Capítulo Catorze

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Oi, pessoal, lá vai minha fala de sempre: desculpem pela demora e aproveitem! Beijões!

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Alguém imagina como é tocar nos lábios de Park Jimin? Apesar do beijo ter durado quase nada, Hoseok conseguiria descrever com precisão o quanto amou cada milésimo de segundo. Poderia fazer em sua cabeça uma poesia sobre a maciez e o gosto daquela boca.

Porém, ao tentar aprofundar o movimento, foi empurrado e se não houvesse apoiado as duas mãos atrás do corpo, teria caído com força. Os olhinhos do mais novo estavam mais arregalados do que já havia presenciado em todo esse tempo de convivência.

Depois de alguns segundos, ele pergunta:

"O que foi isso?"

"Já esqueceu o que é um beijo?" - Hoseok retruca, com uma risada nervosa.

"Não devia ter feito isso!" - Jimin se afasta exclamando.

"Foi você quem começou!"

"Do que tá falando? Eu só te abracei..." - o mais novo desvia o olhar para qualquer lado e começa a andar lentamente nessa direção.

"Não tô falando de agora, tô falando de tudo, desde aquela conversa."

"Deixa isso pra lá, hyung, era bobeira." - Ele tentou andar depressa em direção à saída, porque queria surtar sozinho.

Mas foi impedido pelo Jung passando à sua frente e fechando a porta.

"Vai ser sempre assim agora? Provocar e sair correndo? Me dando sinais ambíguos e vagos, e me deixando confuso." - O outro suspira, frustrado. - "Eu não tô fazendo nenhum joguinho com você, então não faça comigo! Aish..."

Antes que pudesse despejar mais palavras, sentiu o baque de suas costas contra a madeira, e os lábios dos quais já estava sentindo saudade, voltarem a cobrir os seus. Ao contrário do projeto de beijo que deram antes, esse era uma construção bem feita, com direito à línguas batalhando, mordidas nos lábios e puxão de cabelo. Se tocavam por toda parte, reconhecendo território. Enquanto o primeiro foi suave, este era áspero. Não queriam dar a si mesmos tempo para pensar sobre o que estavam fazendo, e todos os gestos pareciam no automático, instintivos. Contudo, sentiam cada movimento e depositavam tudo o que sentiam naquele momento.

Park não saberia distinguir quem ficou duro primeiro, só notava as pernas entrelaçadas, os corpos escorados na porta trancada(como?quando?quem?), as respirações saindo em lufadas curtas. Prensava o corpo do mais velho, rebolava contra seu quadril, as ereções sendo esfregadas juntas, sentidas com perfeição independente da quantidade de roupas, uma mão apertando sua bunda e a outra acima do ombro. A cada minuto, empurrava mais e mais rápido, como se fosse fazer o amigo atravessar as paredes. Então, o orgasmo chegou após trocarem um olhar com muitos significados e luxúria com todas as letras.

Continuaram abraçados por um tempo, até que Jimin começou a dizer baixinho:

"Eu gosto de você, hyung. Mas, não só de você. E acho que a gente se envolver, estando juntos num grupo... Pode dar muita merda."
"Era melhor termos conversado sobre isso, ao invés de ter ficado igual gato e rato."
"Eu teria ignorado tudo isso, se você não fosse um chato, insistente, que não me deixa em paz." - completou risonho.
"Ei!"
"Mas agora que eu sei como é" - continuou o mais baixo - "não vou conseguir esquecer. Então é melhor você continuar sendo um chato, insistente, que não me deixa em paz. O que fazemos agora?"

"Primeiro vamos tomar um banho, porque nossas cuecas devem estar um lixo e depois... "-  Jung sorriu malicioso. - " Talvez eu tenha uns planos."

Efeito DominóOnde histórias criam vida. Descubra agora