Two

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Acordo com minha mãe batendo na porta, anunciando que o almoço já estava pronto.

- Dormiu outra vez, Selena? - Ela parou em frente a escada com as mãos na cintura.

- Eu estava cansada, passei a noite inteira nadando.

- Você se esforça muito minha filha, desse jeito vai ficar sem tempo até de namorar.

- Mãe! Já conversamos sobre isso. - Passo por ela e me sento a mesa, quando eu iria me servir, ela me para.

- Não tenha tanta pressa, querida, temos visita. - E da porta da sala, Demetria aparece. Ela está com um vestido florido e seus cabelos loiros, preso apenas pelas duas mechas da frente e sua cabeleira loira, solta enfrente ao teu corpo. Isso me faz reparar nos seios bem achatados que ela tem. Desvio rápido o olhar, depois de ver que ela havia percebido meus olhares sobre seu corpo muito bem contornado.

- Demetria, minha flor, sente-se aqui. - Minha mãe puxa uma cadeira e em seguida, a loira se sentou e agradeceu.

- Vá buscar os copos, Lena, esqueci de trazer.

- Tudo bem. - Me levanto e vou até a cozinha, volto minutos depois e aquela loira chata, já está rindo pra minha mãe como se fossem grandes amigas. Reviro os olhos.

- Aqui estão. - Coloco sobre a mesa e me sento novamente, desta vez consigo me servir sem ser interrompida pela minha progenitora.

- Não nos falamos direito mais cedo, Demi. - Minha mãe começou. - Nos conte mais sobre você. Mora com seus pais?

- Não, senhora Mandy, moro sozinha com minha gatinha Cinderella. - Minha mãe serve o copo de Demetria e o meu, a loira beberica a bebida laranjada. - Meus pais se separaram quando eu era criança, minha mãe casou novamente e meu pai faleceu a pouco tempo.

- Oh, sinto muito querida. - Minha mãe apoia a não sobre a de Demetria.

- Tudo bem, Mandy, eu não vivia com ele há anos e ele era um alcoólatra que batia na minha mãe quando eu e minha irmã éramos crianças.

- Tem irmãos?

- Tenho uma irmã, Dallas e uma meia irmã, Madison, Maddie é filha da minha mãe em seu novo casamento.

- Entendi, Selena tem uma uma irmã gêmea.

- E cadê ela? - A loira pergunta empolgada, uma empolgação inesperada.

- Susan teve que ficar com o monstro do meu pai. - Respondo com desdém.

Ficamos em silêncio. Termino de comer antes de todas, peço licença e volto para o meu quarto. Minhas lágrimas escorriam sem parar, minha irmã era a única coisa boa que me deixava bem nos dias obscuros. Susan teve que ficar com meu pai por ordem judicial, éramos duas crianças que não se separava por nada mas o infeliz entrou na justiça e ficou com a minha irmã. Batidas leves na porta me fazem levantar da cama e ir para o banheiro lavar o rosto.

Não costumo ser uma pessoa que chora facilmente e odeio que as pessoas me vejam em momentos tão delicado, me sinto completamente insegura com tal situação. Lavo meu rosto na pia, e me olho no espelho, meu rosto está completamente vermelho.

Toc, toc, toc

Mais batidas.

Vou até o quarto e abro a porta do mesmo, a loira que eu conheci a poucas horas está parada a minha porta me encarando.

- O que você quer?

- Anda, se arruma, vamos dar uma volta pela cidade. - A loira passou por mim e sentou na cama. Olhando ela mais de perto, não é tão alta assim mas suas curvas muito chamativas.

E que curvas.

- O que você quer? - Perguntei novamente.

- Quero te levar a um lugar. - Seu sorriso me pareceu um pouco malicioso.

- Onde?

- É segredo.

- Eu não posso saber?

- Nah. - Ela se levantou e caminhou até minha prateleira de livros pegando um deles.

- Pode por favor não tocar em nada?

- Por que ainda está falando? Eu disse para se arrumar.

- Eu não vou a lugar nenhum até me dizer aonde quer me levar? - Ela me encarou com os olhos castanhos cor de avelã. Que olhos lindos.

- Se você for me sequestrar? - Continuei. - Se quiser me levar para a escuridão e ali oferecer minha alma pra satã?

- Você é doida.

- É mesmo? Pelo menos eu não entro no quarto de desconhecidas chamando para lugares que nem conhece.

- Ok. Você venceu, vou te levar no restaurante dos De La Garzas para você conhecer o lugar onde irá trabalhar. 

- Está blefando.

- Eu tenho cara de quem mente? - Seu tom foi sombrio e me fez temer minha própria resposta.

- N-não.... - Gaguejei.

Merda.

- Ótimo. - Sorriu. - Então vá se arrumar.

Sexy Dirty Love Where stories live. Discover now