Jimin vivia numa época onde quem gosta da pessoa do mesmo sexo é vista como uma aberração. Um dia, sem querer, solta que não gosta de mulheres romanticamente, fazendo então todos da vila se revoltarem contra si. Num ato de salvar sua vida, ele corre...
Aviso: vão ter algumas palavras e xingamentos preconceituosos por parte de alguns personagens, eu >não< apoio isso, então se não gostar não leia.
É isso, boa leitura.
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Correr, essa era a única palavra que Jimin tinha em mente e podia fazer. Estava correndo para qualquer lugar para salvar sua vida, pois senão seria linchado até a morte, ou quase.
O motivo para isso acontecer foi quando conversava com sua mãe no pub que a mesma tinha.
— Jimin, querido, você precisa arrumar uma esposa! Todos em sua volta já se casaram e tem filhos e só você está só. — a mesma disse, enquanto lavava os diversos copos que estavam sujos na pia.
— Mamãe, não exagere, há muitas pessoas solteiras por aqui também. — respondeu, enxugando um copo.
— Daqui a pouco todos irão casar e só vai dar você de solteiro. — tornou a falar, Jimin revirou os olhos e bufou, ela riu baixinho.
— Eu não quero uma esposa porque eu não gosto de mulheres, mãe.
Mal sabia o coitado que devia ter guardado aquelas palavras para si, pois nos momentos seguintes coisas horríveis começaram a acontecer.
— O que? — a mais velha gritou e todos do bar já olhavam para Jimin com repulsa e em completo silêncio. — O que você pensa que está falando, Jimin?!
— M-Mãe eu...-
— Não me chame de mãe! — continuou a gritar. — Uma aberração como você não pode me chamar de mãe.
— Me de-desculpe, eu... — seus olhos já lacrimejavam e percebeu que os clientes do local já se aproximavam do balcão com expressões bravas e de desgosto.
— Quer dizer então que o pequeno Park gosta de homens? — um comentou com desgosto na voz.
— Você não merece viver entre nós, Jimin. — outro cuspiu as palavras sem medi-las.
— Diga que é mentira e nós fingimos que não ouvimos.
— N-Não... — não sabia o que fazer, estava encurralado e todos o julgavam até o último fio de cabelo.
Num reflexo rápido ele decidiu correr dali, não podia esconder quem era. Sim, estava se arriscando muito mas queria viver sendo quem realmente era e todos da vila impossibilitavam isso, eram todos falsos e ignorantes, claro que haviam mais pessoas que nem si, porém se escondiam pois tinham medo de acontecer com elas o mesmo que havia acontecido com o lobo.
O lobo, ninguém sabia qual era seu nome de verdade, então só o chamavam de lobo. Todos que moram na vila sabem sobre as histórias, Jimin achava horrível como o trataram, pois ele também era gay.
O homem que virou lobo foi amaldiçoado por um feiticeiro quando todos descobriram que ele gostava de homens, lincharam-o na praça e por pouco não morreu, ele conseguiu fugir mas dizem que ficou bastante machucado e com algumas cicatrizes no rosto.
Toda vez que Park ouvia as histórias sobre ele eram sempre aumentadas, fazendo-o ficar como um vilão, mas o lobo não era, era só um humano normal como qualquer outro, que só gostava de pessoas do mesmo sexo, mas que infelizmente virou um lobo por isso.
Jimin continuava a correr e seus pulmões já pediam por ar e seu corpo por descanso, um número meio grande de homens corria atrás de si com algumas ferramentas e pedaços de pau na mão, por sorte conseguiu despistá-los e pegou fôlego, mas isso não durou muito pois os homens o acharam novamente.
Voltou a correr e encontrou uma casa no meio do nada, que parecia abandonada pela aparência bem velha, correu até a varanda da mesma e percebeu que os homens correram para longe horrorizados, o que aquela casa tinha de tão assustadora?
Não ligando e vendo que estava a salvo, ele entrou na casa, ficaria ali até conseguir se mudar para algum lugar que o preconceito não era tanto e que pudesse viver em paz.
Mas, quando fechou a porta, ouviu uma voz que o fez estremecer por inteiro.
