Eu estava sentada no banco de uma praça, onde eu e Brad nos encontrávamos de vez em quando, principalmente no início do nosso namoro.
Nunca me senti tão impaciente como eu estava me sentindo, Brad quando quer consegue me deixar louca. Na maioria das vezes ele é impossível de conversar, e com toda certeza do mundo, hoje ele está desse jeito.
Como irei explicar pra ele que baby é alguém desconhecido que flerta comigo? Que surgiu do nada sem falar nome nem nada?
Eu estava sentada naquele banco há exatamente trinta minutos e até então nenhum sinal de Brad, meu celular só vibrava com mensagens de baby e no momento eu estava nervosa demais para visualizar ou responder.
— Então? Que mentira você vai contar esperando que eu acredite? — ouvi a voz grossa de Brad.
Olhei para seu rosto e pude ver que cada vez que olhava para mim, sua raiva ficava mais evidente em sua expressão.
— Eu não estou mentindo pra você, eu realmente não sei quem é.
— Ah e você espera que eu acredite nisso? E se for o otário do Cameron e você estiver encobrindo isso? Você pensa eu sou idiota? — falou levantando a voz.
— Você abaixa a voz pra falar comigo! — levantei a voz no mesmo tom. — Eu já te disse que não sei quem é! E pense duas vezes para falar assim sobre o meu melhor amigo! Eu estou com você e é assim que eu quero continuar!
Esse ciúmes que Brad tinha de Cameron sempre me deixou irritada, esse ciúmes que ele tinha chegou a se transformar em ódio, e isso não é normal.
— Você é uma vadia. — falou e virou as costas para mim.
Ao ouvir a palavra "vadia", a raiva subiu no meu sangue, porque Brad me conhece e sabe que eu jamais seria capaz de trair alguém, seja amigo ou mais que isso. Eu não sou assim e não vou deixar que ele fale isso de mim.
— Seu escroto! Você não é um homem de palavra, me prometeu que nunca mais iríamos brigar por motivos idiotas como esse e prometeu que nunca daria as costas para mim, mas é exatamente isso que está fazendo agora!
Ao terminar de falar, imediatamente ele se virou e apressou seus passos para mim, eu até tive que dar uns passos para trás, mas mantive a cabeça erguida.
Ele chegou tão perto de mim e pegou meu pulso, apertou forte, tão forte que soltei até um gemido baixo e minha garganta começou a fechar porque eu estava com vontade de chorar.
— Solta, você está me machucando. — falei tentando me soltar dele.
— Você presta atenção no jeito que você fala comigo, sua vadia. — falou baixo perto do meu ouvido. — Você não pode falar nada, porque você também não é uma mulher de palavra, me prometeu que iria se afastar de Cameron e o resto do seu bandinho, mas não fez.
Meus olhos estavam lacrimejados aquela altura do campeonato, meu pulso estava doendo demais e as palavras que ele dizia me machucavam demais, mas eu não iria chorar em sua frente, não iria dar esse gostinho para ele.
— Acabou tudo entre nós. — soltou meu pulso e se afastou. — E se quiser voltar comigo, você vai ter que escolher: eu ou eles. — terminou de falar e virou as costas.
Eu só queria chorar, ainda mais quando olhei para o meu pulso, que doía demais, ele não chegou a ficar roxo, mas estava muito vermelho, naquela hora eu não tinha ninguém.
A rua estava completamente vazia, e isso fez o medo e o arrepio percorrerem em meu corpo. Senti algumas lágrimas em meu rosto, mas imediatamente enxuguei com as mangas da minha blusa e fui embora para casa novamente.
***
— Oi filha, eu estava pensando em pedir pizza no jantar, o que você acha? — minha mãe perguntou assim que me viu passar pela porta.
— Uma ótima ideia. — falei baixo e subi as escadas correndo sem olhar para ela.
Adentrei meu quarto e fechei a porta, deitei na cama e deixei as lágrimas descerem pelo rosto, eu estava em choque com o que tinha acontecido. Brad sempre foi ciumento demais, mas dessa vez, nunca tinha visto ele tão cheio de raiva assim.
Olhei meu pulso mais uma vez e vi a vermelhidão e as marcas dos dedos de Brad e enterrei meu rosto no travesseiro e comecei a chorar.
Ouvi duas batidas na porta e uma voz cautelosa soar:
— Serena, filha, está tudo bem? — perguntou do lado de fora, então, ouvi o ranger da porta ao ser aberta. — O que aconteceu? Por que está chorando?
Não respondi, não queria que ela ouvisse minha voz embargada.
Então ela deitou ao meu lado na cama começou a fazer cafuné na minha cabeça e disse:
— Vai ficar tudo bem, eu estou aqui.
Palavras reconfortantes, mas não o suficiente.
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honest ;; cd
Fanficonde cameron tenta ser honesto sobre seus sentimentos de uma maneira um tanto... diferente. será que ele vai conseguir?