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Jaemin não ia a escola a exatos três dias.

Frequentou as aulas normalmente e agiu como sempre por toda uma semana depois do acontecimento com Renjun, até que depois de uma terça-feira, o mesmo simplesmente parecera se dar férias, pois não ia mais ao centro de ensino, e este fato levantava dúvidas entre seus melhores amigos.

Jeno se perguntava se havia feito algo de estranho, ou se alguém havia descoberto sobre ambos e por isso o outro evitava o colégio, e Renjun não se encontrava diferente mas se perguntava se Jaemin estava o evitando. No momento, a dupla discutia o que poderia estar acontecendo em meio a aula de biologia.

— Talvez ele esteja doente? — o Huang perguntou.

— Ele não é assim, só fica gripado as vezes e estamos no verão. — o Lee argumentou contra a hipótese alheia.

— Eu não sei , Jeno, eu pareço a Wikipédia do Jaemin por acaso? — disse sem se importar com outro. A verdade é que o chinês estava cansado do amigo preocupado, pois isso estava o deixando igualmente mal e inquieto, e quando estava assim, a paciência lhe faltava. — Podemos ir a casa dele depois, certo?

Disse colocando um fim naquela conversa, afinal, já estavam recebendo olhares maldosos de alguns alunos da classe e também do professor, o último citado já havia chamado a atenção dos garotos.

— Vamos agora. — O Lee se levantou e começou a colocar os cadernos e livros que estavam sobre a mesa dentro de sua mochila.

— Você está louco? Esse conteúdo é importante, não vou perder algo assim, e tenho aula de exatas ainda hoje... — O chinês fora cortado quando o outro colocou a mão sobre o estômago e obrigou os olhos a ficarem no mínimo lacrimejantes. — O que caralhos você está fazendo?

Logo, Jeno levantou a mão e pediu para ir a enfermaria e afirmou que Renjun o levaria, normalmente, o educador negaria, principalmente por se tratar de uma dupla que não se falava um minuto em suas aulas, mas oras, o garoto estava basicamente chorando a sua frente e se dissesse "não", poderia receber problemas mais tarde.

O Huang, ainda sem entender muito bem o porquê de tudo aquilo, apenas acompanhou os passos alheios, que os levaram até o portão principal. O homem que trabalhava como zelador — e aparentemente, servia de porteiro nas horas vagas — os olhou estranho quando Jeno repetiu sua encenação de estar doente, porém, por carregar os mesmos pensamentos do professor antes citado, os deixou passar com apenas uma advertência sobre como não possuir estudo o bastante mudaria na vida de ambos. Assim que saíram do prédio e estavam longe o bastante, mudaram a postura e começaram a soltar risadas enquanto olhavam para trás — apenas tendo certeza que não eram observados.

— Lee Jeno, eu amo você! — Renjun soltou e envolveu os braços entorno do pescoço alheio em uma forma de começar um abraço. O moreno levou as mãos aos quadris do loiro e afastou minimamente os corpos, apenas para deixar um beijo nos lábios do outro, poderiam passar o dia todo fazendo coisas assim, e nunca ficariam entediados. — Quando vamos contar a ele? — A pergunta veio juntamente ao fim do ósculo.

— Ele já deve entender, quer dizer, Renjun está óbvio que nós temos algo, talvez ele não entenda que o queremos também. — Jeno esclareceu andando rente ao rumo da casa de Jaemin.

Estavam nessa a três ou quatro meses. O Huang havia sugerido a ideia de tentar algo novo, com alguém novo, e o Lee apontou Jaemin na primeira oportunidade. A parte realmente difícil, era fazer tudo sem que o outro percebesse, pois certamente, ao notar que tudo se passava de um plano, as chances de concordar seriam menores.

Os dois jovens não demoraram a chegar na casa do rosado, não era tão distante assim do colégio, tanto que costumavam ir juntos até que se o Lee e o Huang se mudaram daquele bairro. Tocaram na campainha, mas visto que não receberam resposta alguma, bateram na porta e novamente não receberam alguma resposta sequer. Renjun se preparou para arrombar a maçaneta quando uma figura descabelada e com roupas largas demais em seu corpo, abriu a porta. Era Jaemin.

sleepover | NORENMIN.Onde histórias criam vida. Descubra agora