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dez.

Juliana.

Minha festa de aniversário foi indescritível, divertida e incrível. Dancei muito com Roberto, Max, Carina e seja mais quem estivesse animado na pista de dança. Comi, bebi, rodei de um lado ao outro sendo fotografada e sabia que seria a festa mais falada nas próximas reuniões sociais. Se aquela animação toda fosse prévia do casamento, será um dia maravilhoso. Meu noivo fez o papel social, indo de roda em roda, sempre sério ou estoico, quase não ficamos juntos depois que comecei a ficar alegrinha de tanto espumante.

No meio da madrugada, Enzo parou na minha frente e vi dois dele.

− Acho que é hora de irmos para o quarto. – disse calmamente e ciente que estava bêbada e não queria pagar nenhum mico, sorri e aceitei sua mão. Me despedi de quem ainda estava festejando e entramos na casa. Enzo deu ordens rápidas, de segurança e não ouvi direito meio tonta.

No quarto, ele fechou a porta principal que foi trancada quando desci e me olhou intensamente.

− Preciso tomar um banho, estou suada. – disse e queria lavar a maquiagem.

− Vai na frente... – disse meio enigmático, dei os ombros, entrei no banheiro arrancando minha roupa toda e lavei meu rosto, removendo maquiagem, esfoliando e então, entrei no chuveiro, molhando o cabelo que estava suado na raiz e já meio duro de tanto fixador. – Posso me juntar a você?

Abri um sorrisinho sem falar muita coisa e Enzo entrou, gloriosamente nu e ereto. Pegando o sabonete líquido e minha esponja favorita em formato de ursinho, fez espuma o suficiente e esfregou meus braços, ombros, descendo entre os seios e provocou meus mamilos com a parte áspera, dei um gritinho e segurei nele.

Levando a mão ensaboada entre minhas pernas, me lavou numa carícia provocante e desinibida, beijei sua boca, aproveitando a distração para tocar seu pênis ereto. Aproveitei que a bebida me deixou sem vergonha, toquei-o levemente e Enzo puxou os lábios dos meus, pegando minha mão e envolvendo, apertando meus dedos para mostrar a pressão certa e junto, subiu e desceu, gemendo contra meu lábio. Entendi rapidamente o que era para fazer e como uma aprendiz, me deliciei ao vê-lo gostando muito.

Enzo gozou na minha barriga e observei tudo, admirada. Era sujo, excitante, divertido... Tenho vinte e um agora, estou liberada para vida adulta. Sentindo-me nas nuvens após uma gozada daquelas, fomos para cama e deitamos juntos. Apaguei completamente, levada pelo melhor espumante que nosso vinhedo produzia.

Mais uma vez, acordei sozinha e não achei estranho afinal era muito tarde. Rolei na cama, com o corpo meio dolorido de toda dança e por um momento fiquei apenas curtindo as fotos de ontem que fui marcada. Enzo postou a sua própria galeria, com uma agenda formal e todas as fotos foram tiradas pelo fotógrafo.

Respondi comentários de felicitações e me deu sono de novo, tirando um cochilo. Quando acordei novo, assustada com um barulho de ferros caindo, pensei ser a equipe desmontando a festa. Com preguiça, virei na cama me convencendo a levantar e então, enfiei a mão embaixo do travesseiro do Enzo e senti algo ali. Tirando o travesseiro de cima, cheguei a sentar ao reconhecer uma arma preta, não era uma pistola de faroeste, sabia, mas não tinha ideia o que era aquilo.

Por que Enzo tem uma arma debaixo do travesseiro? Já não basta toda segurança excessiva e intensa? Quem esse homem é? Me bateu uma gigante insegurança que estou me entregando de bandeja, como uma completa palhaça, para um homem que chegou assumindo minha herança, meus negócios de família e pouco sabia. Que estupidez, Juliana.

Perigoso AmorDove le storie prendono vita. Scoprilo ora