Unconditionally

Era ela.

Malibu, Califórnia.

Mansão Stark

💵Tony Stark💵

— JARVIS? — chamei o meu filho, como gostava de chamar de vez em quando. Ri de leve. Meio idiota da minha parte.

— Sim, Srº Stark?

— Avalie o reator. Tudo. Desempenho, núcleo, energia, partículas... — falei, me levantando da cadeira onde estava aperfeiçoando minha nova bebê.

— Foi encontrado um... — pausou, me deixando em alerta — problema no reator. No núcleo, mais especificamente.

— O que houve, JARVIS? — me sentei, um pouco tenso.

— O núcleo de paládio está envenenando o senhor lentamente. O núcleo está descarregando resíduos líquidos de paládio pelo seu corpo.

Fechei e abri a boca várias vezes. Envenenamento. Só me faltava essa. Eu estava morrendo. Não sabia se estava crítico ou não. Mas não sabia se ia demorar ou não. Eu já tinha passado por muita coisa. Porra, até demais. Quase morri uma vez e estava perto da morte todos os dias. E agora mais essa. A maioria das coisas mirabolantes e geniais, claro, eram pra sobreviver. Tinha que ter um jeito para que eu não definhasse.

Suspirei. Odiava sentir medo. Medo e insegurança. Não combinava comigo.

— Qual a porcentagem? — perguntei, baixo.

— Por enquanto, 1,07%. Podendo aumentar a qualquer momento.

— Obrigado, JARVIS.

Levantei da cadeira em que estava, lentamente. Era a primeira vez que tinha um problema que parecia complicado demais. E isso era profundamente patético e preocupante. Decido começar a pesquisa sobre os materiais logo.

Tudo que eu menos precisava era isso.
O projeto do Reator, junto ao eletroímã, me faziam continuar vivo. E o Reator me permitia continuar concertando toda a merda que eu fiz com armas nos últimos, sei lá... 20 anos?! Ainda tinham as empresas, as instituições, o governo...

Passei tempo demais vivendo uma mentira. A merda da paz e proteção armada. O dinheiro cega e eu sabia disso. Claro, era maravilhoso pra cacete e eu não sei o que faria se não fosse o bilionário que sou hoje. Mas a vida não deveria ser só isso. A empresa estava em alta, desde que contei pro mundo que sou o Homem de Ferro. E agora, eu estava morrendo. Ótimo. Mas eu ia dar um jeito nisso. Tinha que ter um substituto pro núcleo de paládio. Não poderia ser impossível. Pra mim, não existia impossível. Impossível era apenas um ponto de vista pessimista para mentes limitadas ou desacreditadas.

Estava perto demais da ExpoStark, então ninguém ia saber disso. Eu ia dar um jeito, sempre dava.

Enquanto isso...

⚛Gabriella Larius Hitszky-Queen⚛

“Estamos a um mês da inauguração de mais uma ExpoStark, a Exposição das Indústrias e Empresas Stark. O anfitrião, agora também conhecido como o herói Homem de Ferro, Tony Stark, vai apresentar as novas tecnologias da empresa. Desde a ascensão do Homem de Ferro e desde que as Indústrias Stark pararam de fabricar armas, as ações da empresa estão em considerável alta.
O excêntrico e, levemente, arrogante dono do império está melhor do que nunca, mantendo a vida de sempre. Porém, mesmo com a fama de mulherengo, continua sendo carismático e amado por muita gente.
Vejam a declaração de Tony sobre a Expo Stark:
“ Este ano, teremos uma Exposição Stark diferente. Não com armas, não com violência. Teremos algo maravilhoso, impressionante, inovador e inteligente. Porque foi criado por mim, é claro. — risos dos espectadores da entrevista — Espero todos lá. Agradeço a todos o carinho, bem merecido óbvio, ao Homem de Ferro. E compareçam à Exposição dos meus bebês. — risos. Encerramento do vídeo”

Eu reviro os olhos ao ver essa notícia na tv. Ultimamente, a mídia só fazia duas coisas. Condenar ou babar o riquinho mimado do Tony. Não podia negar, o cara era a porra de gênio. Eu admirava sua genialidade, inteligência, racionalidade, dinamismo e, claro, seu QI impossível (aparentemente, um QI como o dele era praticamente impossível). Porém, além de inteligente, Tony era um completo babaca na minha concepção. Seu trabalho como herói era até fofo, mas ele era convencido demais. Absolutamente irritante. Porém, eu era curiosa. Gostaria de ver seu ego gigantesco de perto. Quem sabe ele não fosse tão egocêntrico e egoísta como parecia e tivesse algum trauma por trás.

É, teria que guardar minha curiosidade para mim.