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Tudo havia estourado. Tudo.
O julgamento havia sido divulgado para a mídia junto com toda a história da minha fuga e do casamento de fachada.
A notícia saiu no jornal diversas vezes e cada vez descobriam mais. Nas páginas das revistas haviam nossas caras estampadas, muitos crucificado os meus país pelo feito, outros, a mim.
Eu cheguei a ser seguida por fotógrafos, barrada na faculdade e na empresa.

Eu adorava jornalismo, não é atoa que eu havia escolhido aquilo para o meu futuro. Mas aquilo era demais.

— amor! — gritei entrando em casa e Kyle apareceu da cozinha com uma toalha de pratos nos ombros. — ajuda aqui. — entreguei Dylan que chorava no meu colo desde que saímos da casa de dona Grace.

— o que foi?

— flash. — exalei com força e me joguei no sofá que continha alguns brinquedos de dyl.

— jornalistas ainda?

— um chato até. — grunhi.

— vai passar.

— não vai. Não até eu não der uma "conferência de imprensa". — tentei imitar  a voz  de minha mãe.

— e vai?

— não! Exausta dessa história. Quero viver a minha vida em paz.

Me levantei levando os brinquedos para o quarto de  Dylan.
Nos entregamos a casa onde estávamos. Não fazia sentido eu ficar longe de Kyle depois de tudo. Então aqui estávamos; há um mês de convívio como uma família.
Não que esteja sendo muito diferente de antes, mas agora era a nossa família.

Depois da volta de Washington, eu dei foco ao que importava e isso era a minha família e nossa estabilidade.
Eu entrei para fazer faculdade de jornalismo há algum tempo, não deixando o emprego de antes.

Nossa vida havia mudado. Kyle acabara d montar o seu escritório de advocacia, nos havíamos mudado, e eu estava em um processo muito avançado de ignorar meu sobrenome.

Entrei no banheiro disposta a tomar um banho que me deixasse relaxada e sem aquela maldita dor de cabeça.
Cuidar de um filho, trabalhar e estudar não era coisa fácil, ainda bem que tinha Kyle.

— amor?

Senti suas mãos pousarem sobre minha cintura provocando um arrepio.
Seus labios entraram em contato com a pele molhada do meu ombro deixando um beijo carinhoso ali.

— tudo bem? Ultimamente tens estado estressada. — falou. — alguma coisa na universidade? Ou com seus pais?

— não. — me virei para ele fechando um pouco os olhos. — estou um pouco tonta, preciso dormir.

Kyle analisou meu rosto por um tempo e suspirou dando um sorriso em seguida.

— tabom. Dylan está na sala vidrado na TV, vai descansar ok?

Assenti e ele me virando para terminar o banho.
Tinha que fazer uma coisa que já estava pensando há algum tempo. Mas o medo disso acontecer percorria meu corpo todas as vezes que isso passava pela minha cabeça.

Hope || terceiro livro Onde histórias criam vida. Descubra agora