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     🥀 Capítulo 1🥀  

     🥀 Capítulo 1🥀  

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QUANDO TUDO COMEÇOU.

Acordo meio atordoado e abro os meus olhos com dificuldade. Imediatamente a minha cabeça começa a latejar e sinto minha boca seca. Noto que ainda estou deitado no tapete do meu quarto e forço-me a levantar do chão. Meu corpo inteiro está dolorido. Com um rosnado estrangulado, olho ao redor do cômodo e observo os vestígios dos meus momentos mais insanos. Seu perfume derramado pelo chão, pedaços de suas roupas espalhados por todo o lugar e algumas joias destruídas. Com pesar, seguro um pequeno broxe de pedrinhas verdes em formato de uma borboleta e deslizo o meu polegar pelo objeto delicado por algum tempo. A recordação do nosso encontro casual me vem a memória no mesmo instante.

Vamos mamãe, tenho certeza que a senhora vai amar esse restaurante! — comentei, tentando animá-la.
Desde que papai faleceu a dois anos e meio, Clara Village perdeu o gosto pela vida. Então eu e meu irmão Alex nos revesamos em passeios para que ela não se sinta sozinha. Na entrada do restaurante, alguém esbarrou forte contra o meu corpo e vi a jovem quase indo ao chão, devido ao impacto da colisão. Segurei firme a garota pela cintura e nossos olhos se encontram de um jeito impactante.

— Desculpe! — Ela sibilou, sentindo-se constrangida. Por algum motivo, aquilo me fez sorri. — Eu não o vi se aproximar.
— Não tem problema... — Esperei que se apresentasse para concluir a minha frase.
— Ângela, Ângela Simões.
— Ângela. O nome faz jus a pessoa. Parece um anjo — comentei. Ela sorriu.
— Me chamo Alberto Village, e esta, é a minha mãe, Clara village. — Por algum motivo, a garota parecia apressada.
— Me desculpe, Alberto. Posso chamá-lo assim, não é?

— Claro.

— Eu preciso que ir, estou atrasada.
— Tudo bem, senhorita, Simões...

— Ângela, me chame apenas de Ângela.

— Tudo bem, Ângela! — Seu sorriso se ampliou e ele era... lindo! Então ela faz um gesto e eu concordei, dando-lhe passagem. Contudo, quando passou por mim, olhou para trás e me sorriu outra vez.

Falsa! Ordinária! Traidora de merda! Resmungo frustrado e aperto o broxe na palma da minha mão. Você desgraçou com a minha vida! Com um rugido forte, por conta da dor infernal, levanto-me do chão e vou para o banheiro. Faço minha higiene bucal no automático e quando termino, encaro o homem do outro lado do espelho. Eu não me reconheço nele. É um homem sem vida, sem alegria, vazio e sem expectativas.

Abro o chuveiro e deixo a água morna banhar o meu corpo. Tenho vontade de chorar, mas me recuso a derramar mais uma lágrima por ela. Não mais, nunca mais!

Minutos depois, pego minha mala e vou para porta de saída do meu quarto, mas antes de sair, dou mais uma olhada naquela imagem patética e saio fechando a porta atrás de mim. São seis da manhã e todos ainda devem estar dormindo. Entro no escritório da casa e ligo o computador. Primeiro, envio uma mensagem para Valquíria, minha assistente e explico que preciso me ausentar por tempo indeterminado, e deixarei Alex, meu irmão, assumindo o meu lugar na presidente da Village Exportation Ltda. Conto com seu auxílio nessa nova jornada com meu irmão caçula, já que sua experiência é resumida as funções de CEO. Depois, envio várias mensagens paras nossos sócios e acionistas, dando-lhes uma desculpa plausível para minha ausência repentina e quando termino, vou até o bar de canto e me sirvo um copo de uísque. Bebo de uma só vez, o líquido, que em nada diminui a dor em meu peito. Acredito que nada conseguirá tirar essa dor de dentro de mim. Terei que aprender a conviver com ela. Encho o meu copo mais uma vez e vou para sala, enquanto tomo um gole da bebida e Alex aparece no topo da escadaria. Ele me lança um olhar especulativo, olha para o copo em minha mão, mas não diz nada, apenas caminha em minha direção.
— Você está bem? — pergunta. Sinto um pouco de receio em sua voz e isso me deixa com mais raiva ainda. Não quero a pena dele, eu não preciso disso.

8. Ressurgindo das Cinzas.Onde histórias criam vida. Descubra agora