Esperança?

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Permissão para beijar — Parte 3

— Mãe, essas panquecas estão deliciosas. — Mordi um pedaço grande sentido todo o cream cheese com frango que estava transbordando pela ponta.

— Eu nunca decepciono, querido. — Ela me dá um beijo na testa e pega a sua bolsa que estava na cadeira. — Cuida bem da Milena para mim, obrigada.

— Okay. Pode deixar que eu cuido bem do bebezinho da mamãe. — Ela fechou a cara, com cinco anos de idade e ela já odiava que a chamassem de bebezinho.

— Mãeeeh. — Milena falou fazendo biquinho.

— Ian, respeite a sua irmã.

— Foi mal coisa linda. — Apertei a sua bochecha esquerda, outra coisa que ela odiava que fizessem. Essa menina odeia muitas coisas, quando crescer vai ser problemática igual a Miley Cyrus.

Ela ameaçou jogar um pedaço de pão em mim, mas parou quando viu meu pai olhar para ela firme do outro lado da sala. Meu pai detestava brincadeiras com comida, já havia desperdiço demais no mundo, dissera ele quase todos os dias quando alguém deixava fruta ou resto de comida ir para o lixo.

— Se comportem meninos. — Ela disse ao fechar a porta atrás dela e do meu pai.

— Quando terminar de comer, não se esqueça de retirar o prato da mesa. Vou para o meu quarto.

Caminhei de forma apressada subindo as escadas, faltava menos de dois minutos para o lançamento do álbum da minha banda favorita. O meu quarto estava um pouco abafado por causa do calor escaldante que fazia lá fora, 32º graus não é pra poucos.

Meu celular vibrou com a notificação do e-mail avisando que o álbum "Doom Days" já estava disponível em todas as plataformas digitais. Liguei a caixinha de som no bluetooth e coloquei a primeira música para tocar, não era nova, já tinha saído umas semanas atrás e por isso eu tinha decorado a letra.

Eu gesticulava e cantava, usando a vassoura de um lado para o outro como se fosse um astro pop dando um show para os meus fãs. Subia na cama e pulava, amortecendo o peso do meu corpo nos meus pés descalços, sentindo o chão gelado na parte que fazia sombra do quarto.

We keep on running
Running through a red light
Like we're trying to burn the night away
Away-way, oh, away-way, oh
Why are we always chasing after something
Like we're trying to throw our lives away?
Away-way, oh, away-way, oh
This is my favourite part, oh


— Essa também é a minha parte favorita. Por que estamos tentando jogar nossas vidas fora? — Perguntou Davi de braços cruzados na porta do meu quarto.

Eu deixei a vassoura cair para o lado fazendo um barulho de "plec" quando atingiu o chão; eu não precisava me olhar no espelho para saber que a minha expressão era uma mistura de raiva com vergonha. Eu queria me enfiar dentro de um buraco, minha timidez não gostava que outras pessoas soubessem que eu fazia performances em meu quarto quando estava sozinho.

— Você dança e canta bem, nunca me disse que tinha esses talentos. Pelo visto você me deixou de contar muitas coisas.

— O que você está fazendo aqui? Como você entrou? — Perguntei seco.

— Sua irmã me conhece, inclusive ela está tão fofinha e maior desde a última vez que eu estive aqui.

— Saia.

— Não. Precisamos conversar.

— Não temos nada para conversar, agora saia.

— Eu não vou sair até você me explicar tudo, exatamente tudo.

— Tudo o que? Não tenho nada para explicar, o que eu sinto você já sabe. — Respirei fundo. — Além do mais, você pareceu não se importar tanto assim. Tanto que...

— Foi ela quem me beijou. Eu não tive nenhuma culpa. — Filho da puta cínico.

— Ah sim, e você como bom garoto aceitou de bom grado. Eu vi suas línguas se tocando, você queria. Queria muito!

— Eu não vou mentir para você, eu estava mesmo disposto a beija-la fazia muito tempo. — Ele foi se aproximando de mim ainda com os braços cruzados. — Mas não foi exatamente como eu imaginei que seria.

— Não se aproxima. — Falei ameaçando se abaixar e agarrar a vassourava para atirar nele.

Ele foi mais rápido, avançou com tanta agilidade que eu só consegui sentir a sua mão em meu pulso. Ele não estava apertando com força, mesmo assim eu não conseguia me livrar.

— Então. — Ele foi aproximando o seu rosto e corpo do meu, me fazendo andar de costas até sentir a parede atrás de mim. — Precisamos mesmo conversar.

— Eu já falei que não temos...

Ele me interrompeu encostando o seu lábio no meu. Eu não cedi tão fácil no início, mas logo deixei que sua língua percorresse a minha boca, conhecendo cada canto dela. Seus lábios eram macios e quentes, ele beijava com ferocidade. A sua mão segurava firme o meu quadril e senti algo ganhando vida pressionar a minha coxa e o meu pau latejar na cueca.

Eu precisava parar com aquilo, mas não tinha forças ainda para sair dos seus braços e beijos. Ele foi me virando até que chegamos na minha cama, ele retirou a camisa e eu pude ver o seu corpo magro e branco se deitando por cima de mim. Enfiei a mão em sua calça e pude sentir minha mão se fechando em seu pau, estava tão duro que deu para sentir as veias pulsando contra a palma quente da minha mão.

