14. Segunda Chance - RETIRADA 1° DE SETEMBRO

Dezessete

Abrir os olhos e acordar sorrindo... A quanto tempo eu não faço isso?
Desde o acidente eu só sorri asa m uma vez e foi quando a família Fassini me adotou. Depois disso me afundei em um mar de culpas, de dor e de receios. E embora eu fosse o centro das atenções na família, rodeada de muito caro no e amor, eu não tinha motivos para sorrir.
E olha pra mim hoje...
Acordando com um lindo dia raiando lá fora e o seu brilho banhando todo o quarto através das janelas de vidros transparentes e eu estou sorrindo...
Pela primeira vez na minha vida me sinta liberta, me sinto feliz e confesso que esses cinco dias aqui, não né permiti ter pesadelos... Será que eles finalmente me abandonaram?

Me viro lentamente na cama e encontro o meu namorado ainda dormindo. Aproveito para olhar os detalhes que eu conheço muito bem, mas que não me canso de olhar.
Passo a ponto nhã do meu dedo indicador levemente na barba por fazer, sentindo a aspereza da barba e meu sorriso se amplia.
Os lábios grossos e um pouco avermelhados estão entreabertos e não sei dizer se é impressão minha, mas há um sorriso bobo no cantinho da sua boca.
Ele dorme com um sorriso bobo na boca?
Sério?
É a coisa mais fofa que eu já vi.
Os cílios longos e negros tremulam um pouco.
Eu suspiro baixinho e deixo a minha cabeça repousar sobre as minhas mãos cruzadas e continuo apreciando a sua imagem.

Andre sempre foi como uma tábua de salvação pra mim... E hoje, ele é bem mais do que isso.
Nesses cinco maravilhosos e inesquecíveis dias, descobri que o amo mais. Isso é tão assustador quanto é satisfatório.
Eu o amo!
Amo mais do que eu poderia imaginar e isso me faz perguntar...
Porque o abandonei? Porque o deixei ir?
Isso importa?
Claro que importa.
Eu perdi muito tempo dessa felicidade que eu tenho agora. Mas o mais importante, é que estou determinada a não deixar que nada e nem ninguém atrapalhe o nós temos hoje... O que eu recebi dele e o que eu quero receber, se possível, pelo resto da minha vida.
Ele ressona e diz algo que eu não consigo entender e isso me faz rir feito uma boba. André se mexe na cama e se vira para o outro lado. É a minha deixa para sair da cama e tomar um longo banho.

Debaixo do chuveiro um pensamento preenche a minha mente... Quando eu voltar para casa terei que li dar com a viagem para a Alemanha e eu me pergunto... Será que eu já estou pronta?
Eu não ser.
Só sei dizer que quando sai da antiga casa dos meus pais biológicos, eu me sentir perdoada por mim e por ele. Eu me senti liberta de um passado doloroso, das culpas que me seguiram por todo esse tempo, mas e os meus medos? Esses também foram vencidos?
Eu realmente espero que sim.

Solto uma respiração prazerosa quando o sinto envolver o meu corpo por trás e logo os seus lábios estão em meu ombro e depois no outro.
É tão maravilhoso sentí-lo assim...
André e um homem apaixonante... Vibrante... Contagiante de uma forma, que ele não precisa fazer esforço algum para me prender em suas carícias... Basta um toque, por mais simples que ele seja, para eu me entregar.

_ Uma rapidinha?_ Sugere me fazendo sorri. _ Depois temos que arrumar as nossas coisas e partir.
_ Aaaah!_ Gemo com sofreguidão. Definitivamente não queria deixar esse paraíso.
Está tudo tão perfeito.
Sua mão desliza por minha barriga, procurando mais a abaixo o meu centro do prazer e isso me faz esquecer a momentânea frustração de segundos atrás.
Seus dedos hábeis fazem pequenos círculos  em meu clitóris me acendendo por inteira... E um gemido baixo escapa da minha boca.
_ Não podemos demorar amor._ Ele avisa com um tom baixo e morde o meu ombro em seguida.
Levo a minha mão a sua nuca, envolvendo os meus dedos em seus cabelos molhados e deixo a minha cabeça pender para trás, encostando em seu peito. Ele vira a minha cabeça para o lado e toma a minha boca, enquanto a mão para os seus carinhos e ergue uma das minhas pernas e em questão de segundos André está dentro de mim.