Cap 3 - Família

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Ele me ofereceu uma bebida, recusei focada em saber como ele sabia sobre meu passado.
Mas eu ainda queria transar com aquele gostoso, acabei sentando no seu colo o que fez ele arregalar os olhos e não poder desviar-los do meu decote.

— Você queria a mais safada? — perguntei cheirando seu pescoço e no segundo instante ele me afastou depois de erguer as sobrancelhas.

— Precisamos falar sobre algo sério... — me tirou de seu colo e se levantou, ele pegou algo em mãos era um papel com uma fotografia — Essa é você?

Eu estava de cabelos nos ombros e com a minha mãe, meus olhos se encheram de lágrimas e então desviei o olhar para me recompor.

— Como você tem uma foto minha?

— Sua mãe me deu. Eu sabia que você era familiar, eu te achei Catharina.

— Você estava me procurando?

— Toda sua família estava. Sua mãe é como uma mãe pra mim, e o Rony... Ele é meu sócio.

Ele disse Rony?

— Eu sou uma prostituta agora, como acha que vão me encarar?

— Eles não precisam saber, você não teve escolha.

Ri em sarcasmo, mas eu não conseguia parar de chorar. Ele me abraçou apertado e disse que estava tudo bem agora.

Eu nunca me senti tão segura na vida. Mas a vida não é um mar de rosas, o que ele ganharia fazendo isso?

E se for o Jair, JJaid fossem atrás de mim?

— Você disse que ela é como sua mãe, liga pra ela.

Ele percebeu que eu estava desconfiada, sorriu pegando seu celular.

— Tudo bem...

Em dois minutos Rony atende a chamada por vídeo, ele estava mais inchado e másculo, havia um corte diferente e uma gravata cinza como de executivo.

— E aí como foi?

— Você não vai acreditar quem está aqui! — Lion estava animado, virou a câmera na minha direção.

A emoção que eu senti quando o vi transbordou pelos meus olhos, eu explodi lágrimas.

— Rony!

O mesmo não acreditava, seus olhos estavam vermelhos e o mesmo não sabia o que dizer.

— Rony, chama a dona Maria — Lion pediu e a minha mãe apareceu na tela.

Ela deu um grito e começou a chorar — Minha filha, onde você estava? Eu fiquei tão preocupada com você Catharina!

Soluçei — Eu sei... Eu senti muito a sua falta!

— Como eu queria atravessar essa tela pra te abraçar! Obrigada meu filho, Deus abençoe, você é um bom garoto!! — Ela não parava de agradecer aos prantos.

— Ela vai estar aí amanhã de manhã. Eu prometo — depois de mais conversas ele avisou que precisava desligar para que eu me aprontasse para ir embora desse lugar.

Mesmo com diversos tipos de orgasmos, não os melhores mas os piores, eu jamais tinha sentido tanto alívio na vida. Graças ao Lion, eu o abracei dessa vez dizendo obrigada como se fosse uma oração mas na verdade era um milagre.

— Agora eu acredito que existem pessoas boas, graças a você!

Ele sorriu sem graça — Adelaide irá te acompanhar até o quarto, você pode usar a roupa que quiser que estiver lá. Vamos partir as três da manhã, esteja pronta até lá. Qualquer coisa estarei aqui no escritório, passar bem!

Ele tinha um jeito frio ou era tímido, não tinha a intenção de me comer apenas de agradar a minha mãe. É por isso que ele agiu diferente, ele me respeita como se eu fosse gente não objeto.

Me lembro como Kaled (o cara que me sequestrou)era machista e como eu estive estocada numa fazenda por praticamente dois anos pensando que ele queria me engravidar ou algo do tipo. Eu era como uma propriedade junto com mais centenas de mulheres das mais diversas etnias.

Gemo em repulsa e medo, nunca mais quero ver aquele homem. E depois de fugir dele, cai numa armadilha pior de JJaie que me levou para um cabaré como uma prostituta de merda.

Adelaide encheu a banheira, a água estava pelando tanto que minha mão ficou avermelhada ao toca-la.
Tirei meu vestido e a empregada me ajudou, eu a interrompi — Obrigada, eu posso me virar aqui em diante haha!

Eu disse devido as minhas feridas, não a deixaria ver os chupões e roxões espalhados por minhas costas.

Ela me olhou confusa — Como quiser senhora, estarei do lado de fora para ajudá-la em qualquer coisa! — saiu imediatamente.

Suspirei.

O espelho revelava o corpo antes sem nenhuma arranhão cheio de espancamentos, cada cicatriz me enfraqueceu diferente das pessoas que se fortalecem na dor, talvez seja porque eu sou uma daquelas piscianas que nadam sempre para baixo.

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Vestida com uma saia longa e uma regata de seda pura, desci as escadas da linda mansão do avô de Lion. Ele me aguardava na mesa de jantar, de repente ele ficou meio indiferente.

Eu estava vestida como alguém decente outra vez, tremula de fome, assenti a ele.

- Obrigada por tudo.

- Você ficou ótima nessa roupa, o Ronny que me disse que era sua cara.

- Mal sabe ele os maus bocados que eu passei.

- Ainda sim, você pode recomeçar sempre do zero. A propósito, eles não colocaram um gps em você, não é?

- Hm. Não tenho certeza... - resmungo tentando não mostrar pavor, os médicos que nos davam injeção eram totalmente estupidos, e ignorantes, sujos e malfeitores. Poderiam ter injetado qualquer coisa em mim.

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2022 ⏰

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A vadia mais cara de AlzebainOnde histórias criam vida. Descubra agora