Dificuldades

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OBS: Voltei, sei que o capítulo está pequeno, mas foi o máximo que consegui escrever até agora, como muitos sabem, eu estou em processo de finalização da faculdade (TCC), e não está sendo fácil conciliar isso com as fanfics, não vejo a hora desse pesadelo acabar, por outro lado é bom por significar que esse ano estou me formando e vou ter mais tempo para gastar com as fanfics, pelo menos até eu voltar a estudar para a OAB, Jesus, até hoje me pergunto o por que de ter escolhido direito, mas enfim. Espero que gostem do pequeno capítulo e prometo que logo, no caso assim que eu finalizar o meu TCC, vou estar de volta com uma maratona. Beijos.



POV Alycia

Quase um ano se passou, até eu realmente conseguir sair do buraco profundo a qual me deixei cair desde aquele dia fatídico, hoje seria o primeiro dia de aula na faculdade pelo qual passei, meus pais ainda estavam preocupados, porém para mim, são apenas preocupações sem sentido, afinal, eu ainda consigo fazer as coisas sozinhas, pelo menos, algumas coisas.

Nesse exato momento eu estava esperando Marny, pois éramos da mesma faculdade, está certo que ela começou antes de mim, mas finalmente eu senti que estava pronta para sair do quarto e enfrentar a minha nova vida.
- Vamos que já estamos atrasadas – Marny disse me apressando.
- Já estou quase pronta. – Falei puxando a minha cadeira para mais perto da cama e comecei a me preparar para fazer um pouco de força para sentar na cadeira quando Marny, interrompeu a minha preparação carregando-me e me colocando na cadeira. – Você sabe que não precisa fazer isso. – Falei meio emburrada, pois é me tratando desse jeito que me faz sentir um peso morto para todos, aquela que não consegui fazer nada a ponto de não ser possível subir na sua própria cadeira.
- Eu sei, mas o melhor é você não fazer tanta força. – Marny disse me fazendo revirar os olhos. – Agora vamos, não quero que se atrase no seu primeiro dia de aula. – Falou empurrando a minha cadeira antes de eu começar a reclamar.
Marny colocou-me no aparelho que foi instalado na escada e acionou o botão fazendo com que fosse possível eu descer, depois novamente contra a minha vontade, empurrou-me até o seu carro que a mesma comprou especialmente alterado para cadeirantes. Me lembro quando ela apareceu com esse carro, eu disse a ela que não precisava ter comprado daquele jeito, que é possível eu entrar em um carro normal, mas Marny mandou-me ficar calada e aceitar logo que doía menos, então sem escolha, foi o que eu fiz.
Às vezes sinto falta de dirigir, meus pais disseram que poderiam comprar um carro totalmente adaptado para a minha situação, mas eu neguei e por algum tempo, vivi uma vida miserável, pelo qual não saia do quarto, mas isso passou depois que comecei a ir ao psicólogo, que foi imposto por minha mãe, ela estava muito preocupada com a minha sanidade nesse período escuro que enfrentei. Hoje em dia eu agradeço a ela, pois talvez nem viva eu poderia estar mais.
Depois de alguns minutos dentro do carro, finalmente chegamos e claro, assim que desci, os olhares foram diretamente para mim.
- Eu sei o que você está pensando e garanto que está muito errada sobre isso. – Marny disse por trás da minha cadeira.
- Você sabe que é verdade. Todos me olham com sentimento de pena. – Respondi a ela.
- Claro que não. Às vezes você viaja muito, ninguém aqui vai tratar você diferente. – Marny disse enquanto entravamos na faculdade que para a minha sorte, possuía rampas.
Deixei as minhas coisas no armário que lá havia e me dirigi até a sala em que eu estudaria, Marny ainda tentou me ajudar, mas eu recusei. Ao chegar na sala, havia apenas dois lugares vagos, então fui em direção aquele lugar, depois peguei o meu celular, precisava distrair um pouco a mente e consegui, até alguém sentar ao meu lado.
- Oi, eu me chamo Marie. E você? – A garota sorridente perguntou.
- Alycia. – Respondi automaticamente.
- Você não parece animada com o seu primeiro dia de aula. – A tal Marie disse.
- Eu estou sim muito animada, o problema é que sempre fiquei muito quieta em meus primeiros dias de aula por não conhecer ninguém. – Respondi a ela.
- Então agora pode começar com um sorriso no rosto, pois você me conheceu. – Marie disse me fazendo soltar um pequeno sorriso.
- Nem um pouco convencida você. – Falei sorrindo.
- É uma das minhas qualidades. – Marie disse mexendo em seu cabelo.
A aula finalmente começou, então paramos a conversa, o professor era muito bom, mas logo de cara, ficou evidente que era exigente, porém eu amo professores assim.
Quando a aula terminou, Marie me acompanhou até o local pelo qual poderíamos comer algo. O engraçado era que parecíamos amigas de anos, exatamente pela forma em que a conversa rolava, isso foi a coisa mais perto da felicidade que senti ultimamente por esses meses.
Acredito que a faculdade irá me fazer muito bem, pelo menos por enquanto está fazendo eu esquecer o quão ruim é estar presa nessa cadeira. Ao menos uma vez, eu estou me sentindo útil novamente, como se nada estivera acontecido.

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⏰ Última atualização: Mar 11, 2021 ⏰

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