Me apaixonei pela minha melhor amiga

Capítulo 4

Quando o médico falou isso eu fiquei sem reação. Literalmente fiquei sem reação e não sabia o que falar. Então por alguns segundos fiquei calada procurando formular alguma frase para responder, quando por fim o médico voltou a falar:

-Alo? Tem alguém na linha?

-Ah oiii...desculpa!É... o que eu preciso fazer? – disse rapidamente e sem prestar muita atenção no que eu realmente tinha falado.

Minha mãe não foi muito presente na minha vida e depois que fui morar com meu pai, ela ficou mais distante ainda. A vdd é que eu me distanciei dela depois que fui morar com meu pai e agora ela vive tentando se aproximar de mim, porém nunca permiti.

-A senhora pode por favor vir para o hospital e preencher as papeladas? Eu tentei ligar para uma casa, porém ninguém atendeu.Ai então, eu resolvi ligar para esse número que no caso é vc, a filha dela. Eu só preciso que alguém da família esteja aqui para agilizar as coisas para o atendimento ser mais rápido. Pode ser?

-Olha, eu sinto muito mas agora não vai ter como. Pode por favor ligar para esse número 9866069589, e explicar o que aconteceu. Esse número é do meu pai. Boa noite! – desliguei sem ao menos esperar a resposta do médico e joguei meu celular debaixo da cama.

Eu deveria estar sentindo alguma coisa depois de receber uma notícia como essa. Minha mãe acaba de sofrer um acidente e não estou conseguindo sentir nada, nenhuma emoção se quer.

Me levantei da cama e fui tomar um pouco de ar. Na varanda do meu quarto, estava observando as estrelas no céu e lembrei que quando eu era criança, assistia Barney e seus amigos, um seriado na tv, e sempre quando tocava a música brilha brilha estrelinha, eu lembrava da minha mãe e ficava chorando sentindo sua falta.

Observar as estrelas me fez lembrar o quanto ela me fez falta em alguns momentos da minha infancia e isso nunca vou a perdoa-la , mas ao mesmo tempo não posso esquecer que ela é a minha mãe e que se não fosse por ela não estaria aqui.

Depois de um tempo observando as estrelas escuto um barulho muito estranho vindo do quintal e tento localizar de onde está vindo o barulho e percebo que tem algo se mexendo dentro do canteiro e grito pelo segurança:

-Tomás é vc?- espero por alguns segundos ele responder e nada de resposta. Pergunto novamente e nada dele responder. Resolvo então voltar para meu quarto que é mais seguro né, vai que é um ladrão , um assassino ou algo desse tipo, é melhor se prevenir. Tranco a porta da varanda e a do quarto também.

Vou ao banheiro escovar os dentes e logo em seguida deito em minha cama e penso em pegar meu celular para ver tem alguma notificação importante e acabo deixando pra lá.

Na manhã seguinte acordo no susto com meu pai batendo na porta do quarto mega furioso por algum motivo que não sabia o que era.

-Raqueeel preciso falar com vc muito sério! Pode abrindo essa porta agora ou vc terá que arcar com as consequências. Por que a porta do seu quarto está trancada- diz meu pai quase tentando arrombar a porta de tão furioso que estava.

Saí da cama num pulo e vou rapidamente abrindo a porta e quando menos esperava meu pai empurra a porta com tanta força que chega a me assustar .

-Paii o que aconteceu? Precisa desse show todo?- quando eu digo isso meu pai tenta respirar para não perder a cabeça. Confesso que eu meio que afrontei ele, mas ele queria que eu fizesse o que? Chega na porta do meu quarto gritando que nem um doido sem nenhum motivo(até o momento).Depois de ter dado aquela resposta meu pai tira o celular do bolso dele e me amostra uma foto de minha mãe no hospital toda destruída, incubada, machucada e tals. Na hora me veio a lembrança da noite passada recebendo a noticia do acidente e ai que me veio na cabeça que o celular do meu pai tinha ficado em casa e eu acabei dando o contato dele para avisa-lo sobre o acidente.