Ele via o olhar dela ir e voltar
metrônomo
seu morno tom de ler
Sem saber seu dente apertava a língua
de intriga suavemente
curiosidade de repente
que antes não sabia ter
.
Sua vida dependia daquilo
.
A música acelerou
ida para o final de seu coração
descrito
orquestrado
Quando as cordas afinaram
entre o tom certo e arrebentar
E morta era a esperança
no fim da tinta
na ponta da lança
veio o brilho metálico no olhar
.
A música parou
.
Pálido seu mundo por um instante
porque no segundo a boca dela
meio torta
meio distante
abre um espaço entre músculos
e mundos
E ele explode em orquestra
desafinado mesmo
com um desajeitado coral de criança
Isso tudo porque
é assim que ele se sente
enquanto o olhar dela brilha
o olhar dela dança.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sobre pessoas 2015
PoetryPostarei aqui textos selecionados do meu blog: http://www.sobrepessoas.com.br São poesias, histórias curtas, reflexões, todas passagens com, no máximo, 500 caracteres.