Cupido

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Shipp- OffGun
Gênero- Fluffy


────── ♡ ──────
Quando te vejo sinto
algo novo...meu corpo
extremece, meu coração
palpita, sinto que o cupido
me flechou.
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– Tenho que acertar dessa vez! Errar é inaceitável, e essa é a minha última chance de me tornar um cupido de verdade.

Eu sei você deve estar pensando que a tarefa de um cupido é simples, basta mirar na pessoa, atirar a flecha e fim.

Deixe-me lhe dizer a verdade, a tarefa de um cupido não é nenhum pouco simples, antes de "flecharmos" alguém temos de analisar o perfil de inumeros candidatos ao amor.

Você não faz idéia de quantas pessoas querem encontrar o amor verdadeiro, elas pedem por isso desesperadamente e o nosso chefe, você sabe quem, nos incumbe de realizar esse desejo aos mortais.

Antes que eu fizesse a escolha do meu alvo, passei pelo perfil das mais diversas pessoas e quando já estava desistindo de achar alguém interessante, encontrei essa garota.

Ela é apaixonada pelo mesmo menino desde o jardim de infância e ao longo desse tempo seu coração continuou imutável, isso me fez ter o sincero desejo de ajudá-la.

Para ter certeza de fazer um bom trabalho eu observei o garoto atentamente por longos dias, buscando pela oportunidade de atingi-lo no exato momento em que ele olhasse para ela, mas esse momento nunca chegou, tive a impressão de que a pobre garota era invisível para ele, assim como todos os outros seres do sexo feminino e infelizmente eu não tinha muito mais tempo.

Bem, deixe-me explicar. Eu tenho que "criar" no mínimo um casal para receber a minha promoção para cupido integral ou voltaria para a academia por no mínimo um século, injusto não é mesmo?

Com os poucos dias restantes para a minha admissão como cupido oficial, eu tive que me apressar e arriscar, e é por esse motivo que eu interferi ainda mais do que devia nessa história.

Escrever um bilhete em nome de outra pessoa só para criar uma ocasião perfeita não é algo que um cupido deva fazer.

Mas sabe como é, situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

E é por isso que agora estou em cima do telhado de uma casa observando essa pobre garota tocar a campanhia de Off Jumpol.

Agora as coisas estão fáceis, ele finalmente está olhando para ela, é só mirar e atirar.

É as coisas nunca são tão fáceis quanto parecem.

– Eu vou te dizer só mais uma vez, eu não escrevi esse bilhete.

– Mas...

– Mais nada, eu não escrevi esse bilhete, essa letra não é minha e até alguns segundos atrás eu não sabia que você existia. — Me viro e chego até a soleira da porta de casa. – Eu não quero ser grosso, mas eu não gosto de você. — Entro e bato a porta atrás de mim.

As garotas vivem se confessando, deixam presentes em minha mesa, me seguem por todos os lados nos corredores da escola, mal sabem elas que eu odeio tudo isso.

Já tentei deixar isso claro várias vezes, fui rude, gritei e até jogo fora tudo o que me dão, mas nada disso parece adiantar, e agora elas decidiram vir até a minha casa, isso nunca vai ter fim?

– Quem você pensa que é para estragar todo o meu plano?

Uma voz pertuba o silêncio de dentro da minha casa, me assustando, pois nunca se sabe até onde essas garotas podem ir.

ONE-SHOTS BLOnde histórias criam vida. Descubra agora