Prometi a mim mesma que seria diferente. Uma versão melhor. Motivos mais plausíveis. Na minha vida, pessoas que ocupam lugares assim, acabam nunca ficando.
Ainda penso que, se Matt não tivesse ido para a faculdade, Tay não teria acontecido. E eu não teria sido atingida pela salvação.
Éramos amigas, apesar de não ser cem por cento só amizade, era parcialmente isso.
Ela toca muito bem, desenha quase como John Byrne e tem uma voz calma, sorriso doce e cabelos encaracolados, de um tom castanho quase ruivo. Seus textos me lembram os da Tati Bernardi, sempre sobre amor e esperança. Taylor era tipo pacote completo, digo, ela fazia tudo. Ao mesmo tempo que era salvação, era um caos enorme, trazia consigo a destruição. Mas não era aquela destruição agonizante, capaz de acabar com uma vida, só era complicada. Muito complicada.
Eu gostava dela, mas dessa vez, não tinha palavras bonitas para dizer, sequer entusiasmo. Acabei com tudo, deixei o assunto ir morrendo, morrendo, e, depois de um certo tempo, disse que ia embora. Ela pediu pra eu ficar, mas dei uma desculpa, como se fosse voltar outro dia. Mas ainda não voltei.