A manhã seguinte

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Na manhã seguinte, ainda impressionada pelo sonho (ou pesadelo), fui direto para sala e quando vi que o Epa ainda estava lá! Ufa! Foi apenas um sonho! Até então tudo normal, a não ser pelo fato de que aquele duende estava de costas. Estranhei e inocentemente virei a garrafa para posicioná-lo de frente, até que me dei conta que o enfeite que fica na frente sumiu. Achei por um momento que tinha caído e, quando peguei a garrafa nas mãos, senti que o enfeite estava lá. Nesse momento me dei conta que o Epaminondas tinha, de alguma forma, virado dentro da garrafa! Aquele Garraduende estava brincando comigo!
Assim se seguiu, durante as semanas seguintes. Virava e mexia, lá ia eu virar a garrafa pois o duende estava de costas. Não dei muita importância a isso, pois lembro de ver uma vez uma estátua num museu que se virava sozinha. Depois descobriu-se que o local onde a estátua ficava tremia toda vez que um veículo de grande porta passava na frente do museu. Achei que estava acontecendo a mesma coisa com o Epa. O que me incomodava de vez em quando, era aquele mesmo sonho do Epa pedindo para que eu abrisse garrafa.

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