Cap. 10 - Rebeldia e final de semana agitado.

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Especial 2K🤍
3200 palavras!
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Mais uma vez, obrigada!
Boa leituraaaa










"Menina, descendo correnteza abaixo
Sendo arrastado para o lado escuro
Eu quero ser alguém com quem você possa contar."
- Isso é tão Solange!













Quando somos pequenos, e nos perguntam o que queremos ser... nós não hesitamos em responder.

Modelo, bombeiro, polícia, presidente, médico... e até a rainha de Inglaterra.

No meu caso, eu respondia "minha mãe".

Desde que me conheço por gente, eu apreciava minha mãe. Ela era e é linda.
Mas quando me perguntaram o que eu queria... eu não soube responder.

Por isso estou aqui.
Olho as prateleiras da loja e à minha volta. Jake estava vendo algo nas prateleiras do outro lado enquanto eu procurava saber o que quero.

"Sol..." Viro-me para ele. "Eu acho que você deveria tentar." Ele diz. "É um ukulele. Originalmente português... Você pode aprender a tocar como se toca um violão."

"Você sabe tocar um violão?" Pergunto curiosa. Ele assente. "Porque nunca me disse antes?" Ele dá de ombros.

"Nunca achei que fosse necessário."

"Mas é. Minha mãe me ensinou a tocar quando eu era mais novinha." Digo. Recebo o instrumento de suas mãos. "Por qual motivo você acha que eu consigo fazer uma música com um ukulele?"

"Porque você escreve. E se você consegue escrever, você consegue tocar." Ele diz. Eu nego com a cabeça. "Você pode sempre tentar. Tente arranjar uma melodia para os versos dos seus poemas." Ele diz.

"São poemas. Não letras de músicas." Digo e cruzo os braços.

"Bem... Então transforme em música." Ele diz.

"Você escreve?" Pergunto. Ele assente.

"Eu escrevo quando estou zangado." Ele diz. Eu sorrio.

"Você deve ter músicas bem ofensivas." Digo e caminho em direção ao balcão. Quando chego lá, um senhor de meia idade me atende e sorrindo, ele da o preço do instrumento em minhas mãos, que é incrivelmente barato. Eu pago e depois de o ter em mãos, olho para Jake. "Eu gostaria de ouvi-las."

"Eu não mostro elas pra ninguém." Ele diz sério.

"Eu não sou ninguém." Digo séria. "Eu não mostrava as minha letras a ninguém. Até amanhã." Digo e ele me olha confuso. É a primeira vez que ele muda sua feição séria e mostra as linhas no meio de suas sobrancelhas cheias. Ok. Confesso. É lindo.

"Você usou muitos tempos nessa frase." Ele diz.

"Amanhã eu vou mostrar algumas letras. Você pode arranjar uma melodia e me ensinar a tocá-las." Digo. Ele assente.

"Ok." Ele diz.

"E hoje você vai me levar para casa." Digo e sorrio. Ele revira os olhos.

"Eu vou chamar um táxi." Ele diz. Eu nego com o dedo.

"A gente vai caminhando mesmo." Digo e caminho para fora da loja.

"Sua casa é... ligeiramente longe." Ele diz andando mais rápido, para me alcançar.

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