reencontro

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Acordo com um barulho de buzina na rua, pego o celular são 5:30.
O sinal toca 7:30,resolvir ir cedo para escola, qualquer lugar era mais agradável do que ficar em casa.
Passo por minha tia que estava assistindo na sala ainda de pijama.

- Você mim levava pro bosque das borboletas quando eu era menor? - Pergunto a Tereza .

- Não. Nunca gostei dessas coisas, porque eu ia perder meu tempo te levando pra lá? - Ela fala sem tirar os olhos da TV.

- Sei lá, talvez.... - Eu sabia que era impossível ela ter esses carinhos comigo me levando pra passear, sendo que ela nunca gostou de mim.
Mas não custava nada perguntar.

- Quem gostava dessas bobagens eram seus pais.

- Eles mim levavam lá?

- Não sei.
O que deu em você pra me fazer essas perguntas?

- Curiosidade.

- Agora deixe eu assistir meu programa, vai logo pra onde você tem que ir.

......*......

Os corredores estão vazios,mas vazios do que as ruas por qual passei, apenas duas pessoas entrando na sala dos professores.
Olho o celular são 6:10.
Preciso de um tempo só, sem ninguém pegando no meu pé.
Sinto alguém tocar meu ombro, viro assustada.

- Bom dia.
Caiu da cama?

- Bom dia diretora, vim mais cedo pra estudar tranquila, em casa tá muito barulho. - Olho sua saia longa.

- Ok.Bons estudos Hanney.

- Obrigada diretora.

Sigo até o pequeno jardim e deito no banco usando a mochila de travesseiro.
Coloco o fone no ouvido abro minha playlist e reproduzo Mais uma vez da banda Legião Urbana fecho os olhos e deixo a música me envolver.
Estou perdida no refrão "Quem acredita sempre alcança...."
Quando sinto a sensação de tá sendo observada.
Abro o olho, não vejo ninguém, ao me virar vejo um par de olhos castanhos mim olhando.
Mim assusto, pauso a musica e tiro os fones do ouvido.

- Te assustei? - O loiro mim encara sentado no banco do outro lado.

- Um pouco. - Observo seu sorriso branco e perfeito.

- Desculpe, não era minha intenção! - Ele passa a mão em seus cabelos afastando os fios dos olhos .

- Vou pensar no seu caso. -  Falo irônica, o que fez ele rir.

- Então é nessa escola que você estuda?

- Pois eh, foi uma surpresa pra me te ver ontem.

- Pra mim também, ia falar com você na saída mas não te vi.

- Tive que ir logo pra casa.
- Mentir.

Ouvimos passos a pouca distância, olhamos entre as flores, eram os alunos passando, olho o celular são 7:15, as horas passaram voando.

- De playboy á professor?- Encaro com a testa franzida.

- Como você adivinhou? - Ele rir.

- Bobo..- Solto um riso.

O sinal dá o primeiro toque de ir pra sala.

- Tenho que ir dá aula agora e você precisa ir pra sala.
Que tal nos encontrarmos aqui na saída, aí conversamos melhor.

- Combinado.- Ele levanta pega sua bolsa pasta de couro escura e coloca no ombro.

- Foi bom te reencontrar Marrenta. - Ele sorri e sai.

Observo seus cabelos brilharem com o sol, sua camisa preta de mangas e suas calças jeans também da mesma cor, o fazia parecer um aluno da escola.
O sinal toca novamente, última chamada para entrar antes que a diretora mim veja e dê um grande sermão.

Assim que sento ao lado de Bruna, o professor de Química entra e enche o quadro de equações e sai.

- Hanney, porque você demorou tanto? Pensámos que não vinha.- Léo parece preocupado e curioso ao mesmo tempo.

- Verdade, já ia te mandar mensagem perguntando. - Bruna mostra seu celular onde a tela está na agenda.

- Estava conversando com o professor Max.

- Como assim?
- Pergunta Léo.

- Por coincidência, já nos conheciamos e estávamos conversando sobre o acaso.

- Nossa ele é um gato.- A loira faz uma cara maliciosa.

- Ele nem é tudo isso Bruna.
- O moreno não parece nada contente com aquela conversa  .

- Vamos responder essas equações logo antes que o professor volte e veja que não fizemos nada. - Fujo do assunto.

Cada minuto que passa parece horas se arrastando.

Na saída falo aos meus amigos que vou falar com Max.

- Que sorte a sua Hanney, ser amiga do professor mais gato da escola.

- Que isso Bruna. Nem somos amigos, nos conhecemos  por acaso. - Observo os corredores esvaziar.

- Não fique  dando mole pra qualquer um, pelo que entendi você nem o conhece direito.

- Tá com ciúmes da Hanney é Léo?
- Fala Bruna rindo.

- Claro que não, eu mim importo com ela e não quero que nada de mal aconteça.

- E comigo não se importa não? - A morena faz cara tristonha.

- Claro me importo com as duas.

- Gente, eu ainda estou aqui.
Não precisa ficar preoucupados não.
Eu confio nele, ele é uma pessoa boa.
E o que tem de mais conversar depois da aula com um professor.
Agora tenho que ir.

Nos abraçamos, eles saem e eu vou pro lugar combinado.

- Hanney está com saudades das nossas brincadeiras.
Daqui a pouco tem mais. - Cíntia fala ao passar por mim.
Não dou atenção e continuo andando.
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Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora