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[POV CAROL] [QUINTA - FEIRA]

Mais um dia nessa linda escola que eu não conheço ninguém além da day. Acabei de chegar na escola, o sinal acabou de tocar, eu ainda não vi a moto da day, mas resolvi entrar assim mesmo.

[...]

O sinal do intervalo tocou, e day não chegou ainda, será que ela percebeu que foi um erro ter saído comigo, ou será que ela não quer mais me ver, por isso não veio hoje...?

Enquanto eu fazia um monte de paranóias na minha cabeça, esqueci de pegar o celular pra ver se tinha alguma mensagem dela. Então abri o whats, e vi que ela me mandou uma mensagem

[WHATSAPP ON]

day: oi Carol
day: não vou ir na aula hoje tá?
day: fica bem

carol: oi day
carol: só vi a mensagem agora
carol: obg por me avisar
carol: fica bem tbm

[POV CAROL]

o sinal do intervalo acabou de tocar, mostrando que o mesmo tinha acabado. Enquanto estava voltando pra sala, uma menina me chamou

(xxx)_ oi, Carol, né?

_ Oi, é eu sim

(xxx)_ eu sou uma amiga da day, ela me falou sobre você, vc sabe se ela veio hoje? porque não vi ela e ela não me mandou mensagem...

_ ela não veio não, você sabe o que aconteceu?

(xxx)_ eu acho que o irmão dela, que mora no RJ, foi para o hospital e está internado... ela tá muito mal, eu tentei falar com ela, mas ela não quer conversar com ninguém...

_ a entendi... tava pensando de lá depois da aula, o que vc acha de ir cmg?

(xxx)_ puts, eu tenho que ir pra casa do meu pai depois... não vai rolar, desculpa

_ tudo bem. qual é o seu nome mesmo?

(xxx)_ aaaa esqueci disso, meu nome é Nathy, prazer

_ prazer, eu vou indo tá, o professor já deve estar na sala

(Nathy)_ ok, tchau

[...]

A aula acabou de acabar, então pedi pro meu irmão me levar pra casa da day, mas antes passei no mercado e comprei um sorvete pra levar.

Cheguei no apartamento da day, toquei o interfone e ela abriu o portão pra mim. Subi as escadas parando em frente a porta do seu apartamento, bati na mesma, e ela me atendeu.

(day)_ o que vc tá fazendo aqui? - ela diz com uma expressão de dúvida

_ vim cuidar de você... e eu trouxe sorvete - levantei a sacolinha e na mesma hora ela me deu um sorriso

Ela deu espaço pra eu entrar, logo ela fechou a porta e me levou até a sala, que tinha um sofá muito grande, com uma televisão na sua frente.

(day)_ Senta aí, vou ligar a netflix pra gente assistir alguma coisa, tá?

_ tudo bem

Logo ela foi no quarto, pegou uma coberta, depois foi a cozinha e pegou duas colheres pra comermos o sorvete. Ela voltou pra sala, sentou no sofá ao meu lado, e colocamos um filme pra assistirmos. Quando acabamos o sorvete, nós nos deitamos, e eu coloquei minha cabeça sob seu peito, que logo começou a fazer um cafuné em mim.

[...]

O filme tinha acabado, e percebi que a day não estava nada bem, eu vi que ela estava muito triste.

_ day, quer conversar?

Quanto ela ia começar a falar, varias lágrimas escorreram pelo seu rosto, e eu só a abracei. Ainda no abraço ela me disse:

(day)_ meu irmão tem crise de ansiedade - ela saiu do abraço me olhando - e quando essa crise ataca, ele tenta se machucar, e se ele não se acalmar, ele pode até se matar. Sempre que ele tem essas crises, minha mãe me liga, e eu começo a conversar com ele, e ele se acalma. E ontem a noite minha mãe me ligou, mas eu preferi continuar dormindo do que atender a porra daquele celular. agora ele está no hospital por minha causa.

_ day, mas não é culpa sua...

(day)_ é sim, Carol. Eu já não estou lá pra ver ele crescer, brincar com ele, levar ele pra jogar futebol, ensinar ele a andar de skate... a mínima coisa que eu tinha que fazer era atender um celular e conversar com ele.

_ ele vai ficar bem, ele vai voltar pra casa, e aí sim você vai ter mais uma chance com ele. você não tem culpa, day!

(day)_ você acha que ele vai me perdoar?

_ eu tenho certeza!

(day)_ obrigada por estar aqui!

Eu apenas dei um sorriso e a abracei denovo.

Forever, youOnde histórias criam vida. Descubra agora