de Zeus e Júpiter.
- Tenho as palavras de meu mestre em mente, o Ômega é real, só não sabemos como desperta-lo... - Hana fala ao parceiro, depois de alguns segundos ela se recorda. - Eu... Me lembro da Rute saber sobre o resultado da minha batalha contra o Pegasus, isso significa que...
- Existe um traidor entre o cavaleiros no Santuário... - Naomi completa ficando em choque.
O silêncio tomou drasticamente o ambiente, nenhum deles sabia o que dizer, "Pessoal..." Ragnar fita o peso entre eles.
- Ah... Traidores né... - Carlos quebra o silêncio - Ouvi falar deles... Mas relaxa! - Ele os tenta distrair - Temos o Ragnar do nosso lado! - Ele da um legal na direção dele, o rapaz fica pisca os olhos um tanto confuso. - Vai lá cara, conta pra eles o dia que a faca caiu no seu olho e a faca ficou cega!
Notando a atenção de todos o rapaz ficou surpreso dizendo - Espera, como você sabe? - Nesse instante todos abrem os olhos espantandos, até mesmo o próprio Carlos, Ragnar da uma risada sem graça dizendo. - Era uma piada, gente...
Todos voltam a respirar aliviados.
- Claro! - Carlos também ri sem graça. - Eu sabia!
- É, eu sei... Sou péssimo com diálogos... - Ragnar fica um tanto retraído.
- Tranquilize o coração, a gente suporta as piadas de Carlos. - Daichi o diz.
- Ei!!! - O rapaz fica indignado.
- Pode ficar com a gente, Ragnar - Naomi o chama sorrindo simples. - Não somos seus inimigos.
- Graças a Atena... - Carlos murmura e Naomi da uma cotovelada em sua cintura, ele geme de dor e depois corrige. - Digo, a gente tá curioso pra saber qual código você usa.
- Carlos! - Naomi da outra cotovelada nele.
Ragnar da algumas risadas e o diz - Sendo sincero, eu diria que herdei esse poder - O rapaz se senta mais próximo aos amigos. - Quando nasci, os civis da minha cidade disseram que meu choro trouxe uma tempestade tão forte que estava prestes a formar um furacão, só passou assim que me acalmaram.
- Ragnar: A Origem da Apelação! - Carlos fala como um diretor de cinema.
- Então, como era sua vida lá? - Daichi questiona. - Se não for muito doloroso você contar...
- Tudo bem, antes de conhecer o Mestre Simba, realmente, falar do passado só trazia uma ira desnecessária para aquela ocasião, acho que foi por isso que ele me chamou para treinar minha mente. Eu sou filho de Ametista, ela tinha esse nome por conta de que meu avô fez um colar com essa mesma joia para ela antes de seu nascimento, e assim os dois decidiriam por este nome nela - O rapaz se recorda de sua mãe, uma bela jovem de longos cabelos brancos como a neve, olhos vermelhos como brasa e uma pele clara como as gelerias do Alasca, apesar do porte de guerreira seu sorriso era sempre presente e suas roupas simples como uma pessoa comum - Apesar de vivermos simples, minha mãe tinha uma enorme força e trabalhava em reparos pela cidade, ela costumava me treinar quando tinha tempo e me ensinava sobre as histórias de Asgard e seus deuses - Na memória do rapaz, ele ainda ao cinco anos no colo da mãe enquanto ela estava com um livro aberto a sua frente com desenhos nórdicos - Ela sonhava com o dia que Asgard voltasse a sua gloria, mas... Toda vez que eu perguntava o motivo ela sempre mudava de assunto, a última vez que consegui tirar algo dela foi que... - "Ah... Não seja tão curioso, Ragnar!" ela puxa uma de suas orelhas "A senhora que nunca me responde nada..." o garoto fica indignado, ela da risada e o diz "Apesar de parecer tanto com ele, sinto sua falta... O seu olhar, seu sorriso, até mesmo das suas piadas sem graça... Ele está tentando reerguer Asgard, Ragnar. E um dia, quero ver você ao lado dele, juntos".
- Nossa... - Naomi sente uma sensação de saudade abraçar seu corpo. - Ela parecia ser uma ótima pessoa.
- Um sonho tão nobre quanto esse, deveria ser de todos por lá - Carlos fala ao parceiro. - Ou melhor, todos deveriam ouvir os conselhos dela.
