Você,
Você que diz meu nome como se ele fosse estranho aos teus lábios.
Que pula o acento como se fosse teu desagrado
Que desfaz e refaz, como se já tivesse sido pensado.
Eu,
Eu que pulo as músicas que me lembram do teu amor,
Eu que reclamo das tuas manias estranhas, e do teu rancor.
Eu que desvio os olhos do teu rosto, por me causar dor.
Nós,
Nós que nos embolavamos em meio aos lençóis,
Nós que costumávamos desembaraçar todos os nós,
Nós que queimavamos uma pela outra, até que viramos pó.
Entre nós o espaço.
Entre nós,
Entre o singular e o plural,
Entre o céu limpo e o vendaval,
Entre o silêncio do teu peito e,
O meu coração carnaval.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Regam-se os lírios
PoetryUma lista de poemas para amores marcantes, daqueles que já se foram e do que deles permanece. Histórias de um coração onde regam-se lírios e crescem girassóis, onde a paixão e o ardor de cada sentimento parece não ter fim.
