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De alguma maneira torta, a culpa vive me consumindo. Desde aquele dia. Quatorze de Novembro de Dois mil e dezessete. Embora não entendesse exatamente como ou porquê, eu não a via como um fardo, mas como uma lembrança, talvez seja impossível entender.
Matt foi meu efeito colateral durante uns meses, a salvação para a minha monotonia, éramos irmãos, ou melhor dizendo. Melhores amigos.
Eu não era a mesma garota naquela época. Feliz e radiante, amava planejar tudo. Organizar a nomes minhas playlists de maroon 5 e viver optando pelas palavras bonitas.
Matt sempre foi o oposto. triste e encolhido, meio torto, me olhava como se eu fosse algum tipo de salvação, talvez também tenha sido a cura para sua monotonia. Não o julgo, poxa, ainda bem que aconteceu uma coisa dessas comigo. Não nos falamos mais, Matt foi para a faculdade e eu, bem, ainda estou tentando entrar nela.

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