Me Afoguei Na Sua Praia

Cap.49

Lauren

Já faz uma hora que eu estou aqui na sala e não tem nenhum sinal do Erick.

Ontem eu mandei várias mensagens e ele também não respondeu e hoje antes de entrar na sala eu procurei ele pela universidade inteira mas nem um sinal dele, fora todas as vezes que eu liguei pra ele mas sempre dava caixa postal.

Quando a aula acabou eu fui correndo para um ponto de ônibus e peguei um ônibus pro bairro onde o Erick mora.

Quando cheguei lá os guardas me deixaram entrar e me acompanharam até a porta, quando eu entro eu dou de cara com o Luís

— Lauren!!! — ele fala sorrindo como se estivesse me esperando

— O Erick está aqui ?  — eu pergunto

— Bom, eu já ia te falar, Sente-se — ele fala e eu me sento no sofá — Ele saiu ontem a noite e pegou um vôo para os Estados Unidos, ele até deixou essa carta — ele fala me entregando uma folha de papel

"Eu quero que vocês entreguem isso para a Lauren. Bom Lauren, eu sei que eu disse que gostava de você e que vivemos muitas coisas incríveis juntos, mas eu cansei de viver no Brasil com essas pessoas, inclusive o Luís, e descobri que eu nasci nos Estados Unidos e é lá que eu devo ficar, hoje eu estou voltando pra lá com o Jason e eu espero que você encontre um amor e seja feliz, beijos"

— Não é o Erick, primeiramente essa não é a letra dele — eu falo rasgando o papel

— Se não quiser não acredite, aliás, não existe outra explicação pra ele ter sumido assim — ele fala

— Você está mentindo — eu falo com os olhos marejados

— Eu sei que é difícil aceitar Lauren, mas o Erick sempre foi assim, ele fazia isso com todas as garotas que ele fingia gostar — ele fala e eu começo a chorar

— Não! Ele não foi embora, e qualquer coisa que você estiver escondendo de mim, eu vou descobrir — eu falo apontando pra ele — Eu sei de todas as suas verdades e também sei de todas as suas mentiras

— Filha ? — minha mãe aparece com um uniforme de empregada

— Eu sei de todo Luís, de tudo mesmo — eu falo

— Guardas!! Tirem ela daqui agora — ele ordena e dois guardas me carregam brutamente pra fora da mansão.

Erick

— Aqui — um homem todo de branco coloca um prato de sei lá o que no meu quarto que é estreito e desconfortável

— O que é isso ? — eu pergunto

— Só engole — ele fala se retirando

O Luís me mandou para um reformatório juvenil, parece até uma cadeia. Eu me sento na minha cama que é mais dura que uma pedra e pego o prato com a gosma branca que me deram.

Quando eu cheguei aqui ontem eu estava com tanta raiva que eu bati em todos que estavam perto de mim, e de castigo eu vou ter que cumprir mais atividades do que o normal.

Flashback

— ME SOLTA!!! — eu falo tentando meu soltar dos homens de branco

Eles me obrigaram a vestir um macacão branco que é uniforme do reformatório. Eles me carregam por um corredor gigantesco onde tem várias celas que são pouco diferente do que a prisão.

Eles abrem uma sela e me jogam brutamente lá dentro me fazendo cair no chão acimentado. Eu me levanto do chão rapidamente e sai da cela e bati em todo mundo que eu via pela a frente mas eu não consegui fugir pois alguém chegou por trás de mim e me deu um choque no pescoço fazendo eu desmaiar.

Então eu acordei deitado em uma cama de pedra em uma cela.

Flashback-off

Com muito sacrifício eu como aquela gosma que até agora não sei o que é.

— Erick Jackson ? — um cara fala parando de frente da minha cela

— O que ?

— Tenho que te levar para a primeira atividade — ele fala abrindo a cela

Eu me levanto e ele me leva para um espaço cheio de pedras e rochas do lado de fora, porém esse espaço é cercado por grade elétrica e guardas.

Nesse espaço tem vários jovens da minha idade mais ou menos, com machados na mão batendo em rochas

— Toma aqui — o homem fala me dando um machado

Eu respiro fundo e começo a fazer o que mandaram.

Lauren

— Mãe eu tenho certeza que o Erick não voltou para os Estados Unidos — eu falo

— Então o que você acha que é ? — ela pergunta

— Não sei, mas a senhora tem que descobrir — eu falo

— Eu ? Se me pegarem lá eu serei demitida — ela fala

— Mãe eu preciso saber o que fizeram com o Erick — eu falo

— Olha só no que você vai me meter — ela fala

— Obrigada — eu falo abraçando ela

— Isso não foi um sim — ela fala

Eu subo para o meu quarto e tento ligar para o Erick mais algumas vezes até eu cansar de tentar.

Erick

— Lutar ?? — eu pergunto

— Porque não é forte o bastante pra aguentar subir em um ringue ? — Um dos homens de branco fala

— Mais que tipo de castigo é esse, você viu o tamanho do cara ? — eu pergunto

— Não sou cego — ele fala com a expressão séria — Vai ou não ?

— Pode ser quem for, é claro que eu vou — eu falo e eles me levam até o banheiro e eu tiro o macacão branco e coloco a bermuda branca que me deram e coloco a luva vermelha.

Eu nunca participei de uma luta de boxe eu posso morrer hoje. Mas até que o cara não é tão grande.

Eles me colocam no ringue e eu encaro o cara na minha frente que está com a mesma luva que eu e me encara raivoso

O primeiro round começa e o cara já vem pra cima de mim me dando vários socos e a platéia que são os próprios prisioneiros gritam.

O cara me joga no chão e me dá um chute na barriga fazendo eu cuspir sangue

— Droga — eu falo tossindo

O primeiro round acaba e eu me levanto para enfrentar o segundo, isso aqui é torturação só comigo pois logo quando acabou o primeiro round os homens de branco foram tudo acalmar o cara que tá lutando comigo, deram até água geladinha pra ele, agora eu fico aqui sangrando.

O segundo round começa e o cara já vem pra cima de mim e eu me esquivo e dou vários socos nele fazendo ele cair no chão, mas ele levanta rapidamente e me joga no chão, sobe em cima de mim e me dá vários socos até eu virar o jogo e socar ele com toda a minha raiva até que acaba comigo vencendo, os homens de branco me arrastam pra fora do ringue. E eles me arrastaram mesmo.

Eu desço todo quebrado, sangrando a beça e com o corpo todo dolorido

— Você tem potencial, só precisa treinar mais — um dos cara de branco fala

— Posso tomar um banho ? — ru pergunto ofegante e ele nem responde apenas me empurra para o banheiro

— Não demore, não tenho paciência pra esperar — ele fala e eu entro no box, eu estou coberto de suor e sangue misturado, com calor e dor ao mesmo tempo. O Luís vai acabar me matando.

Eu tomo um banho e coloco o macacão branco e os carinhas me levam para a cela de novo.