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VOLTANDO AO PONTO

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VOLTANDO AO PONTO.

(...)

- Tenho que desligar, Bel.
- Espera! Eu... posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Como você e a Ângela se conheceram? - Ele faz um incômodo silêncio do outro lado da linha, depois puxou a respiração.
- Você tem certeza que quer falar sobre isso?
- Eu preciso saber, Alex, quero entender o que realmente aconteceu.
- Tudo bem! Eu estava me divertindo em um clube de piscina com alguns amigos, estava bebendo e jogando frescobol, em algum momento tive que correr parar ir pegar a bola que saiu do nosso controle e Ângela esbarrou em mim. - Fecho os meus olhos. A ordinária usava a tática do esbarrão com todos os idiotas! Pensei revoltado. - Então, depois de um bom papo e de trocarmos telefonemas e e-mails, começamos a ter encontros esporádicos. Até que ela inventou uma viagem de última e acabou o nosso namoro.
- Tá, tá, tá! O resto eu já sei! - ralho irritado.
- Você está bem? - Trabalho a minha respiração, tentando não explodir com ele.

- Preciso ir, Alex. Você tem suas coisas para fazer, não é?

- Bel... eu... só me envolvi com ela porque parecia ser uma pessoa legal, mas quando a vi em seus braços na casa dos nossos pais, não tive dúvidas de que ela era...
__ Não, Alex! Não diga nada, por favor!

(...)

Já faz quase três meses que a coloquei para fora da minha vida, mas infelizmente para a porra do meu coração não. É como se estivesse impregnada no meu ser. Mesmo com tantos dias, ainda penso nessa mulher com frequência e droga, às vezes chego a pensar se não deveria lhe dar uma nova chance, ou de conversarmos e quem sabe, entender o porquê dela ter feito tudo aquilo. Pensar nessa conversa que tive com meu irmão, não ajudou muito a me acalmar, pelo contrário, só serviu para me mostrar que o melhor é mantê-la bem longe de mim. Mas, o que fazer com esse coração traiçoeiro que insiste em querê-la?

A campainha do meu apartamento toca, tirando-me dos meus devaneios. Respiro de forma audível e me levanto do sofá sem paciência, deixando o copo vazio sobre a mesa de centro. Abro a porta e encaro o entregador com algumas correspondências nas mãos.

- Obrigado! - falo para o rapaz, que se retira no mesmo instante e enquanto fecho a porta com o pé, folheio alguns envelopes, e entre eles encontro um em especial. É dourado e está atado com um laço delicado de fita vermelho. Na frente, tem duas letras negras impressas, A &A. Sem tirar os olhos do pequeno envelope, deixo as outras correspondências na mesinha de centro e curioso, desmancho o laço, abrindo o envelope logo em seguida. Não chego a ler o texto porque o meu celular começa a tocar e bufo ao ver que é o Alex, porém o tendo no mesmo instante.
- Fala mano!
- Já recebeu o meu convite? - Uno as sobrancelhas em confusão.
- Convite, do que está falando?
- Vou me casar, Bel! - Ele fala com uma empolgação que deveria me alegrar, mas não é o caso. Quer dizer, eu realmente estou feliz por ele, pelo menos um de nós dois será feliz realmente nessa vida, porém, não posso negar que estou arrasado por dentro e posso até dizer que tenho um pouco de inveja da sorte de Alex. Que merda você está dizendo Alberto? - Bel, você está aí? - Sorrio.
- Cara, estou muito feliz por você e por Amanda! - Escuro o som da sua risada baixa.
- Então, eu quero você aqui e ao meu lado no altar, Bel. - Sorrio ainda mais. Sempre tivemos este sonho de ser o padrinho um do outro e não será por conta de uma vadia que o deixarei na mão.
- E estarei lá para te abraçar, meu irmão! Quando será?
- Dezenove de setembro.

8. Ressurgindo das Cinzas.Onde histórias criam vida. Descubra agora