Prólogo

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Arthur aparatou rapidamente em frente à toca e tropeçou sozinho, caindo no chão com os braços apoiados em frente ao corpo. Ele estava visivelmente cansado, sujo e tinha cicatrizes abertas em seu rosto e braços.

Ele se levantou arfando e seguiu correndo para dentro de casa, passando sem problemas pelos feitiços de proteção feitos por ele e por sua esposa. Trancou a porta novamente e subiu as escadas correndo.

- Molly! Molly! – Ele gritava desesperado, subindo as escadas correndo.

- Aqui! – O ruivo ouviu a voz de sua esposa e deu de cara com uma porta fechada.

- Alohomora! – Ele movimentou sua varinha rapidamente e a porta se abriu em um forte baque.

Lá dentro ele encontrou sua esposa igualmente ruiva e rechonchuda, com a feição cansada e assustada. Em seus braços, ela apertava sua filha de dois meses, Gina e o de um ano e sete meses, Ronald. À sua volta e se escondendo com as cobertas, estavam George, Fred, Percy, Carlos e Guilherme, de três a 11 anos.

- O que aconteceu, Arthur? – Ela perguntou, passando correndo pelo meio dos filhos, colocando Ronald no chão e abraçando forte seu marido, fazendo com que a bebê em seu colo chorasse fortemente. - Segure-a aqui, Gui, por favor! – Molly falou, entregando a filha para seu filho mais velho, ouvindo-a parar de chorar brevemente. – O que aconteceu?

- Sirius foi preso, Molly! – Ele falou, segurando as mãos calejadas de sua esposa.

- Como assim? Como isso é possível? – Ela perguntou nervosa.

- Eu não sei muito bem o que houve, estão falando em Godric's Hollow que ele matou Pedro e 12 outros trouxas em uma cidade vizinha. – Arthur falou.

- O Sirius? – Molly arregalou os olhos.

- Melhor você se sentar. – Ele falou e ela se sentou na cama mais próxima, notando os filhos se aproximarem dela.

- O Sirius não seria capaz disso. – Ela falou.

- Pedro dedurou os Potter para Você-Sabe-Quem, Molly. – Ele respirou fundo enquanto falava. – Sirius era praticamente um irmão para Tiago. – Molly ficou calada por um tempo, soltando um longo suspiro.

- Não podemos ter pedido Tiago, Lílian e Sirius no mesmo dia, Arthur. – O homem passou a mão no rosto, puxando o ar fortemente. – Temos que fazer alguma coisa.

- Não tem o que fazer, Molly. – Ele respirou fundo. - Acabou. Teremos que continuar vivendo. O Lorde das Trevas não retornará mais. – Molly puxou o ar fortemente.

- Mas Sirius será acusado inocente, certo? – Ela perguntou e Arthur negou com a cabeça.

- Não encontraram provas contra ele. Sirius evaporou Pedro, só encontrou um dedo que dizem ser dele. – Molly respirou fundo. – Vamos ficar aqui, todos juntos, esperando notícias. – Ele se sentou na cama em sua frente, passando a mão no rosto.

- E os outros? Como estão? – Arthur balançou a cabeça negativamente.

- Não tive notícias, Molly. – Ele deu um sorriso triste. – Quando eu fiquei sabendo da morte dos Potter, eu fui correndo para Godric's Hollow e, ao chegar lá, dei de cara com Sirius sendo preso e todos comentando sobre o que ele tinha feito. – Ele pausou mais que o necessário para falar. – O Ministério da Magia estava tentando cobrir o que houve com os Potter e com Sirius.

- Bem, vamos esperar para ver o que conseguimos fazer. – Molly suspirou. – Sirius não deveria ter matado os trouxas com ele, mas até eu mataria Pedro pela sua traição.

- Não Molly. Pare, por favor.– Arthur falou, segurando as mãos da esposa. – Isso é um crime. Sirius pagará por ele.

- Você faria o mesmo, Arthur. – Ela se levantou afobada. – Todos faríamos.

- Sim, eu sei! – Ele falou. – Mas estamos cansados, Molly. Acabou! Vamos descansar e cuidar dos feridos.

A senhora Weasley não se atreveu a responder mais nada. Ela estava igualmente cansada. Participar de uma guerra dessas proporções contra o maior bruxo das trevas enquanto cuidava de sete filhos, não era uma tarefa fácil. Mas ela precisaria descansar, mesmo que fosse demorar algumas semanas ou meses para que ela conseguisse pregar os olhos, o medo ainda era parceiro deles.

Em um momento ela parou rapidamente e arregalou os olhos assustada. Parece que o tempo parou por um segundo, enquanto ela juntasse as peças do quebra-cabeça em sua mente. Até que ela virou rápido em direção ao seu marido, se sentando na cama novamente.

- Lily, Arthur! – Ela falou alto. – O que aconteceu com Lily? Com quem ela ficou? – Ela perguntou apressadamente. – Hagrid a pegou também quando pegou Harry? - Arthur arregalou os olhos apressadamente e se levantou da cama.

- Não! Ele não está sabendo disso. – Ele falou, passando a mão no rosto correndo. – Eu tenho que pegar, ela deve estar no Largo Grimmald ainda. – Ele agitou a cabeça rapidamente. – Sozinha. – Ele respirou fundo. – Eu vou buscá-la e já volto.

- Você vai levá-la aonde? Aqui não é seguro para ela, nem para nossos filhos é. – Molly falou. – Ainda mais ela sendo filha de Sirius. – Arthur respirou fundo, ponderando com a cabeça.

- Eu dou um jeito! Ela não pode ficar sozinha. – Ele falou apressado, tirando a varinha de seu bolso novamente.

- Se proteja, por favor! – Molly falou e Arthur assentiu com a cabeça.

- Estarei de volta até o amanhecer! – Ele falou, visivelmente cansado e seguiu correndo escadas abaixo, saindo da toca e, quando estava fora da proteção dos feitiços, pensou no Largo Grimmauld e aparatou imediatamente, sumindo em uma forma estranha.

- Para onde o papai levará a Lily, mamãe? – Um dos filhos de Molly se aproximou e ela colocou a mão em seus cabelos.

- Não sei, George, eu realmente não sei. – Ela falou, abraçando-o fortemente.

- Ela vai ficar bem? – Ele perguntou.

- Vai sim, querido! – Ela falou, mesmo não sabendo a verdade.

The Lost Child | George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora