Capítulo 10
Nota: Desculpem pelos erros, não foi revisado.
...Não reconheci o caminho que tomamos, depois da segunda porta e do terceiro corredor me perdi completamente, não saberia retornar a cozinha e muito menos ao dormitório, mas os passos de Florence eram confiantes, ela sabia onde estávamos indo.
Em um determinado momento no percurso acabamos passando em frente a um enorme salão e finalmente pude ver algo do castelo além dos corredores para empregados. Se por fora a construção era toda de pedra e vidro negro, por dentro ouro, mármore, cristais e toda riqueza e conforto reinavam.
As paredes pintadas de um tom creme possuíam imensos quadros com pinturas vividas e coloridas. Luzes saim de cristais pendurados no teto, iluminando o chão de mármore negro enquanto uma multidão vestida com roupas estranhas e bufantes conversavam e dançavam ao som de uma música lenta e desinteressante.
Não nos encaixávamos ali, destoávamos em tudo daquelas pessoas. Nossas roupas, nossa aparência, e talvez Florence compartilhasse do meu pensamento, pois seu rosto alternava entre surpresa e desapontamento.
— Vamos! — Ela sussurrou contra meu ouvido ao mesmo tempo em que recomeçava a caminhada.
Havia pessoas por todos os lados, boa parte delas deviam estar nos portões hoje pela manhã, quando cheguei ao castelo com Avena. Era essa a razão de tanta ansiedade. Poder entrar no castelo e celebrar o ritual.
Mas toda aquela felicidade parecia tão, errada. Algo nos movimentos daquelas pessoas, em seus olhos, me fizeram sentir um frio na espinha. Por diversas vezes notei homens com olhares vidrados, alguns tentavam me tocar, um simples toque, mas tão selvagem e estranho.
Não queria ficar ali, não queria estar ali.
Quando Florence e eu chegamos do lado de fora do castelo pude respirar fundo, o ar gelado me fazendo me sentir menos aprisionada, mas livre. Logo percebi que estávamos ao lado dos estábulos, a paisagem ao longe escura e esquecida, enquanto pessoas dançavam mais próximas ao castelo. Diferente daquela manhã, agora luzes flutuantes iluminavam um pequeno espaço. Reconheci alguns dos rostos, os empregados e notei como suas feições estavam mais serenas e joviais enquanto eles sorriam, comiam e bebiam de messas dispostas pelo local.
— É isso que chamo de festa. — Minha acompanhante murmurou observando a grande quantidade de pessoas dançando ao som uma música animada tocada por um grupo de mulheres.
— Até que não é tão ruim. — Admiti enquanto íamos até uma mesa lotada com doces bonitos.
— Claro que não. — Florence mal conseguia falar, já que sua boca estava cheia de pão doce e bolo de morango. — E olhe aqueles belos rapazes vindo nesta direção. — Ela disse limpando a boca com as costas da mão e me cutucando na cintura.
Olhei na direção em que ela olhava e notei os três homens que caminhavam até onde estávamos, nos olhando com curiosidade e sorrisos maliciosos.
Os três eram altos e bonitos mas não chegavam nem perto da beleza que o homem dos estábulos possuía, ou da de Brandon. Seus olhos azuis brilharam em minhas memórias, meu noivo. Eu deveria voltar para ele o mais rápido possível, eu havia prometido, havia aceitado o compromisso. O anel em meu dedo de repente pesou, o tipo de peso ruim e incomodo.
— Quer dançar? — A voz de um dos homens me fez olhar para frente, havia me perdido em pensamentos e mal notei que agora eles estavam parados a nossa frente. Florence pisou em meu dedão do pé para que eu prestasse atenção ao que o homem moreno dizia, mas eu não me importava com ele.
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Promessa de Sangue
FantasyEvelyn Morgan é uma garota normal, pelo menos era até a noite de seu vigésimo aniversário; Quando uma estranha sensação insiste em confundir sua mente. Tudo piorou quando seu namorado começou a lhe causar arrepios, as baboseiras de seu velho avô co...