Prólogo

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    Desde que me lembro na minha infância, meu irmão Dylan sempre esteve lá para mim.
  Enquanto eu nascia, Dy estava aprendendo a andar. Nós temos apenas um ano e meio de diferença.
Mais ele sempre me tratou como se eu fosse uma criança muito mais nova. Talvez, seja o extinto protetor. Lance de irmão mais velho.  
Nossos pais Sr. e Sra. Smith, os melhores pais no mundo. São pessoas super bem resolvidas, divertidos, respeitosos, humildes, com ótimas profissões e ainda com um tempo significativo para passar com a família. Afinal, nós 4 somos super  unidos e muito companheiros.
Mamãe uma fantástica confeiteira e doceira.  Papai, um super médico que salva vidas. 
Tudo ocorria bem tranquilamente na nossa vida. Estávamos frequentando a escola, apesar de ser em turmas diferentes. Vivamos grudados, no recreio, na entrada e saída.
Na época, eu tinha 8 anos e Dylan tinha 9 anos.
  Nada poderia dar errado, certo ?  

Era o que eu, criança inocente imaginava.

Nossos pais nos buscaram mais cedo na escola aquele dia. Suas caras não estavam alegre como de costume.

Tivemos longos momentos de silêncio.
Eu sabia que algo estava muito errado.

Mamãe foi a primeira a começar chorar. Acompanhada por lágrimas silenciosas do papai, então ele a abraçou.

A verdade, nosso avô materno havia acabado de morrer. Eu nunca tinha tido uma experiência como essa antes. Ver a perda de alguém tão próximo, foi chocante e dilacerante.

Tá que morávamos, longe dos nossos avós. Apesar disso, passávamos todos os feriados possíveis e finais de semana os visitando, isso quando não era ao contrário.  Então tínhamos bastante contato, foi uma notícia devastadora.

Depois do enterro, mamãe não conseguiu deixar a mãe dela sozinha.
Então tivemos de apoia-la em algo que seria uma nova aventura.

Fizemos uma mudança para morar na cidade da vovó. Compramos uma casa nova e grande, trouxemos ela para morar com a gente. 

No começo foi difícil, confesso. Novas pessoas e criancas me assustavam. Eu me sentia fora de órbita naquele lugar.
Mais Dylan, sempre esteve lá. Ele me deixa segura em qualquer lugar.

Isso até meses depois, conhecermos nosso vizinho, Ethan Walker. 
O terrível e pestinha, garoto com olhos irreverentes verdes e cabelo loiro.

Primeiro enquanto eu estava com os pés na água da minha piscina, ele me acertou com uma bola na cabeça.

Um dia que eu e Dy brincávamos de pega-pega. Ethan, me fez tropeçar e cair, eu bati meu joelho em uma pedra e ganhei um hematoma para toda a vida.
Ele teve a cara de pau de dizer: "Quando casar sara. Isso se alguém te quiser. " Com um sorriso idiota no rosto. Quem fala isso pra uma garotinha de 9 anos ?

Quanto mais o garoto rebelde e irritante, me provocava e me fazia detesta-lo. Mais ele se aproximava e roubava, meu irmão de mim. 

O auge de tudo foi na minha festa de 12 anos. Quando minha mãe fez um maravilhoso bolo de chantilly vermelho. Primeiro eu rodopiava animada com um belo vestido dourado e precisei correr para escapar do Ethan. Como sou muito desastrada e o universo conspira contra mim, durante minha fuga eu acabei batendo de frente com o idiota.   Com o susto acabei me desequilíbrando e tentei pedir ajuda ao idiota. Aconteceu uma das cenas que luto até hoje para esquecer.
Eu caí de costa no chão que era de mato e que recém estava seco, pois havia chovido muito nos últimos dias. Ou seja, ainda minha um pouco de lama. 

Além de sujar meu vestido na parte de trás. Aquele pestinha irritante, caiu em cima de mim.

Foi muito estranho e constrangedor, para mim. Ele ficou me encarando vários minutos, enquanto eu me debatia em baixo dele o xigando de tudo quanto é nome.

Eu não esta so irritada e magoada novamente. Eu estava furiosa!
Realmente cansada de todas as palhaçadas que um idiota fazia comigo no últimos 4 anos.

Então eu chutei as partes baixas dele.
Eu nunca tinha o visto chorar e caramba, Ethan, chorou.
Ele caiu do meu lado gemendo de dor. 

Antes que eu pudesse o bater mais, porque era isso que eu queria. Nossas mães nos separaram. 

Por um momento, enquanto mamãe brigava comigo. Eu me sentia culpada pelo que tinha feito. Mais só de me lembrar do que ele ja fez comigo.
Toda culpa foi embora.

Meu aniversário já era para ser dado por encerado. Porém, eu ainda tinha que cortar o bolo.

Então o pior estava por vir... Durante os parabéns, teve a cantoria do com quem será... Com quem será que Becca vai casar ?
Vai depender, vai depender, se o Ethan vai querer. 

O que ?

Sério que minha família e amigos, falaram se aquele imbecil fosse me querer. Até tentei entender a brincadeira.

Mais quando meus olhos encontram os dele, ele tinha aquele sorriso convencido e irritante nos lábios.

Primeiro eu pensei em o chutar de novo. Pior que isso, foi um acabei chorando de raiva e tristeza.

Como poderia cogitar a ideia de eu querer algo com um idiota. Que não faz a mínima questão de esconder que me odeia ?

Eu solucei de tanto que chorei e todos ficam sérios me encarando.

Mamãe correu dizer que era brincadeira. Com os olhos embasados eu apaguei as velas do meu belo.
Até hoje me pergunto se ele tava gostoso... 

Acontece que depois de tanto vexame,   eu fugi da minha própria festa. 

Não tendo a oportunidade de comer nenhuma fatia daquele bolo. 

Naquele dia mais tarde, eu fui para o telhado ver as estrelas.  E de baixo de mais de mil testemunhas e uma lua imensa e brilhante.

Jurei que nem outro garoto me faria chorar novamente. Muito menos que iria me humilhar.

No tempo certo encontraria o garoto certo. O que me faria me sentir especial.

Não importa quanto tempo eu possa demorar, no mundo existe um cara incrível que espera sua garota para amar e valorizar... e essa garota pode ser eu.

Foi naquele momento e dali para frente, em que parei de me importar ou ligar para o que Ethan fazia comigo. Acho que ele teve uma lição naquela dia e noite também.

Nunca mais tivemos brigas sérias ou momentos tão tristes.

Mesmo comigo deixando claro sempre, minha insatisfação e raiva,  que sinto ao ver como minha família, principalmente meu irmão e até na escola, que todos adoram Ethan Walker.

O cara é um imbecil !

Às vezes, tenho certeza que sou a única com bom senso.

Eu (Não) Amo Você Onde histórias criam vida. Descubra agora