POV AlyciaEstávamos em uma festa, na realidade estavamos saindo dessa festa, os meninos estavam bêbados, assim como Marny, Lisa e Rosé, eu era a mais sóbria de todos, por isso, decidi que eu seria a motorista da vez, porém Tony não deixou, dizendo estar muito bem e que poderia dirigir, contestei o que ele havia dito, mas Marny começou a dizer que já havia andado com Tony estando bem pior do que estava, então muito contra gosto, eu permiti que ele fosse o motorista.
O caminho foi tranquilo, estávamos brincando e rindo, porém a tranquilidade durou pouco, apenas vi uma luz muito alta e senti meu corpo absorver um impacto muito grande, depois tudo ficou escuro e não lembro de mais nada. O que me deixou assustada, foi ter acordado em um hospital, com a minha mãe chorando ao me ver abrir os olhos. A quanto tempo será que eu fiquei assim para ela estar tão desesperada? E como eu parei em um hospital?
- Meu Deus, obrigado. - Minha mãe disse abraçando-me, o que estava me deixando mais confusa.
- O que aconteceu? Por que estou em um hospital? - Perguntei olhando para os lados.
- Filha, vocês sofreram um... Acidente. - Minha mãe disse. Nesse momento, só pensei em meus amigos.
- Onde está a Marny e os outros? - Perguntei a ela que baixou a cabeça, fazendo com que eu imaginá-se o pior. - Eles não... - Não consegui terminar a frase, pois lágrimas ameaçavam descer por meu rosto.
- Marny está bem, mas Lisa e Rosé estão em coma. - Minha mãe disse, me fazendo chorar, um choro de pura culpa.
- Onde está Tony e Luka? - Perguntei a ela que só balançou a cabeça e um sinto muito saiu de sua boca. - Eu sou a culpada, eu não deveria ter permitido que Tony assumisse a direção, agora eles se foram e a culpa é minha. - Falei entre lágrimas enquanto minha mãe tentava acalmar-me.
Minha mãe tentou de tudo me acalmar, porém fiquei histérica ao ponto de me darem tranquilizante, que me fez apagar e ter sonhos perturbadores sobre o acidente, imagens das quais eu não queria lembrar vieram em minha mente, até o momento em que acordei assustada, encontrando Marny sentada ao meu lado com o braço enfaixado.
- Como você está? - Perguntei a ela.
- Estou bem, mas... - Marny estava segurando as lágrimas, eu percebia por causa de sua expressão.
- Eu sei como você está se sentindo, pois estou igual. - Disse a ela e foi nesse momento que senti algo estranho, ou melhor, não senti. - O que está acontecendo comigo? Por que não consigo mexer as minhas pernas? - Perguntei Marny que baixou a cabeça na mesma hora em que meu pai entrou. - Pai, por que não estou conseguindo mexer as minhas pernas? Por favor, alguém fala alguma coisa. O que aconteceu comigo? - Perguntei começando a chorar mais forte do que antes.
- Quando vocês sofreram o acidente, seu corpo absorveu um impacto muito grande, o que acarretou em uma lesão na sua coluna, pelo qual você não poderá mais caminhar. - Meu pai disse com os olhos cheios de lágrimas.
- Você está me dizendo, que estou paralítica? É isso? Eu nunca mais vou andar? - Falei entre soluços, enquanto Marny me abraçava.
- Vai ficar tudo bem, o médico disse que há uma chance de você voltar a andar se seguir a risca o tratamento que ela passará. Nós vamos enfrentar isso juntas Aly. - Marny Disse em Meu ouvido.
Depois disso, nada mais foi dito, e nesse silêncio senti como se o mundo estivesse acabando para mim, eu não conseguia ver uma luz no fim desse túnel em que estou, apenas a escuridão e muita solidão, e um mundo pelo qual eu não terei forças para enfrentar. Minhas esperanças eram nulas e meu destino era incerto. Afinal, o que uma inválida poderia fazer, o quão inútil eu havia me tornado da noite para o dia.
Não, eu não sinto nada, meu corpo está em um torpor sem fim, e acredito que nunca sairei dele.OBS: Capítulo pequeno, mas já começamos com um pouquinho de drama kk. Espero que gostem e até o próximo
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Bittersweet
FanficÉ possível alguém ter uma vida normal depois de achar que nada mais será como antes? Devemos manter a esperanças, mesmo achando que o caso está perdido? E o mais importante! Como alguém poderia se apaixonar por uma pessoa que não se senti tão viva c...