Capítulo. 11

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Yuta voltou a se atentar para a produção de uma peça de roupa que seu colega fazia.

_ Não! Aí você teria que medir aqui.. - Indagou o rapaz explicando para Yuta o processo para a costura.

_ Olá, Yuta! - Chaerin se aproximou de ambos os rapazes oa tirando a concentração.

_ Chaerin?! Oi.. - Indagou Yuta sorrindo fraco.

_ Oi, Ravi! - A moça obviamente não iria ignorar o rapaz que estava junto com Yuta.

_ Oi.. - O rapaz respondeu seco, mantendo seus olhos na peça de roupa.

Uma reação estranha, que com muita certeza deixou Yuta intrigado.

_ Me acompanha no almoço? - Questionou Chaerin observando Yuta olhar as horas em seu relógio de pulso.

_ Vou dar uma passada na sala do Doyoung pra ver se ele não precisa de nada. Se ele me liberar, vamos juntos pro almoço. - Com um riso frouxo alheio, Yuta saiu dali partindo  direção a sala de Doyoung.

_ Deixa de ser biscate, garota! Uma bixa velha dessas atrás de novinho.. - Indagou Ravi, voltando sua atenção para Chaerin.

_ Deixa de ser intrometido, garoto! - Chaerin se virou dali, indo em direção a mesa de Yuta.

O japonês deu três leves batidas sobre a porta, não ouvindo nada a princípio. Abriu uma fresta da porta, podendo ver Doyoung consumindo um ato talvez inapropriado para o ambiente.

_ Não quer me ver bater punheta mais de perto, Yuta? - O japonês arregalou seus olhos, não imaginou que Doyoung soubesse que era ele ali atrás da porta.

Qualquer pessoa poderia ter batido, mas Doyoung andava reparando na forma como o japonês batia sobre a porta. Não era toques altos e desesperados, eram toques suaves e baixos quase inaudível. Como se Yuta tivesse medo de bater. O japonês abriu a porta, se colocando de costas para não ver Doyoung pelado. A verdade era que ele estava morrendo de vergonha, pelo que tinha presenciado.

Doyoung sorriu de uma forma diferente, não era um riso de deboche, malisioso, não era nada disso. Era um riso por achar o jeitinho vergonhoso de Yuta fofo.

_ Fala, Yuta! - Indagou mantendo o riso, enquanto subia novamente sua calça.

_ Chaerin me convidou pra ir almoçar com ela, vim saber se você precisa de algo antes de eu ir?!

Doyoung aos poucos foi fechando o seu sorriso, andou em direção ao japonês parando bem a sua frente.

_ Vai ir almoçar com a Chaerin? - Indagou num tom descrente.

_ A-ah.. Sim?! Ela me convidou. - Yuta pode ver Doyoung respirar profundamente, colocando suas mãos sobre a cintura.

_ Preciso de você aqui.. - Soltou novamente a cintura, indo em direção a sua mesa.

_ Precisa de ajuda em quê exatamente?! Porque pelo que fiquei sabendo e pude notar, que você é um cara independente.. - Yuta andou em direção a mesa de Doyoung.

_ Preciso que avalie meus desenhos.. - O rapaz se sentou em sua cadeira, tirando da gaveta uns desenhos já terminados.

_ Avaliar?! Me perdoa, mas quem sou eu pra avali-

_ Nakamoto Yuta. - Indagou Doyoung atraindo a atenção do japonês, o calando em seguida. _ Avalie meus desenhos.

Yuta se sentou sobre a cadeira a frente da mesa, pegando em suas mãos alguns desenhos feitos por Doyoung.

_ Não tenho o que dizer, os traços são perfeitos.. - Indagou mantendo os olhos sobre os desenhos.

Já Doyoung encarava o rosto do japonês de uma tal forma, que nem piscava. Estava num completo transe e nesse transe, ouviu Yuta dizer mais algumas coisas sobre seus desenhos, mas não prestava a atenção de fato sobre o que era falado. Tudo que conseguia dizer era, "Puta que pariu, que homem lindo". Não entendia o porquê não havia reparado em tal beleza antes.

_ Não acha? - Indagou Yuta o tirando de seus pensamentos.

_ Aham! - Doyoung na maior cara de pau, continuava mantendo seus olhos fixos em cada traço do rosto do japonês.

_ Precisa de mais alguma coisa? - Yuta devolveu os desenhos para Doyoung.

_ Na verdade, sim! - Doyoung se levantou de sua mesa e andou em direção a uma estante, na qual continha centenas de cores de lápis imagináveis e não imagináveis. _ O quê acha da minha coleção de lápis de cor?

Yuta olhou para Doyoung com uma carinha incrédula. Já estava começando a pensar que Doyoung estava o "prendendo" ali de propósito. De fato o mesmo não precisava de si, naquela sala.

_ A-ah, muito bonito a coleção. - Indagou vendo o rapaz voltar sua visão para os lápis.

_ Qual a sua cor preferida? - Indagou aumentando ainda mais a enrolação.

_ Acho que verde.. É! Eu gosto de verde! - Yuta se levantou da cadeira num impulso. _ Precisa de mais alguma coisa?

Doyoung olhou para Yuta, e em seguida voltou seus olhos para seus lápis de cor.

_ Não! - Respondeu em um tom baixo, sem desviar os olhos dos lápis.

_ Com licença! - Yuta saiu da sala a passos apressados. 

Já Doyoung andou até a sua mesa pegando o seu celular logo em seguida, verificou se não estava se esquecendo de nada e saiu de sua sala.

DoYu - (My Boss's Son)Onde histórias criam vida. Descubra agora