A Flor Mais Bela da Primavera

Outono 下跌

 Chun FengXin passou a manhã treinando com sua shimei, durante o treino elas entraram em uma pequena competição, onde Chun FengXin conseguiu sair vitoriosa, roubando em um minuto de distração da amiga a pequena faixa vermelha que ela carregava na cintura, as duas restavam repousando enquanto algumas de suas primas estavam lhes servindo um pouco de água, foi quando a mãe de Chun FengXin apareceu, a mulher imponente questionou as jovens sobre seus progressos no treinamento, a mulher mantinha uma aparência séria, impassível, impenetrável, as duas se curvaram e mantinham as cabeça baixas enquanto respondiam, o respeito e o medo que a mulher impunha era refletido em todos que estavam por perto.

Quando a mulher saiu, dispensando as duas jovens de seus treinamentos e de seus afazeres lhes dando o resto do dia de folga, algo raro de acontecer, mas que as duas jovens cultivadoras aceitaram de bom grado, Chun FengXin tinha seus próprios planos para aquele dia e se despediu de sua amiga assim que não pode mais sentir sua mãe por perto.

Chun FengXin andou pelos arredores de seu clã, seguia calmamente até seus aposentos, ainda com seu robe de cultivadora, ela apenas realinhou os cabelos, pegou sua companheira, sua querida dizi um presente de seu irmão, dado a ela quando a jovem ainda era criança, ela já estava com os pés já do lado de fora quando o sol entrou pela porta e reluziu sobre um objeto exposto sobre um de seus móveis. Descansado em um apoiou, uma espada estava embainhada, seu cabo ornamentado brilhava como o sol, deixando a jovem cultivadora tentada, ela foi até o móvel, ajoelhou-se e com respeito tirou a espada de seu local de descanso, antes de se levantar, Chun FengXin ainda beijou o pomo de sua lâmina e a colocou na cintura, tanto respeito e cuidado tinha um significado, o objeto fora um presente de seu estimado pai, antes que este saísse em caçada, feita apenas para a jovem, na lâmina estava gravada a inscrição Tai Su que significava "formosa", formosa como apenas ela e as flores de cerejeira eram de acordo com seu pai.

Chun FengXin saiu de seu quarto e seguiu para os jardins, ela olhou pelos arredores e percebeu que não havia ninguém além dela no local, com um sorriso discreto ela pulou por cima das árvores, fazendo sua fuga por cima dos muros que delimitavam os arredores de sua residência, seguindo pela floresta ela planava pelas árvores, a leveza de seus passos era tanta que os galhos mal chegavam a balançar quando seus pés os tocavam, a jovem seguiu até seu pequeno refúgio, o pequeno casebre que seu pai reforma em segredo apenas para ela.

Deixando seus sapatos na entrada ela seguiu para dentro, o local estava como sempre, folhas pelo chão, sua mesa de estudos ainda com resquícios de sua última passagem, mas estar ali para ela agora tinha um novo significado, afinal ao fechar os olhos ela ainda podia se lembrar do jovem mestre cultivador, deitado em seu tatame. O corpo definido devido aos treinos, com muitas marcas deixadas pelo tempo, os cabelos macios e tão negros que lhe lembravam pérolas raras, eles ainda se encontraram algumas poucas vezes após aquele dia, e a cada despedida parecia mais dolorosa.

Chun FengXin se sentava do lado de fora, molhando os pés na água enquanto mantinha suas doces lembranças sobre o mestre Sheng Huang, mais uma vez o sol a lembrará de sua espada, já entediada, cansada de esperar por uma companhia ela decidiu treinar, livre para poder fazer o que quisesse, ela desembainhou sua lâmina, pulou sobre os telhados e vendou os olhos, assim tirando de sua frente qualquer distração visual, concentrando-se apenas em sua respiração e nos sons da natureza ela começou a praticar Qigong.

Movimentos lentos e delicados, ela se mantinha equilibrada sobre o topo da construção, ela podia sentir algumas folhas acompanharem seus movimentos, nada podia tirar-lhe o foco, nem mesmo a presença de um estranho. Chun FengXin o ouviu se aproximar, seu sentido espiritual era muito aguçado ainda mais ela estando vendada, percebeu quando o mesmo parou em frente a seu refúgio, ela apenas continuou fingindo que ele não estava ali. Até que em certo ponto o estranho decidiu intervir, ele não a atacou, mas pulou no telhado e pareceu responder a seus movimentos, sempre que ela se aproximava ou tentava atacá-lo ele desviava sem muito esforço ela não percebeu, mas ele sorria enquanto deliberadamente participava do treinamento da jovem cultivadora.