Comecei uma punheta de leve nele, mas logo aumentei o ritmo quando a sua boca encontrou o pescoço e eu sussurrei para que ele não deixasse nenhuma marca. O que estávamos fazendo era loucura. Senti a sua mão entrar pela parte de trás da minha bunda e sua mão aperta o lado esquerdo da minha bunda.

Logo senti seus dedos molhados procurando a entrada do meu reto, senti um tesão imenso explodir dentro de mim quando aqueles dedos largos e quentes entraram com uma certa dificuldade em mim. Revirei os olhos e gemi baixinho.

Ele perguntou se eu estava gostando, fiz que sim com a cabeça e ele aumentou a velocidade. Ele chupava meu pescoço como se sentisse vontade de provar o gosto da minha carne. Logo senti seu pau pulsar cada vez mais forte em minha e jatos quentes de porra escorrer pelos meus dedos e mão. Gozei alguns segundos depois, sem tocar no meu próprio pau, somente os dedos do Davi fizera aquilo. Era insano e intenso.

Ofegante ele se deixou por cima de mim, ambos estávamos suados agora. Eu ainda não estava acreditando no que acabara de acontecer. Era muito difícil de acreditar que era verdade, mas senti seus dedos escorrerem para fora de mim e um incomodo gostoso me preencher. Era real.

Virou-se para o lado, ainda ofegante com a respiração descompassada.

— Isso foi maravilhoso, não foi?

Eu ainda não tinha recuperado o fôlego para poder responde-lo, então balancei a cabeça confirmando. Respirei fundo tentando recuperar o meu ritmo. Levei minha mão melada até o nariz, senti o seu cheiro forte em minha mão.

— Olha o que você fez.

— Não. Você quem fez. — Ele corrigiu com um sorrisinho malicioso.

— Não pense que isso nos deixa quites. — A sua expressão ficou séria. — Isso não inibi a merda que você fez, mesmo tendo sido bom para um cacete.

— Desculpas.

— Também não resolvem, Davi. Não sei se posso mais confiar em você depois de ontem.

— Mas...

— Calma, eu não estou te expulsando da minha vida para sempre. Mas você vai precisar mais que dedos mágicos para consegui a minha confiança de volta. — Pausei respirando fundo de novo. — Você me magoou de verdade. E doeu.

— Prometo que vou me esforçar bastante para que isso aconteça.

— Não faça promessas. Não queira dar passos maiores do que suas pernas.

— Assim é você quem me magoa. Precisa ser tão frio? Olha o que acabamos de viver aqui. — Ele apontou dele para mim, como se uma linha invisível nos ligasse.

— Poxa, que pena. — Falei dando um risinho cínico. — Agora levanta e vamos se limpar antes que minha irmã nos veja nesse estado. Ambos melados e fedendo a...

Ele tentou me beijar novamente, mas desta vez eu fui rápido e parei a sua cabeça com a ponta dos meus dedos em sua boca.

— Não. Uma técnica desse nível não funciona uma segunda vez em mim.

— Afez. — Ele pigarreou.

Ele perguntou se eu tinha alguma cueca sobrando para emprestar, afinal tanto a dele quanto a minha estavam meladas. Ele retirou toda a sua roupa na minha frente e se jogou debaixo do chuveiro, lavando as partes intimas. A sua bunda ficava linda com a água escorrendo aos montes por ela. Tentei pensar em outra coisa para não ficar duro e ele perceber. Eu não podia nutrir esperanças, não depois de tudo. Não fora algo que fosse fácil esquecer por causa de uma quase transa bem-feita.

O seu pau estava meia bomba, ele remexia a cintura fazendo ele balança de um lado para o outro como se fosse um helicóptero.

— Quer mamar? — Ele perguntou na maior cara de pau. — Ainda estou precisando me aliviar. Era maior do que eu imaginava duro.

— Usa a mão. Eu não vou passar essa vergonha de colocar o seu pau em minha boca.

Ele começou a se masturbar, a glande rosa era coberta diversas vezes pela pele branca, brilhava tanto que foi quase impossível não se sentir atraído por aquilo. Felizmente os meus instintos não conseguiam ser maiores que a minha razão. Me retirei do banheiro deixando que ele finalizasse a sua tarefa.

O ouvi gemer baixinho do lado de fora e sussurrar delícia seguido de gemidos. Ele saiu de lá já vestido. Eu já tinha trocado de cueca para não correr o risco de deixar a minha bunda na visão daquele tarado.

Me deitei na cama e ele se encostou do meu lado.

— E agora, o que será da gente?

— Só Deus sabe, cara. Só Deus sabe. — Suspirei.

Ele logo mudou de assunto e começou a falar sobre as coisas constrangedoras de nossa infância. Ele se lembrava bem das coisas para quem vivia se queixando de estar perdendo a memória por causa do alto consumo de queijo. Eram muitas histórias, histórias das quais eu sequer lembrava.

Ficamos em silencio por algum tempo, e quando me virei para olhar ele, ele já estava cochilando profundamente. Fechei os olhos e tudo ao meu redor foi ficando denso e escuro.

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⏰ Last updated: Aug 29, 2019 ⏰

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