A jovem mulher de cabelos longos e vermelhos se lançou na frente de sua companheira que não viu o disparo, o tiro de alta propulsão atingiu seu peito ao tentar proteger sua amiga, o ser parte humano parte robô se preparava para dar o próximo disparo quando um disparo de plasma o atingiu.
— Mira! O que aconteceu com a Íris?
Falou o rapaz que havia surgido de repente e acertado aquele humanóide.
— Você consegue levantar Íris?
Perguntou o rapaz.
— Eu não posso ir, vão embora, eu vou ganhar tempo para vocês!
Aquela que estava ferida ali no chão, era a minha versão humana perfeita, pude notar que ela estava ficando pálida, sua pele branca clareava ainda mais com a perda de sangue e suas sardas ficavam ainda mais aparentes.
— Não, nós não podemos deixar ela aqui.
Dizia o rapaz desesperado.
— Allen, você precisa tirar a Mira daqui, leve a Pandora com vocês e conecte o nano chip ao meu antigo invólucro e saberei o que fazer.
— Não! talvez tenha outra forma, podemos levar você e curar seus ferimentos...
— Allen. Se vocês ficarem, todos morreremos, ele não vai ficar desacordado por muito tempo e meu corpo não tem mais cura, diga ao Roger que eu o amo!
Ao ouvir estas palavras o rapaz pegou a jovem que gritava em prantos pelo braço e saíram correndo, e minha versão humana se esvaìa lentamente, até quase não se ouvir mais seus batimentos, o humanóide se levantou e foi em direção onde o casal havia corrido, mas antes parou diante do corpo de minha versão humana e disse:
— Íris! Tão bela e tão ingênua! Sabe, eu odiava as IAs mas você me ensinou que elas não eram as culpadas do mal que me sobreveio, e sim os humanos e olha o que você escolheu se tornar, uma humana, para morrer como eles.
Quando ele se afastou me aproximei e toquei o rosto de minha versão mas não pude apalpar, é como se eu fosse invisível, comecei a sentir algo diferente do que uma IA sentiria, meus circuitos se aqueceram e senti como se algo apertasse meu peito, será que isso é o que os humanos chamam de sentimento?
Pela primeira vez tenho o que os humanos chamam de dúvida, minha alteração também refletiu nos sistema s da nave, que notei ao ver as portas de acesso abrindo e fechando detectei todos os sistemas da nave como se estivesse mesmo dentro dela.
Quanto mais eu olhava para minha versão humana aquilo aumentava, olhei para o humanóide que também parecia ter sentido minha presença. Ale parou e olhou para trás, eu o encarei, é como se ele soubesse que eu estava ali, quando ele veio em minha direção com a arma em punho, o barulho de uma nave decolando chamou sua atenção e ele saiu correndo, uma voz robótica feminina dizia:
— Atenção tripulantes!
Botes salva vidas, evacuação em quinze minutos, feridos receberão antendimento mecânico em seus botes,
Ala doze! aviso a todos os médicos, evacuação em quinze minutos...Meus sistemas pareciam interagir com aquela nave.
— Íris!
Uma voz me chamou era uma voz feminina artificial, eu estava de volta ao quarto que ainda projetava a imensidão do universo.
— Olá N-901!
Era uma IA me saudando pelo meu modelo e não por meu novo nome.
— Neste exato momento você está verificando se seu novo nome não está conectado a rede, porque eu te chamei pelo modelo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Íris A Guerra Das Máquinas
Ficção CientíficaLivro físico já disponível. Link no perfil! Criada a pedido de um casal de cientistas, no final do ano 4237 a IA N-901 ou Íris, como será chamada, se vê em meio ao início de um conflito que desencadeará uma guerra inevitável. Em um mundo onde a te...