Capítulo 5

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Madelaine Petsch Point Of View.

- Como assim você foi na casa dela ontem à noite? - Camila jogou sua bolsa em cima da minha carteira. Eu estava sentada na mesa mexendo em meu celular e nem percebi que ela tinha chego.

- Fui pedir desculpas pela forma como falei. Ela ficou toda bravinha e prendeu meu dedo na porta. Liguei o foda-se e saí andando depois.

- Ela prendeu seu dedo na porta? - Camila começou a gargalhar. Me encostei na parede esperando sua sessão gargalhada passar. Meu dedo estava doendo até agora.

- Eu a empurrei na mesa. Devo ter machucado-a também.

- Que maldosa. Ela precisa do corpo para trabalhar.

- Chega dessas brincadeiras, Camila.

- O que deu em você, hein?

- Nada. - Abri minha bolsa pegando o caderno e os livros. O professor havia chego na sala.

- Aconteceu algo que eu deva saber? - Camila sussurrou virada de frente. Deitei minha cabeça ficando mais fácil de conversar com ela.

- Na hora que eu a empurrei, ficamos próximas demais e ela estava de calcinha e sutiã.

- O que? - Camila deu um grito fazendo com que toda a sala nos olhasse, principalmente o professor.

- Camila e Madelaine, vocês querem ficar aqui até depois da aula? Acho que não.

- Desculpa. Pode continuar, professor. - Falei enquanto Camila se ajeitava na cadeira. Me afundei deitando minha cabeça na parede e olhando aquela lousa que começava a se encher.

As pontas dos meus dedos estavam doendo e avermelhados. Sinceramente, eu não deveria ter ido pedir desculpas, pois não valeu de nada.  Suspirei me lembrando de tudo. Eu não queria mais brincar com o que Destiny fazia. É meio preconceituoso da minha parte. Cada um faz o que quiser e se ela escolheu isso, não tenho culpa. Não sei o dia de amanhã.

Novamente me veio a imagem dela parada na porta com os braços cruzados e só de roupas íntimas. Aquilo não me atraiu, só achei o corpo dela tremendamente assustador. No bom sentido de ser bem cuidado. A minha atitude de ter empurrado-a não foi legal, mas eu estava cega de raiva por causa da minha mão.

Comecei a prestar a atenção na aula do professor. Filosofia só me dava sono, sempre temos que usar as nossas opiniões pra tudo nisso e eu acabo olhando aquele livro por horas procurando uma resposta, mas o sono acaba vindo primeiro.

- O que você vai fazer amanhã? - Camila se virou novamente. Fitei o professor que estava concentrado em sua mesa. Fiquei batendo meu lápis tentando lembrar se tinha algo para fazer.

- A gente tem treino amanhã só. Por quê?

- Abriu uma boate gay aqui perto e amanhã é o lançamento. Queria ir. - Fez um biquinho e eu suspirei. A gente sempre sai no treino de terça aferradíssimas não sei se terei condições.

- Cami, primeiro. Não somos de maiores ainda. Segundo, você namora. Lili irá morrer de ciúmes e terceiro, não sou lésbica.

- Ela também vai. A gente dá um jeito na idade. E você só vai como simpatizante.

- Sei não. Depois daquela balada, estou com trauma de aparecer bêbada novamente.

- É só você controlar essa boca aí. Não pode ver um álcool que voa parecendo um urubu.

- Não é pra tanto.

- Vamos.Vai ser legal. Qualquer coisa eu chamo o Trevas aka Travis Mills! - Fiz um sinal da cruz e ela começou a rir. Quero distância desse idiota.

𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐢𝐭𝐜𝐡 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora