Relato de Sindy Fassini..
Olho para os ponteiro do relógio que não para de girar...
Um minuto em nossas vidas faz toda diferença...
É tudo tão rápido... Que você não tem tempo pra pensar...
Em um minuto você pode estar sorriso de felicidade e no ou...
Aviso importante. O livro Segunda Chance será publicado todas a sextas feiras, isso Porque a titia aqui está extremamente envolvida em um novo projeto. Então espero que entendam que não poderei postar todos os dias. Obrigada pela compreensão e... Bora ler?
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Sindy Fassini
Sindy Fassini
Quando fecho os meus olhos ainda consigo ouvir aqueles gritos de medo. O avião balançava violentamente derrubando tudo sobre os passageiros. Os olhos da aeromoça arregalados de espanto. Meu pai segurava a minha mão atraindo a minha atenção para si. Engulo em seco.
— Vai ficar tudo bem, filha! — Ele me dizia o tempo todo. Mas a sua voz embora firme, deixava transparecer toda a sua insegurança. No fundo, eu sabia que nada ali daria certo. Um estralo forme e tudo começa a girar e girar forte e muito, muito rápido. Uma explosão alta e em seguida um silêncio brutal. Respiro ofegante... De onde estou consigo ver árvores grandes e frondosas. Os bancos sumiram, as pessoas também e ao meu lado, nem meu pai, nem a minha mãe estão mais ao meu lado. Tento olhar para trás a procura dos outros e no ato, solto um grito devido a uma fisgada forte atrás da minha coxa. Não chora, não chora, Sindy! Peço mentalmente e tento não me mexer o máximo possível.
— Mãe? — A chamo baixinho, porém, não obtenho resposta alguma. — Pai? — Sufoco um nó em minha garganta. Não posso chorar. Preciso ser forte. As horas se passam e a noite começa a se aproximar quando escuto um grito. Uma voz masculina distante. — Aqui! — Tento gritar, mas a minha voz não sai. Apavorada, procuro algo que me ajude a chamar a atenção de quem quer que seja. E encontro um pedaço de metal caído a pelo menos vinte centímetros de distância de mim. Tento livrar-me do cinto de segurança, mas ele não sai, então, faço força, me esticando o máximo que posso para alcançá-lo e uma dor lancinante rasga minha perna ao meio. Em meio ao grito estrondoso de dor, me esforço ainda mais e consigo pegar o metal. Entre lágrimas e uma respiração ofegante, começo a bater forte no destroço do avião ao qual me encontro presa. Uma sensação de alívio me arrebata quando os bombeiros finalmente me encontram.
(...)
— Está dormindo, Sindy? — André pergunta se aproximando de mim e me desperta para a minha atual realidade. Eu o olho nos olhos, abrindo um sorriso largo para ele.
O que dizer do meu amigo? André Massa, é um carinha estupidamente lindo. Sabe aquele carinha que por onde passa arranca suspiros audíveis das garotas? Esse é o André Massa. Um loiro de olhos escuros e puxados que usa um perfeito cavanhaque, dando uma perfeição ainda maior ao seu rosto quadrado, de maxilar forte e um sorriso arrasador de calcinhas. Hum... se sou apaixonada por ele? Pow, ele é meu amigo desde sempre e... sim, sou arriada dos quatro pneus por esse garoto desde que me entendo por gente. A pergunta é, por que não estamos juntos a final? Não é porque ele não gosta de mim. Sei disso porque por muitas vezes André soltou algumas indiretas para mim. Teve uma vez, quando fiz o meu baile de quinze anos, que em um momento de distração do meu pai, ele me roubou um beijo. Ai, ai! Foi o meu primeiro beijo e o meu primeiro beijo roubado também. Queria que me assaltasse sempre que quisesse. Respiro fundo, encarando os globos escuros, que me encaram especulativos.