- E ouviam, ela nunca levantou os punhos contra alguém, nem a pior pessoa que já vagou por aquelas terras - Ragnar concorda com Carlos. - Ela era tudo o que eu precisava. Mesmo que os outros desejassem que eu fosse um cavaleiro ou até mesmo um viking e se juntasse aos planos de Odin, nunca tive interesse, só de imaginar morrer em batalha e longe dela, já era o suficiente para desistir.
- Porém. - Hana fala um tanto mais séria.
- O dia não poderia ser melhor, muitos amigos meus foram me visistar - Ragnar se lembra de estar junto aos amigos enquanto eles desenhavam na areia e imaginam grandes batalhas - Como a cidade não era muito grande, grande parte dos habitantes dela foram para lá, e sem nem acreditar... - A imagem da sua mãe indo em sua direção, com um grande bolo de aniversário, uma cobertura azul nas laterais e uma branca na parte superior, com sete velas sobre ele - Meu dia tinha se tornado perfeito, recebi a confirmação que tanto buscava nos meus pedidos a Odin, aquele ali, era o meu lugar - "Vamos, meu amor, assopre e faça um pedido" sua mãe o diz sorrindo, ele se concentrou e assoprou e naquele instante o estrondo de um trovão calou as palmas e a comemoração e um relâmpago azul rasgou o céu em direção aquele local trazendo gritos e lágrimas por todos os lados - Eu fiquei tão desnorteado, que meu corpo nem mesmo soube reagir a situação, vi corpos de amigos de infância no chão, o sangue deles estava sobre minhas roupas e rosto, a única coisa que consegui pensar foi... - "Mãe?!" Ragnar se levantou, ele corria pelo cenário de caos, com cadáveres pelo chão e sangue sobre as casas "Mãe?!!!" ele a chamava e não podia mais conter suas lágrimas, foi quando ele parou diante a uma silhueta que segurava o pescoço de Ametista a sufocando, sua mãe não notou sua presença enquanto se debatia, até, que ela parou - Naquele dia, soube de duas coisas: Os deuses se corromperam e caíram em tormento e desgraça, e que um dia, irei arrancar a cabeça naquele maldito. - Os olhos do garoto brilharam em azul intenso, a sombra olhou para ele e Ragnar grita em fúria estremecendo tudo a quilómetros da lhe.
- Você está dizendo... Que um deus nórdico matou sua mãe? - Carlos fica confuso. - Mas... As histórias sobre eles são...
- Muitos deuses enlouqueceram, caíram em tamanha tristeza que esqueceram até mesmo quem eram. - Daichi fala ao amigo.
- Ragnar, sinto muito... - Naomi já não contém as lágrimas.
- Tudo bem. O que ocorreu comigo, poderia ter acontecido a qualquer um, mas, a diferença é o que vai acontecer em seguida. - Ragnar a diz um tanto simples.
- Espera... Dizem que você atravessou as dimensões e parou em Nova Athena - Carlos fala se recordando. - Como tu fez isso???
- Bom, eu... - Quando ele iria explicar, Polar entra na sala.
- Cavaleiros, temos mais exércitos se aproximando! - Ele fala nervoso.
- Bastet não gastaria tanto cosmo agora... - Hana ficou confusa se levantando do sofá.
- Ela não deve ter gostado do resultado. - Daichi também se ergue.
- Certo, Lobo, fique na tocaia, se alguém se aproximar execute! - Hana comanda.
- Sim, senhora! - Ele vai se dirigindo a saída.
- Ragnar, fique lá fora e contenha o máximo que conseguir o avanço dos inimigos, vou buscar estratégias com Atena. - Hana comanda ao Orion.
- Como desejar, comandante. - Ele se levanta.
- Precisa de algo? - Naomi questiona preocupada.
- Com o frio intenso lá fora, vai fazer vocês gastarem mais cosmo - Hana fala aos dois. - Fiquem aqui, já trarei os novos planos.
Assim que ela se retirou, Naomi olha a própria caneca. - Não somos de grande ajuda, né...
- Vamos tentar manter a calma, afinal, deve está chegando a hora... - Carlos fala analisando a situação.

Cavaleiros do Zodíaco: Império DouradoOnde histórias criam vida. Descubra agora