Trials and Tribulations (Versão Choni)

Capítulo 25

"Oi!" Toni cumprimentou Verônica e Betty enquanto sentava em uma cadeira vazia na mesa atrás delas na sala de aula.

"Ei, Toni." Betty disse acenando com a mão ligeiramente com um sorriso nos lábios.

"Oi!" Verônica respondeu com os olhos varrendo o espaço vazio atrás dela. "Onde está a Cheryl?" 

Toni puxou o caderno e uma caneta de sua bolsa enquanto respondia.

"Hospital. Ela tinha uma outra consulta hoje.", suspirou jogando a bolsa no chão a seus pés. "Eu queria ter ido.," continuou partilhando um olhar significativo com a amiga.

"Ela me odeia." Verônica disse para ninguém em particular.

"Ela não te odeia." Betty tranquilizou-a esfregando o braço confortavelmente com a mão. "Ela está muito confusa..."

"A última vez que ela falou comigo foi há duas semanas." Verônica intercedeu desanimada. "Ela definitivamente me odeia."

"Ela não odeia." Toni reiterou. "Betty está certa, Ronnie. Ela está apenas..." Toni parou por um momento tentando pensar na melhor maneira de descrever o estado atual da Cheryl. "Lutando. Dê um pouco mais de tempo, ela vai voltar eventualmente. Vocês duas foram amigas por muito tempo para ela simplesmente jogar tudo fora. Ela não está chateada com você, não de verdade."

"Ela não poderia ter me enganado.." Verônica respondeu tristemente "Ela quase não olhou para mim desde que aconteceu... Eu ainda me lembro do olhar em seu rosto quando eu abri a porta para deixar sua mãe entrar... era como se eu a tivesse esfaqueado."

"Ela vai superar isso em breve." Betty disse tentando ficar otimista. "Você vai ver."

"Eu não acho que ela vai, nós nunca brigamos assim antes. Eu nem me lembro da última vez que ficamos mais de 24 horas sem falar uma com a outra... Eu quero dizer, de bom grado. Obviamente, tirando... quero dizer... depois do acidente que... mas... era diferente." Verônica expressou e Toni juntou as sobrancelhas pensativa.

"Ela e sua família não foram a sua casa para o jantar de ação de graças na semana passada?" Toni perguntou lembrando que ela e Cheryl tinham discutido brevemente. "Ela deve ter falado com você, então..."

"Nem uma palavra. Os nossos pais nos colocaram perto à mesa e ela ainda conseguiu manter o silêncio."

"Ela não disse nada?" Toni perguntou à ela, desapontada. "Nada?"

"Nada." Verônica repetiu brincando sem pensar com o bracelete em seu pulso que Cheryl tinha comprado como um presente há alguns anos atrás. Verônica levantou os olhos para encarar ela após um momento, desesperada por mais informações sobre a condição atual dela e da razão para sua mais recente visita ao hospital. "Ela... está tudo bem, embora?", perguntou a Toni, preocupada. "Eu quero dizer, ela está bem..."

"Ela está... bem.", disse pensando em Cheryl e suas dificuldades recentes. "É apenas uma consulta de rotina hoje. Pelo menos é o que ela me disse. Às vezes me pergunto se ela me conta tudo o que está acontecendo com ela" 

"Eles ainda pensam que é seu remédio?" Verônica perguntou continuando a mexer com o bracelete em seu pulso. "Eles têm certeza que não tem nada a ver com o seu ferimento na cabeça?"

"Os médicos fizeram um monte de exames e investigações quando a admitiram depois... você sabe. Tudo voltou ao normal, de acordo com a mãe dela. Os exames não mostraram nada de novo e seu exame de sangue estava limpo."

"Ela ainda está tendo as hemorragias nasais?" Betty questionou com interesse.

"Nem tanto. Ela teve há alguns dias atrás, mas estão longe de ser tão ruim quanto costumavam ser. Os médicos esperam que a mudança da aspirina e naproxeno vai impedi-los de acontecer no futuro."