CAPÍTULO 15 | UMA ANTIGA AMIGA

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Isabela

Não posso acreditar que aquela mulher que estava dando em cima do meu homem na boate está aqui, na mesma festa que nós. Assim que ela percebe que estamos todos a olhando, acena com a mão para nós e fala algo para os rapazes que estão junto com ela e segue em nossa direção.

Meu sangue está fervendo nesse momento, ela vem olhando para o Bernardo como se ele fosse um pedaço de carne, ainda por cima está usando um pedaço de pano no corpo, porque aquilo não pode se chamar de vestido nunca. Ela se aproxima e puxa o Bernardo para um abraço e lhe da um beijo que pegou no canto dos lábios dele.

Respira Isabela, respira, não faça confusão aqui, é o aniversário de seu amigo...Fiquei repassando essas palavras por um tempo para tentar me acalmar, até que eu escutei:

– Olá meninas, que bom rever vocês – Ela diz com o sorriso mais sínico possível no rosto e continua com a suas patas imundas no ombro do Bernardo, que não faz nada para tirar, que ódio. A Alana responde seu comentário apenas com um sorriso falso, já eu, não pensei muito antes de fala:

– Não posso dizer o mesmo – Nessa hora todos viraram para me olhar, o Bernardo está com uma cara de quem não está acreditando no que eu acabei de dizer de sua queria amiga. Ela nem se abalou com meu comentário e volta a falar com o Bernardo e o Eduardo como se eu e a Alana não tivéssemos ali.

– Faz tanto tempo que não vamos a uma festa junto, temos que ir dançar e relembrar os velhos tempos – Os três riem e eu e a Alana estamos fuzilando essa guria apenas com o olhar, mas os dois bobos continuam lá, todo risonhos para ela – Vem, vamos dançar – Ela diz pegando na mão dos dois.

– Eu só vou cumprimentar meu primo que já chegou e já me junto a vocês – Ela puxa o Bernardo que para na minha frente, me da um selinho rápido e diz:

– Eu já volto amor, é só uma dança – Eu não estou acreditando nisso, ele realmente vai dançar com ela, e porque não chamou eu e a Alana junto? Porque tem que ficar sozinho com ela. Meu ciúme transbordou todos os limites agora, e quando eu penso que não pode piorar, a música eletrônica que estava tocando para e começa um lenta, para casais dançarem abraçados, ela ri para ele e coloca os braços ao redor de seu pescoço e depois deita sua cabeça em seu ombro, enquanto ele desce suas mãos e coloca na cintura dela.

Ela se aproveita da situação e da um beijo no pescoço dele, para mim isso já é demais, quando vou sair do lugar para acabar com ela, sinto uma mão envolver meu braço.

– Não adianta fazer confusão agora, é o Bernardo que tem que dar limites a ela e a qualquer outra mulher que chegar perto dele. Conversem melhor depois, se não vocês vão acabar brigando de cabeça quente – Concordo com a cabeça para a Alana, mas não consigo emitir uma única palavra, minha garganta parece estar com um bolo, pelo choro que estou engolindo nesse momento. Não acredito que ele está realmente fazendo isso, vendo que fiquei chateada, ele simplesmente foi dançar com ela, e estão conversando e rindo como se eu nem existisse.

– Voltei minhas lindas, cadê eles? – Eduardo chega se referindo ao Bernardo e a lambisgoia da Manuela.

– Ali amor – Alana diz.

– Vamos lá também, quer ir Bela? – Olho com uma cara para ele que acho que entendeu que eu não estou em clima de dançar agora não.

Eduardo e Alana se juntam ao Bernardo e a lambisgoia e graças a Deus começa a tocar outro tipo de música que não seja romântica, mas percebo que em nenhum momento ele pergunta de mim, ou olha na minha direção para saber onde estou, que raiva. Saio do lugar onde eu estou parada feito uma estátua olhando eles e vou em direção ao banheiro, preciso ficar um pouco sozinha.

Apenas Amigos - Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora