eight

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Ok, não é nada legal voltar a merda da rotina de sempre que nunca vai mudar a não ser que você seja um daqueles que tentam e falam que vão mudar, muda um dia, e no outro já está cansado e volta ao normal.

Posso afirmar, com todas as letras, que eu sou esse tipo de pessoa. Todo início de ano eu prometo uma coisa que é impossível de cumprir, meu irmão até fala para eu não prometer mais nada.

Nesse exato momento, eu estava voltando ao lugar que eu mais gosto no mundo para aprender e ser alguém na vida, o que devia ser muito mais difícil do que pensei, mas não custa tentar. Nunca fui uma aluna exemplar, as vezes eu estudava por horas e ainda tirava uma nota menor do que o esperado, mas no fim das contas, sempre dou um jeito de dar a volta por cima.

Ainda mais com meus amigos, a gente sempre dava um jeito de se ajudar, mesmo sabendo que todos nós somos burros e não sabemos de nada. Quer dizer, exceto Cameron, meu melhor amigo, que é inteligente em praticamente tudo, menos em  matemática, ao contrário de mim que, graças aos céus, sou ótima.

— Oi, sunshine. — disse Cameron me dando um susto de leve.

Sunshine é um apelido que ele me deu quando éramos crianças nojentas e estranhas de oito anos.

— Oi Cam. — falei me virando para ele e dando um beijo em sua bochecha.

Bom, era a primeira vez no dia em que eu sorri, eu tinha acordado mais cansada e estressada que o normal. Ainda mais depois de me desentender com o meu irmão, mas, que dia isso não acontece né.

— O que vai fazer depois da escola? — perguntou enquanto andava ao meu lado.

— Vou sair com Brad. — falei e mordi os lábios.

Eu e Brad começamos a namorar há exatamente dois anos atrás, e nunca foi um namoro aprovado pela minha família — no caso, meu irmão e minha mãe. — e por meus amigos, principalmente por Cameron, mas quase sempre respeitavam minha decisão.

Já estava me preparando para ouvir a típica frase que Cameron iria falar em 3...2...1:

— Eu não gosto desse cara. Sinceramente, como você consegue namorar com ele? — falou fazendo cara de nojo.

Apenas revirei os olhos e me coloquei em sua frente para me despedir considerando que éramos de salas diferentes e eu estava em frente a que eu iria entrar.

— Para de implicar com ele, Cam. Ele me faz feliz. — falei fazendo-o revirar os olhos.

— Eu só me preocupo com você. — falou, e apertou minhas bochechas. — Por que eu amo você.

— Eu também te amo. — beijei sua bochecha. — Você é o melhor amigo que eu poderia ter. — falei e saí indo em direção a minha sala de aula.

Meu Deus, eu devo dizer que uma pessoa melhor que Cameron Dallas não existe. Eu me considero a pessoa mais sortuda do mundo por ter um amigo como ele.

Mas também, não significa que ele tenha que escolher meus namorados. Eu amo ele, sempre o considerei como um irmão mais velho para mim, meu protetor, mas às vezes ele exagerava demais.

Eu sabia que ele se preocupava comigo, ele sempre foi assim desde quando nos declaramos melhores amigos pra sempre, aos dez anos de idade. Mas eu estava ficando cansada dessa implicância toda que ele tinha com Brad, porque ele era um cara legal, obviamente tinha seus defeitos para serem melhorados, mas mesmo assim, ele me faz feliz e é isso que importa.

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