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Lembranças e sonhos.
- Quer saber o que eu acho? - Disse Ianaira entrando no banheiro do colégio na hora do intervalo e se olhando no espelho, fingindo que estava falando com suas “Amigas-Barbeis” . – Que tem muita gente que fala mais não faz. Porem, acho que eu posso entendê-las, são sozinhas, chatas, gordas, inferiores a nós, são só meros insetos esperando serem esmagados por nós. Não acha Sophie? – Disse ela com um sorriso cínico.
- Eu acho que existem pessoas que se metem onde não deveriam. Eu também acho que bullyng pode levar a consequências. E que só por que tem gente que não segue o padrão americano viciado em dietas e em ficar mais magra, que nem a Barbie ela é gorda, mas se por um acaso a pessoa for magra demais para vocês ou acima do peso não cabe a vocês julgarem.
- Eu to cambada de você sabia, acho que você é vaca inútil, e vai acabar se machucando se não tomar cuidado. Então se aqente.
- Quem vai se machucar é você. - Eu disse me aproximado.
- O que você vai fazer, me morde? – Ela disse com um sorriso Cínico e dando leves tapas em meu rosto.
Olhei para ela fixamente enquanto ela ria com as amigas, meu corpo esquentou como se estivesse pegando fogo, a raiva transbordou por mim.
- Acho que quem morde aqui é você. – Disse de forma calma, levantei minha perna rapidamente e a chutei na virilha, ela instantaneamente urrou de dor, mas logo se recompôs e me deu um soco na boca do estomago, cambaleei para trás e quase cair, sentia cada vez mais a adrenalina aumentar em mim. Fechei minha mão em punho e soquei seu nariz quebrando, logo em seguida sua boca abrindo um talho de sangue, enquanto ela cambaleava para o colo de suas amigas, falei:
-Você é um obstáculo para todos que eu preciso transpassar uma pessoa má.
Em um chute ela me jogou no chão(tinha esquecido que ela lutava caraté), pulou em cima de mim e começou a arranhar meu rosto, senti um gosto amargo na boca. Era sangue.
Logo em seguda coloquei o braço para me defender. E em um golpe de sorte penetrei meu dedo em seu olho esquerdo, ela colocou a mão sobre o olho, sabia que aquela dor não ia durar muito tempo, então para me livrar dela joguei meu cotovelo sobre a maça do seu rosto esquerdo. Ela se jogou no chão, e falou:
- E o que você acha que é! Uma vaca adestrada! Pessoas como você eu piso. – Ela disse gritando.
Cala a boca!– Gritei. Queria chutá-la na costela, mas isso seria muita covardia. – Então ela tirou a mão dos olhos e vôo para cima de mim. Como meus cabelos são grandes ela o puxou com força, esmurrei sua costela ate ela saltá-lo, cai para dentro de um boxe, ela me chutou na barriga, berrei, no segundo golpe desviei e levantei em um pulo, a empurrei, ela caiu batendo o braço na pia que ficava logo a frente do boxe, a chutei repetidas vezes na costela, depois por pena parei, mas quando eu ia virar de costas ela mordeu minha batata até sagrar e cai no chão. Arrastei-me até ela, nos agarramos, mordi sua orelha até sentir gosto de sangue e ela deu um murro no lado esquerdo do meu queixo.
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