IV várzea

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Eu queria que Deus pudesse ter me escutando naquela noite, eu queria

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Eu queria que Deus pudesse ter me escutando naquela noite, eu queria. Queria que ele tivesse escutado meus pedidos de perdão ou talvez até minhas rastejadas. Aquele homem não saía da minha cabeça e o pior, eu gostava disso.

Cada vez que parava de orar ou adormecia meu pai jogava um grande balde de água quente em meu rosto, me fazendo engasgar a cada toque ríspido do líquido em meus lábios que fervia e somente agora percebi que minha vermelhidão em minhas bochechas não eram vergonha, e sim uma queimadura.

Me despeço dos meus pensamentos quando escutei a voz da minha mãe, que me chamava para subir ao altar junto com algumas moças que pregrava a eucaristia.

Passo meus olhos que no entanto estava inchados aguardando a primeira melodia que demorou apenas alguns segundos, segundos bastantes para sentir a presença de um órgão estranho na igreja e por um mínimo descuido avisto a cabeleira preta e sedosa que o vento soprava sem nenhuma piedade, o óculos escuro externamente limpo a qual tenho a mesma opinião sobre o smoking preto que trajava. E pela primeira vez sentir algo que nunca deveria sentir.

Desejo.

Abaixo meu olhar rodopiando meus pés tirando o gasto calçado que cobria meus dedos gélados, fazia de tudo para não encarar o homem e não iria abrir minha íris por nada, mas pelo o que sentia sabia que estava na minha frente e a música do fundo param de tocar, me deixando angustiada.

ㅡ Chaeyoung, venha comigo. ㅡ Pela primeira vez tenho coragem de encara-lo, seu rosto era fascinante, as órbitas que não conseguia decifrar e nem decorar, a boca pintada naturalmente de vermelho e uma pequena cicatriz no lado esquerdo da sua face era o contraste final.

ㅡ Ela não vai a lugar nenhum. ㅡ As grandes mãos do velho senhor me puxa, fazendo-me soltar um gemido de dor, não só pelo seu aperto e sim a exaustão da noite anterior que subiu pelas minhas pernas, braços e membros inferiores principalmente minha cabeça, latejava e gritava por descanso, gritava por liberdade.

E a face do maior muda, sua íris se torna mais escura e mais profunda causando um arrepio involuntário no meu corpo, como um abismo sem fim, o próprio horror. As mãos do meu pai que envolvia meu braço com força se soltou e o observo. As veias do seu rosto incrivelmente saltadas entrando em uma espécie de colapso.

ㅡ Vamos Chaeyoung. ㅡ Desta vez Jungkook gritou, gritou com força e agora estava no meio dos dois.

ㅡ Mas jungkook.. ㅡ Meus olhos lacrimejaram pelo seu eco e suas mãos tocam as minhas em um aperto acolhedor e tive certeza que Jeon não era nada demais como meu pai disse, somente era tardio, certo? Pelo menos é o que eu queria acreditar.

Passei pelo portão da igreja e fui seguindo seus passos até o fim da rua onde seu carro espaçoso estava esperando pela nossa presença.

ㅡ Você está tão cansada.. ㅡ Escutei o murmúrio do maior e tive o prazer de responde-lo

ㅡ Senhor Jungkook, me desculpe. ㅡ O moreno parou, girou sua sirueta e passou a encarar todo meu corpo e voltou sua atenção até o meu rosto.

ㅡ Por que pede desculpas? ㅡ Ele calibra no tom de voz, parecia que lia meus pensamentos e por imediato recuo.

ㅡ Me desculpe por gostar tanto.

IAIAIAIOOI

irra, olá piticos, tudo bem? Espero que sim :(, bem essa fanfic tá uma bosta mais espero que estejam do agrado dos senhores, pera quê. Se está lendo a partir de agora, seja bem vindxxxx, e obrigado, comentem muito, xoxo 💝

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