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SETE

-- Hailey! Me espera! -- eu vi o Niall correndo no hall, em direção ao elevador quando as portas já estavam se fechando. Eu quase derrubei as minhas correspondências, porque tomei um susto com ele gritando.

Eu segurei o botão para as portas se abrirem e ele sorriu ao ver que eu ia esperá-lo. -- Obrigado. Então, arrumaram a sua porta. E a sua chave...

Eu sorri. Nós ficamos em silêncio nos primeiros andares, enquanto ele procurava a chave nos bolsos da calça dele. -- A sua chave... devia estar aqui...

O sorriso no meu rosto desapareceu e o que estava no dele também. O elevador chegou no nosso andar e ele ainda procurava as chaves no bolso de trás da calça dele, desesperado, murmurando coisas que eu não estava conseguindo entender. Eu saí do elevador e ele me seguiu.

-- Deuses... eu sou um péssimo vizinho. Primeiro, eu roubo o seu secador, eu encho a sua paciência e depois eu perco a sua chave... -- ele cobriu o rosto com as mãos. -- Olha, quer saber, eu preciso fazer alguma coisa sobre isso. Pode ficar no meu apartamento, sério.

-- Niall, calma. A gente vai achar.

-- Mas como? Eu não lembro onde eu coloquei!

-- Tudo bem, Niall, sério. -- eu sorri. Ele era tão fofo.

-- Vem, vamos entrar. Eu só não tenho a janta feita, mas pode tomar banho e dormir aqui. Pode até ficar na minha cama, eu durmo no sofá e...

-- Niall, relaxa. -- eu coloquei a minha mão no ombro dele. Do jeito que ele estava falando, parecia que o meu apartamento tinha pegado fogo ou algo do tipo.

Ele suspirou e abriu a porta. Eu coloquei as minhas coisas no sofá e fui ver as correspondências que tinham sido entregues para mim. A maioria era conta para pagar, mas tinha alguma coisa da minha mãe. Eu abri o envelope dela e vi que tinha um cartão e um bilhete.

Então, o meu chefe me deu esse cartão de desconto de um restaurante chique pela cidade, mas seu pai e eu não temos tempo de ir, por isso ele é seu agora.

Eu olhei para o Niall, que olhava alguma coisa no celular, mordendo o lábio inferior e com uma das mãos no cabelo. -- Hm, Niall?

-- Oi.

-- Então, minha mãe me deu esse cartão de desconto para um restaurante e... é para duas pessoas. Eu não tenho quem levar, quer ficar para você?

-- Pode ser. -- ele deixou o celular no balcão da cozinha e veio na minha direção. Ele pegou o cartão e analisou-o por alguns segundos. -- Então, Hailey... uma garota me deu esse cartão de desconto para um restaurante... você quer ir comigo?

Eu ri depois de perceber o que ele tinha feito. -- Você é maluco, ai meu deus.

-- O que foi? Não sou, não. Só te convidei para um jantar. Eu não tenho comida mesmo. -- ele riu também. -- Vamos, vai ser legal. Pelo menos uma coisa boa no seu dia. Eu preciso te compensar. Eu fiz o seu dia ficar pior ainda.

-- Tudo bem, vamos.