Carol
As vezes quando estou no ônibus, encosto a cabeça na janela, e fico pensando em cada momento da minha vida, cada coisa boa e ruim que ja me aconteceu. E digo, sou grata a Deus por tudo, cada suor pra chegar onde cheguei esta valendo a pena.
Acho que ter saido da casa da mãe foi a melhor coisa, claro que não estou sendo ingrata, mas minha independência era meu sonho, e hoje posso dizer que aos poucos conquistei. Pensamentos vão e vem, percebi que quase estava passando do ponto de casa e levantei correndo.- Motorista, para o ônibus por favor? Esse era me ponto.- eu e essa mania de passar do ponto, as vezes a sonseira me domina. - Obrigado.
Subi as escadas da portaria e cumprimentei o seu Alberto, o porteiro e logo chamei o elevador para o quinto andar, assim quevirei a esquina do corredor, em frente a minha porta estava parado um policail.
-Com licença, algum problema? -Perguntei e esperei ele se virar.
-Aah não, é que eu moro no apartamento da frente, e acabei de chegar e percebi que estava sem as chaves de casa, você poderia me emprestar um grampo para mim? -Ele falava e me olhava da cabeça aos pés, me comendo com os olhos. E isso estava me irritando.
-Claro, só espera um pouquinho. - Andei até a porta e abri, entrando sem ao menos convidar o policial para entra, peguei o grampo que tinha em cima da mesa de centro da sala e entreguei. - espero queconsiga abrir.
- Obrigado!- ele pegou o grampo e me deu as costas, em dois minutos ele abriu a porta, entrou sem ao menos falar o seu nome. - Mal educado!- fechei minha porta, só então pude ir tomar um banho e fazer aquele rango bolado, pois com a correria da faculdade e do trabalho, nem tive tempo de almoçar. Assim que teminei tudo, apaguei as luzes escovei os dentes e cai na cama.
No dia seguinte, acordei com meu celular aos berros.
-Mas quem sera uma hora dessas?- peguei o celular em cima do criado mudo, e no visor brilhava o nome "Cami Sis ♡"
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-Fala quenga! - escutei a risada dela do outro lado da linha.- Amiga se arruma que to passando ai na sua casa, babado fortíssimo a caminho do campus.
- Ok amiga, mas é sobre que.... - ela nem deixou eu terminar de falar e ja desligou. Conhecendo a Camila do jeito que conheço, em 5 minutos ela estaria aqui. Aquela ama uma fofoca. Então levantei pegando minha toalha e indo para o banheiro. Tomei um banho rapido, só pra despertar, fiz minhas higienes pessoais, e quando sai ouvi a campainha tocando.
- Deve ser a doida da Camila. - Enrolei a toalha no corpo e fui atender. Quando abri a porta, aquele policial do dia anterior estava parado em fente a minha porta apenas de bermuda com a camisa pendurada no ombro. DEUS E QUE HOMEM.
-Bom dia, o que deseja?- pergutei.
-Bom dia, é que eu percebi que meu café tinha acabado, e não vai dar para ir comprar um agora, voce poderia me dar um pouco. - Me olhou de cima a baixo novamente.
- Claro, entra ai. - Ele entrou e me entregou o recipiente de cafe.- Desculpa por não ter me presentado, meu nome é Guilherme, e o seu?
-Meu nome é Carolline, mas todos me chamam de Carol.- entreguei o café e ele apertou minha mão, ficou um tempo segurando ela e me olhando no fundo dos olhos, só se demos conta quando ouvimos a voz da Camila.
- Amiga por que essa porta ta escan... - ela parou de me olha assim que entrou na sala e viu a gente.- Oie pessoas!
- Oiee- nos dois respondemos.- Carol, obrigado por me salvar mais uma vez, mas eu preciso ir, tchau pra vocês.
Camila me olhou com um olhar sapeca.
-Nem vem amiga, se conhecemos agora.
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MEU PORTO SEGURO !
Rastgele- Carolline, tem 19 anos e é estudante de Direito. Seu forte sempre foi a independência, essa coisa de depender dos outros para sobreviver não é com ela. Ama curtição, a louca do role, a que pega e não se apega. Mas sua vida tem uma reviravolta qua...