Doze

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° As vezes o coração se recusa de ver a verdade da mente;

° As vezes o coração se recusa de ver a verdade da mente;

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Dylan adormeceu nos braços de Milles após uma tarde de brincadeira. Ele perguntara a tarde toda por Kyle.
Estávamos na sala, acabavam os de receber os resultados dos exames de meu pai que apenas denunciavam uma alterada em sua pressão.
O pensamento em voltar para Lincoln era sempre vívido em minha mente. Eu queria poder voltar para casa, enfiar-me nos braços de Kyle e lá ficar. Eu o queria tanto.

Mas desde aquele dia não nos falamos. Eu busquei Dylan dia seguinte na casa de dona Grace contando tudo para ela, até da gravidez.
E então dona Grace escutando tudo, propôs que nos fizéssemos um exame, pois se alguma substância diferente fosse encontrada,  seria a maior prova.

O papel estava dentro do envelope, lacrado, dentro da gaveta em meu quarto. Eu não havia o aberto pois tinha as Palavras de Kyle em minha mente, e toda aquela mágoa, me deixava insegura em saber se o faria feliz, afinal ele passou por tudo comigo.

Minha mente funcionava a mil. A questão era, aquele papel não só provaria que não houve traição, mas sim que fomos drogados, um crime, e que toda o que estava acontecendo, tudo, era mais uma mentira. Mais uma farsa, já que os exames nada denunciaram, talvez algo mais psicológico, então eu havia tratado disso também.

Eu não sabia porque Kyle havia saído de Lincoln para Washington. Não sabia o que ou quem havia desencadeado tal ação.
E embora havia desconfiança, e que tal foi desfeita após uma ligação de Olivia explicando tudo, eu tinha receio de ver a verdade.

Meus país não se importavam comigo e nunca importaram.
Aquilo tudo era então uma farsa, bem planeada, otimamente interpretada por nada mais nada menos do que as pessoas que me deram a vida.

Eu não sabia o propósito daquilo. Eu sempre procurava um propósito, pois acho que tudo tem um.
Mas a
Aquela revelação iria desencadear uma tristeza que já existia.
Eu iria sair dali para nunca mais voltar.
Eu conseguiria guardar tanta mágoa?

Eu deixaria todo aquele império desmoronar. Toda aquela mentira otimamente montada e de melhor representação possível.

Eu não deixaria que meus filhos crescessem com a pior imagem que eles poderiam ter.

Então esse foi o impulso de coragem que me fez subir as escadas, abrir a gaveta e o envelope.

Havia substância.
Nos havíamos sido dopados. Aquilo era um plano. Mais um.
E eu não tinha mais nada para fazer ali.

Arrumei a mala com todas as nossas coisas e desci as escadas com Dylan no colo. A essa altura Milles já saía também, afinal, não tinha mais nada para fazer ali.

— uma carona?

Milles sorriu e tomou a mala de minhas mãos.

— quero sair imediatamente dessa casa amaldiçoada. — me encarou — Desculpa.

— tudo bem, eu concordo.

— filha! Para onde está indo?

Me viro encarando Tony Warn em sua melhor atuação.

— embora desse teatro! Aliás Tony você poderia investir na carreira de ator. — falo sentindo a raiva percorrer meu corpo.

Tony me encarou em silêncio demoradamente. E então seu semblante mudou assim como sua postura. Ele já não parecia tão abatido assim. Ele parecia de aço.

— eu tentei te fazer uma Warn, mas você sempre se misturou com a ralé! — cuspiu. — você é uma decepção Hope. Não adianta o quanto eu tento. — encarou Milles. — e se cerca apenas de gente burra! Você rapaz, acaba de perder a maior oportunidade de sua vida por essa lealdade de merda.

As Palavras dele era frias e sem sentimento, assim como sua pose.
Tony deu passos até nos mexendo no cinto e franzi o cenho.

— eu vou fazer o que eu sempre deveria ter feito. DAR UMA SURRA NESSA GAROTA DE MERDA!

E então Tony Warn perdeu a pose.

Ele se jogou em minha direção mas foi barrado por Milles que o empurrou e socou seu rosto. Encarava aquela cena horrorizada apertando Dylan contra meu corpo e sentindo as lágrimas pesarem.
Milles deixou meu pai quando minha mãe tentou tira-lo de cima dele e se afastou.

— não importa. Eu arrancando o mal pela raiz! — meu pai falou com ódio. — o seu fim será aqui de qualquer maneira, quando vires que aquele serzinho não está mais aqui para seu caprichos de mimada.

— serzinho?

E então na mesma hora meu celular toca e o tiro do bolso encarando o nome brilhante na tela.

Grace

Hope || terceiro livro Onde histórias criam vida. Descubra agora